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MaurÃcio Detoni, com Iso Fischer, no Panorama, RJ (24.03.2008)
SEGREDO
(Iso Fischer - Gilvandro Filho)
Canta: MaurÃcio Detoni
Eu guardo bem guardado este segredo
Não conto nem pra mim nem pra ninguém
Insone é o meu destino, durmo cedo
E acordo quando a noite faz que vem
Há dúvidas por todo o meu caminho
E cicatrizes que não vão fechar
No mais, somente restos, queijo e vinho
E uma enorme ressaca pra curar
Canto pra mim, bem abafado
Quem tudo ouve na platéia é o coração
Segui assim, tão descuidado
Mal tive tempo de me fazer refrão
Há um poço onde me escondo e onde me bebo
E um frio que arde a fogo e a paixão
Baú sem chave onde guardei meu medo
Tristeza que comprei a prestação
Se o sono é o morredouro do poema
A letra é a chave da minha razão
Se as fibras do meu coração são temas
O verso é a vingança da emoção
Canto pra mim, bem abafado
Quem tudo ouve na platéia é o coração
Segui assim, tão descuidado
Mal tive tempo de me fazer refrão
Sonekka, no show "As Pirações", de Zé Rodrix e Tavito
Sonneka e o grupo Concerto de rua, em show no Sesc Santos
(08/11/2007). Música de abertura: Eleanor Rigby (Lennon & McCartney)
JORNAL DAS DEZ
(Sonekka - Gilvandro Filho)
Essa noite fez um barulho danado
Foi no edifÃcio do lado
Um homem subiu no teto e gritou
Dizendo dessa vez ir embora
E que já estava na hora
De enterrar de vez aquela dor
Foi grande o tumulto do lado de fora
Ninguém ia perder agora
Reality Show na Rua da Alegria
Um desistiu logo da novela
O outro foi ver pela janela
O espetáculo da melancolia
Não sei de onde surgiu tanta gente
Mas a rua encheu de repente
Parecia até dia de carnaval
A sorte é que não estava chovendo
Apenas mais um homem sofrendo
Mas ninguém quis saber de que mal
A televisão fez-se logo presente
Cobrindo freneticamente
Com apuro e qualidade total
A moça ajeitou o cabelo
E o câmera com todo zelo
Uma matéria com padrão global
Cambista não havia por perto
Era jogo de portão aberto
Estava ali pra quem quisesse olhar
De olho numa grande audiência
A moça pediu paciência
- Parece, agora, ele resolveu saltar!
Até que amanhã, o jornal, atrasado
Vai repertir que o coitado
Foi resgatado por um anjo salvador
E todos terão seus minutos de fama
Pois antes de mais um fim de semana
A vida vai gerar outro ator
A vida não é só do tamanho da tela
É muito mais do que uma novela
São mais complicados os papéis
A dor do outros sempre dá ibope
O desespero que vem a galope
É mais um furo pro jornal das dez
Sonekka, no lançamento do "Agridoce"
BATENDO ÃGUA
(Sonekka - Gilvandro Filho - Zé Edu Camargo)
Em Afogados, na Jaqueira, na Linha do Tiro
Ilha do Leite e na Ilha do Retiro
Em Caixa d’Ãgua, no Cordeiro e nos Aflitos
Na Santa Casa, no SÃtio dos Pintos
Em Casa Amarela, na Mangueira, Cajueiro
Na Tamarineira, no Curado, Cavaleiro
No bairro da Várzea, por detrás do cemitério
Arruda, na Caixa d’Ãgua, Bomba do Hemetério
Tem neguim levando lata
Tem neguim lavando a égua
Tem neguim batendo água
Tem neguim bebendo dela
Na Encruzilhada, no Cabanga, no Ibura
BrasÃlia Teimosa ou na Imbiribeira
Hipódromo, Peixinhos, Vila Dois Carneiros
Arruda, Beberibe, Caxangá, Monteiro
Na Guabiraba, no Totó, na vila da Mangueira
Em Casa Forte ou na Madalena
Ãguas Compridas, Campo Grande, Mirueira
Em qualquer canto, vacilou já era
Tem neguim levando lata
Tem neguim lavando a égua
Tem neguim batendo água
Tem neguim bebendo dela
Lúcia Helena Correa e Tato Fischer
VELHA IMAGEM
(Tato Fischer - Gilvandro Filho)
Quase noite na cidade velha
A calma passeando sobre as telhas
Os cantos que se ouvem, coisas velhas
As aves que persistem são sinceras
Tá vendo aquela flor lá na janela?
É tudo o que ficou da primavera
O vento sopra morno e assobia
Como se antecipasse a nova era
Sinceramente, não sei se é à vera
Ou se é mentira, eu nunca compreendia
Tá ouvindo aquela voz que te exaspera?
É tudo o que restou da poesia
É tudo tão estranho
Tão longe e tão medonho
Nem parece que eu estive um dia aqui
Mas tudo tão bonito
Tão quieto e tão finito
São restos de um amor que eu não vivi
A casa, quase toda demolida
Imagens renitentes, tão antigas
O pouco do que existe é só ferida
Que é do cheiro bom, flor e comida?
Tá vendo este meu choro na partida?
É tudo o que sobrou daquela vida
Ana Paula Xavier e Lis Rodrigues, com Tavito e Rafael Iasi
DE OLHOS ABERTOS
(Alexandre Lemos - Gilvandro Filho)
Quando eu chegar
Não me tente
Eu tenho tanta sede
E o mar pra beber
Quando eu cantar
Não se espante
Dessa garganta
Desafino por você
Quando eu fugir
Não me cace
Tenho as minhas asas
É difÃcil me deter
Quando eu dormir
Não se assuste
De olhos abertos
Sonho com você
Quando eu voltar
Não recuse
Mão cheias de saudade
Tão vazias de você
Quando eu pedir
Não reclame
Depois dessa espera
Vou saber reconhecer
Quando eu fugir
Não me cace
Tenho as minhas asas
É difÃcil me deter
Quando eu dormir
Não se assuste
De olhos abertos
Sonho com você
Danny Reis, no show "Todo Dia"
FIM DE CARNAVAL
(Sonekka - Gilvandro Filho)
O acorde anunciou
Foi mais um carnaval
Confetes pelo chão
Indicam o final
Foi bom, pouco durou
Não deu para quem quis
Por um momento
A gente foi feliz
A chuva já passou
Saudade de você
A rua não tem mais
A multidão pra ver
Meu bloco a desfilar
Inútil folião
Ficamos sós
Eu e meu coração
Alguém me fez sorrir
Outro me viu chorar
Folia é sempre assim
Na hora de acabar
Espero o ano que vem
Prometo não sofrer
É só você
De mim não se esquecer
Sou feito passarinho
Amores passarão
Lembranças vão ficar
Por mais de um verão
Quando o frevo voltar
Ninguém vai perceber
Meu bloco vai
Cantar só pra você
Record Label: unsigned
Type of Label: None