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Fundei o Bronka com um amigo e lá descobri minha verve “ritmo e poesiaâ€, saca? A banda era uma espécie de simbiose entre Planet Hemp e Rage Against The Machine, que me obrigou – na posição casual de vocalista – a descobrir um jeito de “cantar†minhas letras. Naturalmente observando o que fazia mais à frente percebi que se tratava de rap e ai caà em mim, tá ligado? Depois de uns dois anos e tal fazendo shows e apresentações por Rio de Janeiro e Niterói (e outras praças), fui convidado por João “Gremlin Man†para gravar uma faixa no estúdio de Dino T-Rex do Rapress – o nome dela é “Mentiras†e foi minha segunda incursão no mundo dos “beatsâ€. A primeira delas foi à convite de Augusto Vudu para gravar num beat seu (Tá Tudo Queimando é o nome da faixa). Eu e João então gravamos mais dois sons, todas com Dino – “Não Leva a Nada†e “Verdades do Mundo†– e passamos a nos apresentar, o que ocorreu também por Rio e Niterói. Porém no ano de 2007, por inúmeras questões e de diversas ordens – da pessoal até a financeira, passando pela ideológica até a estética – optei por abandonar os comparsas que até então haviam não só me acompanhado, mas também me guiado durante todo este perÃodo. Mas outra coisa também decide: que passaria a me expressar através do ragga. Que escuto “conscientemente†desde 2006, sendo incorporado as minhas levadas quase que sem eu me dar conta. Desde o inÃcio achei a levada atraente – em todos os aspectos – e fui descobrindo através de “pesquisas†(incursões no google rsrs) toda a cultura que este abarca e faz parte. O dancehall, o ragga, dub, sound systems, riddims... A cultura jamaicana em geral passou a ser uma espécie de bússola pra mim, mas ao mesmo tempo ser ter a pretensão de me tornar uma figura “devota†ao estilo – mas também sem me eximir da responsabilidade, quando necessária de trazer ao conhecimento de amigos e pessoas que fazem parte de minha vida o que era “aquele somâ€, de onde ele vinha, o que ele produziu e etc. Sou basicamente um alfabetizado, um iniciado no gênero... Mas muito entusiasmado com ele. Também me motivou a coisa de fazer parte de uma cultura vinda do chamado Terceiro Mundo, mas que assim como a brasileira e de outras regiões do planeta que sofrem e sofreram com os saques do Primeiro Mundo ao longo de suas trajetórias, agredindo e corroendo suas sociedades, teria muito a ensinar aos “donos do jogoâ€, sacoé? O rap, nem precisa do meu respeito – apesar de já o ter desde sempre!!! –, já tem o suficiente e de maneira muito merecida, mas tenho pra mim que ninguém precisaria de mim fazendo rap rsrs. Ele já tem o espaço legÃtimo dele, todos sabem o que é, de onde vem, do que se trata, para quem bater palma e tal... Não que as pessoas precisem de meu ragga, mas eu preciso dele... É o meu compromisso enquanto subdesenvolvido para com uma arte que de subdesenvolvida não tem nada! Fazer os meus enxergar o “Sulâ€, com se olha o “Norte†é o que me fez escolher a forma e o conteúdo que escolhi... É por entusiasmo, por esperança, por convicção que faço meus sons... Não penso que elas sejam um fim, mas um meio...Enfim
Tâmos ae!
Um Abraço Fraterno
Toda Força!!!
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