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O Funil Fevereiro da Silva
O volume de experimentações passou pelo FUNIL durante seis meses com direito a improvisos e imprevistos. O resultado representa o que é o Fevereiro da Silva: seis jovens tentando criar música não-perecÃvel. A fórmula dessa postura é deixar fluir costumes, manias, influências e comportamentos de cada integrante. A teimosia provoca gargalhada e lembra a antiga coleção de latinhas que remete aos Thundercats. Simples? Sim, a receita é a mistura.
O Ãlbum
FUNIL abre com Caixa Bomba, uma levada guitar que tira do bolso a harmônica para dialogar na contramão da linha reta da guitarra e torta do contrabaixo. Eis que surge o trombone com sua voz adulta para anunciar a calmaria e o vocal. Após uma declamação, o rock renasce com a pegada da bateria e por cinco ligeiros minutos há trocas de ritmos, acordes de metais, timbres de cordas vocais e um solo de guitarra bem-vindo marcado pela caixa-clara. O trompete e trombone anunciam o fim da canção. A letra não tem refrão e esse posicionamento se confirma nas outras músicas do FUNIL.Na seqüência FUNIL apresenta Tela. Música de acordes simples e letra curta. Com bastante suingue, a guitarra leva a canção por todo o tempo e, em uma única frase, o vocal pede o reforço de um coral de seis vozes. Mas logo fica solitário e, em dois momentos, é interrompido pelo trompete e trombone. O último encerra a música simulando uma mudança de afinação ao vivo.Você já se imaginou na pele de um objeto? É isso que a letra de Botina Muda sugere no FUNIL. O anúncio da batalha surge com a entrada dos metais acompanhados pelo tambor maior. Pausa instantânea e o rock aparece sem medo. A coragem é dissipada com uma quebrada inesperada de reggae que brinca de ser Ãndio com uma quena – flauta de origem Inca. A suavidade termina rapidamente graças a uma melodia agressiva de metais que declama o estopim de uma luta de gladiadores. Paralelamente, o vocal dobrado em acorde sugere a continuidade da batalha, mas a guitarra estridente é levantada feito machado para fazer um talho na música, roubar a atenção e ir embora.A última música do FUNIL é a mais samba do Fevereiro da Silva. Combates deixa claro uma mistura relevante e sem receio. Até um surdo – instrumento de percussão – teve espaço dando um diferencial elegante para a canção. Começa no samba, vai pro rock com um entendimento mútuo entre o trompete e o vocal – encorpado por uma segunda voz triunfal. O trombone, falante desde o inÃcio, não passa para trás as agradáveis melodias do contrabaixo e a precisão da pegada da bateria. A quena aparece novamente para que o rock oriundo do samba leve a música para o suave final.