Como no poema do Rilke, em que Orfeu ergue um templo à audição, colamos tijolinhos para levantar uma goma para o som.
Uma = uma mesmo.
Goma = cola (em paulistanês = casa. Ver exp. "cola na goma")
Ummagumma = disco muito louco do Pink Floyd que a gente não ouve muito, mas serviu para o trocadilho.
Criamos objetos sonoros, filmes sem imagem, cinema de puro som. Trazemos péssimas notÃcias. Sabe aquelas musiquinhas que a gente ouve e gosta? Não são musiquinhas, são gravações!
Primeiro Axioma : A gravação não é música. Nem mesmo música eletrônica.
A gravação está para a música assim como o cinema está para o teatro. É uma arte industrial, criadora de produtos idênticos reproduzÃveis indefinidamente, coisa impossÃvel em música. A colagem revela a natureza artificial da música gravada. Para explicitar e realizar as bagaças implicadas nesse golpe de martelo filosófico, surgem essas colagens sonoras, decorrência dialética do processo capitalista, que a gente espera seja algo "(...)vivaz e resistente à coisificação das relações humanas operada pela universalização da mercadoria.(...)". (in Bosi, Alfredo. Dialética da Colonização)
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