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English:
The name "batacotô" -from the Yoruba word bà tákoto- was given to a drum used in 19th Century Brazil by Africans in revolt in the state of Bahia. Recognized as a strong element in inciting rebellious masses, the importatation of the instrument was banned after the great insurrection of 1835, known as the Mali Revolt. In 1991 a Brazilian vocal and instrumental popular music group with an afrocentric esthetic, lead by the drummer Teo Lima, was baptized as Batacotô. It is the third CD of the group which the reader of these lines now has in hand.
The esthetic of the group, preserved through the various formations through which the group has passed, dedicates itself to Afrocentrism, a movement which in the sciences uses research to construct a world view contrary to that laid down by Eurocentrism, which sees in westem civilization the basis of all knowledge. And so it is that Batacotô, tuming away from the primitivism and archaism that often immobilizes Afro-Brazilian music, seeks the purpose of its work in what is called world music.
This expression, world music, has given rise to much misunderstanding. But for Batacotô, it is in fact the conjugation of all the music of the planet, in the direction of a spiritual and ideological understanding of all peoples.
The world music made by this group truly is what an intemational marketing vision could call "afrobrazilian beat". This refers to "afrobeat" a term created by Nigerian musician Fela Kuti to designate his style, which combines West African music with that of North American blacks.
In the characteristic way of playing afrobeat, drums, bass, and percussion steadily repeat a rhythmic formula while keyboards and guitars sustain the melody, over which is superimposed a female chorus and a horn section. And this, in some way, is what happens on the fantastic voyage Batacotô takes on the sounds and rhythms of Brazil and the world on this CD.
The high voltage of the recording ranges from a martelo agalapado1 , almost a rap, narrating with historical rigor the saga of Zumbi of Palmares2, to a jongo3, which takes as its theme a discussion of the correct date tor celebrations of the triumphs of black people. Along the way it visits admirable works of celebrated songwriters like Aldir Blanc. Djavan,Fátima Guedes, Ivan Lins,João Bosco, Lenine, Martinho da Vila, and Wilson Moreira. It swings in a gafiera4 style with Djavan and The Rio Brass Band. And it sails in the Italian waters of the dense poetry of Barbara Casini and Giovanna Moretti.
Enriching even more a climate which is absolutely world and helplessly music is the glorious participation of Dionne Warwick, Frejat, Gilson Peranzetta, Jobam Martins, Marcio Montarroyos, and The Rio Wonder Strings, as well as the others mentioned above.
And so Batacotô , confirms in its third recording the revolutionary proposal of its leader, drummer Teo Lima, who, drumming his drums from "Alagoas5 to the World", has come fbr the past ten years, incititing the masses here and outside of Brazil to good music, good dance, and good ideas. Without asking for help.
Nei Lopes, march 2003 - Translation and endnotes by Jack Cousineau
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1 Literaly "galloping hammer", this is an old rhythm from the Northeast of Brazil.
2 During the time of slavery in Brazil, it was not uncommon for people to flee the great plantations tbr the interior where they established and defended their own communities, called quilombos. Zumbi was the leader of Palmares, a famous quilombo.
3 Jongo is a rhythm, the drum that it is played on, and a dance it evolved into the modern samba characteristic of Rio de Janeiro
4 Gafiera is a style of samba danced by partners holding each other and accompanied by a Jazz style instrumental group, frequently featuring a trombone as the solo voice Think of a samba style lindy-hop
5 Alagoas, in the Northeast of Brazil. is Teo Lima's home state
6 Nei Lopes is a singer, songwriter, and musicologist He is the author of several books on Afrobrazilian music, history, and culture-----------------------------------------------------
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Portuguese:Pelo nome "batacotô" - do iorubá bà tákoto - foi conhecido, no Brasil, um tipo de tambor usado, principalmente, na Bahia do século XIX, pelos africanos revoltados. Tido como elemento fortemente incitador das massas rebeladas, sua importação foi proibida depois da grande insurreição de 1835, conhecida como Revolta dos Malês. Em 1991, o nome batizou o grupo vocal e instrumental de música popular, de estética afrocêntrica, liderado pelo baterista Téo Lima cujo terceiro CD o leitor destas linhas tem agora em mãos.
A estética do grupo, conservada apesar das várias formações pelas quais o conjunto já passou, consagra o afrocentrismo, movimento que, nas Ciências, usa a pesquisa para construir uma visão de mundo contrária àquela sedimentada pelo eurocentrismo, que vê na civilização ocidental a base de todo o conhecimento. E é assim que o Batacotô, recusando o primitivismo e o arcaismo que muitas vezes imobiliza a música afro-brasileira, vai buscar na chamada world-music a razão do seu trabalho.
Essa expressão, world music, por sua vez, já deu lugar a muito mal entendido. Mas para o Batacotô ela é, de fato, a conjugação de toda a música do planeta, na direção de um entendimento espiritual e ideológico de todos os povos.
A world music feita pelo grupo é, na verdade, o que a visão mercadológica internacionalpoderia chamar de "afrobrazilian beat". E isso nos remete a "afrobeat", termo criado pelomúsico nigeriano Fela Kuti para designar seu estilo, que funde a música da Ãfrica Ocidental com as dos negros norte-americanos.
Só que, na execução caracteristica do afrobeat, bateria, baixo e percussões repetem sempre a mesma fórmula rÃtmica, enquanto que teclados e guitarras sustentam a melodia sobre a qual se superpõe o coro feminino e seção de metais. E isto, de maneira alguma acontece na fantástica viagem que o Batacotô empreende pelos sons e ritmos do Brasil e do mundo neste CD.
A alta voltagem do disco vai de um martelo agalopado, quase um rap, narrando com rigor histórico a saga de Zumbi dos Palmares e chega a um jongo tematizando a discussão sobre a data correta para as celebrações das conquistas do povo negro. Passa por admiráveis obras de autores consagrados como Aldir Blanc, Djavan, Fátima Guedes, Ivan Lins, João Bosco, Lenine, Martinho da Vila e Wilson Moreira. Balança gafieiristicamente com Djavan e The Rio Brass Band. E navega nas águas italianas da densa poesia de Barbara Casini e Giovanna Moretti.
Enriquecendo ainda mais o clima absolutamente world e inapelavelmente music, as
participações gloriosas de Dionne Warwick, Frejat, Gilson Peranzetta, Jobam Martins, Marcio Montarroyos e The Rio Wonder Strings, além das outras já mencionadas.
É, enfim, o Batacotô (Amaury Machado, Dudu Caribé, Giovanna Moretti, Jaguara, Marco Brito, Nema Antunes e Pirulito), confirmando, no seu terceiro disco, a proposta revolucionária de seu lider, o baterista Téo Lima. Que, retumbando seus tambores, de
"Alagoas para o Mundo", vem, há dez anos, incitando as massas daqui e de lá de fora, à boa música, à boa dança e às boas idéias. Sem apelação.Nei Lopes, março 2005
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Italian:Con il nome “ Batacoto†- dalla parola ioruba' “batakoto"- era conosciuto, in Brasile,un tipo di tamburo, usato principalmente nella Bahia del secolo XIX, dagli africani ribelli. Per essere stato un elemento fortemente incitatore delle masse ribelli, la sua importazione fu proibita dopo la grande insurrezione del 1835, conosciuta come "Rivolta dei mali". Nel 1991 il nome battezzo' il gruppo vocale e strumentale di musica popolare, di estetica afro-centrale, liderata dal batterista Teo Lima. L'estetica del gruppo, conservata nonostante le varie formazioni susseguitesi nel tempo, consacra l'afrocentrismo, movimento che nella Scienza, usa la ricerca per costruire una visione del mondo, contraria a quella consolidatasi con l' euro-centrismo, che vede nella civilizzazione occidentale la base del sapere. E' cosi' che il gruppo Batacotô rifiutando il primitivismo e l' arcaismo,che molte volte immobilizza la musica afro-brasiliana, trova nella definizione "World-music" la ragione del suo lavoro. L' espressione "world-music" a sua volta ha gia' dato spazio a molti malintesi. Ma per i Batacoto questa definizione e' di fatto la coniugazione di tutta la musica del pianeta, nella direzione di un intendimento spirituale e ideologico di tutti i popoli.
La "world-music" fatta dal gruppo e' in realtá e' quello che una visione mercatologica internazionale chiamerebbe “Afro-brazilian-beatâ€. E questo ci ricollega all' “Afro-beatâ€, termine creato dal musicista nigeriano Fela Kuti, per definire il suo stile che fonde la musica dell' Africa occidentale a quella dei "negri" nord-amoricani. Solo che nell'esecuzione caratteristica dell' afro-beat, batteria, basso e percussioni ripetono sempre la stessa formula ritmica, inquanto le tastiere e le chitarre sostengeno la melodia sulla-quale si sovrappone il coro femminile e la sezione dei fiati. Questo, di alcuna maniera succede nel fantastico viaggio che Batacoto intraprende con suoni e ritmi del Brasile e del mondo in questo loro terzo CD .
Il grande contenuto del disco parte con un "martello galoppante", quasi un rap, che-narra-con rigore-storico, la leggenda degli “Zumbi dos Palmaresâ€, e arriva a un "jongo", tematizzando la discussione sulla data riferita alle celebrazioni delle conquiste del popolo negro.
Passa per ammirabili opere di autori consacrati come" Aldir Blanc, Djavan, Fatima Guedes, Ivan Lins, Joan Bosco, Lenine, Martinho da Vila e Wilson Moreira. “Swinga gafieiristicamente†con Djavan e la Rio Brass Band, e naviga nelle acque italiane, nella densa poesia di Barbara Casini e Giovanna Moretti. Arricchiscono ancora di piu' il clima assolutamente “world†e inapelabilmente “musicâ€, con le partecipazioni gloriose di Dionne-Warwick, Frejat, Gilson Peranzetta, Jobam Martins, Marcio Montarroyos e la “Rio Wonder Strings†...oltre alle gia' citate........
Infine, il gruppo Batacotô ( Amaury Machado, Dudu Caribe', Giovanna Moretti, Jaguara, Marco Brito, Nema Antunes e Pirulito ) conferma, nel suo terzo disco, la proposta rivoluzionaria del suo lider, il batterista Teo Lima, che suonando i suoi tamburi, da "Alagoas per il mondo", viene da dieci anni, incitando la gente di qui e all'estero, con la buona musica, la buona danza e le buone idee.
InapelabileNei Lopes, março 2003 – (traduzione -Giovanna Moretti)