Boemia, futebol e doces devaneios românticos. Lirismo, inquietação e indignação bem-humorada. Um som que ao mesmo tempo reverencia as raÃzes de nossa música, mas também soa moderno. Marcus Lima mistura tudo isso, mata no peito e manda para a rede seu terceiro disco solo, que leva apenas seu nome, o mais bem-acabado e completo retrato de sua arte. Agraciado com parceiros de categoria inquestionável, cercado por feras da MPB instrumental e amparado por uma qualidade técnica irretocável e muita sensibilidade nos arranjos, o cantor e compositor apresenta em sua nova safra de canções um samba contemporâneo nos temas e no tom, mas que preserva o que há de melhor na tradição.É a coroa em uma carreira que já soma 17 anos, com dois discos já lançados (“Batismo do marâ€, 1997, e “Quem cantaâ€, 2004), participações vitoriosas em festivais, e composições assinadas em conjunto com grandes nomes. E cujo ponto foram as três indicações ao Prêmio TIM em 2005, por conta do álbum “Quem cantaâ€.Produzido por João Carlos Carino, o terceiro solo de Marcus Lima reúne uma constelação de grandes músicos, todos velhos conhecidos de quem freqüenta os bons redutos cariocas de samba, choro, jazz e bossa nova. Ao já citado Sadock se juntam Silvério Pontes (trompete), Cristóvão Bastos (piano), Chico Chagas (acordeom), Kadu Lambach (violão), Zé Canuto (sax), Gordinho (percussão), Marcio Faraco (violão) e vários outros nomes de peso, além da parceira Elisa Lucinda (presente em “Novo dialetoâ€). A combinação da inspirada safra de canções com o brilho instrumental dado pelo time de craques faz do novo álbum um passo adiante na trajetória artÃstica de Marcus, uma moldura de luxo que ressalta seu talento já comprovado.Não é por acaso que se usam tantas metáforas futebolÃsticas na hora de falar de Marcus Lima, nascido Marcos Dias de Lima, no Rio de Janeiro, em 1960. Antes de ser um craque nas seis cordas (e nas cordas vocais), o compositor chegou a estar bem colocado em outras paradas de sucesso: a dos campos de futebol. Marcus jogou como profissional – atacante, vejam só – em times como Vasco da Gama (RJ), Desportiva Ferroviária (ES) e Sampaio Corrêa (por onde chegou a ser campeão maranhense). Em 1990, o jogador tirava o time de campo literalmente e escalava o cantor e compositor. A música, sempre presente em sua vida, virava o jogo; e já em 1991 Marcus embarcava para sua primeira turnê européia (a segunda seria em 1994).Em 1995, sua composição “Batismo do mar†bateu na trave no Festival da Canção do Rio de Janeiro, ficando entre as finalistas. Já em 1997, venceria o Festival de Música Popular de Bauru (SP) com “Quinze anosâ€, parceria com Ivor Lancelotti. Em 2000, participaria do consagrado festival Novo Canto – tendo a honra de ser escolhido como um dos 10 melhores novos nomes daquele ano, o que o levou a uma apresentação no templo da MPB, o Canecão. Quando chegou a lançar seu segundo disco, “Quem cantaâ€, já era um veterano de prêmios, tendo ganho festivais no Rio e em Minas Gerais. Em 2005, afinal o primeiro gostinho do sucesso de massa: Marcos emplacou na programação de várias rádios FM sua canção “Deixa abertaâ€. Paralelo a isso, montou com a poetisa e parceira Elisa Lucinda o show “Ô danadaâ€, com canções e poemas. O potencial do compositor foi confirmado com as três indicações ao Prêmio TIM (Melhor Cantor, Ãlbum de MPB e Música). E se vê corroborado, mais uma vez, com a força de seu novo trabalho.
(trecho texto Marco Antônio Barbosa)
This profile was edited with my-space-codes.org Editor
MySpace Contact Tabless by MySpaceLayoutSupport.com
Get your own Free MySpace Layouts at MySpaceLayoutSupport.com
MySpace Layouts