Nos últimos cinco anos antes da sua migração para São Paulo, Vilane tocou nos bares e casa de espetáculo do nordeste, principalmente nas praias de Atalaia e Aruana, em Aracaju, onde fora estudar e acabou por ser adotado pela população como artÃsta local de grande destaque. Sempre com a casa cheia, fez sucesso porque não apresentava apenas o repertório tradicional de barzinhos, mas procurava fazer releituras de antigas canções e apresentar sempre suas descobertas sonoras e poéticas, além de causos, cordel e uma boa doze de humor em suas performances. Aos poucos, foi convidando amigos para tocar nos shows. Quando se deu conta, tinha formado uma banda.
Antes de objetivar a mÃdia do sul, Vilane andou conquistando prêmios em festivais, como o 2º lugar no SESCanção (Aracaju, 2000); a participação na final do FAMP (2001) , também em Sergipe; a classificação de duas músicas suas em Alvinópolis (MG) e o primeiro lugar no FEMP de São José do Rio Pardo, um dos três mais importantes do paÃs.
Vilane veio mostrar sua arte em São Paulo e já se apresentou no Circuito Paulista de Festivais, um encontro com os vencedores dos três festivais mais importantes do paÃs, evento acontecido no Memorial da América Latina e transmitido pela TV Cultura paulista. Já em 2003, foi um dos doze selecionados para o Prêmio IBM de Música Brasileira (e-festival), um dos mais importantes prêmios da MPB, e findou entre os quatro premiados da edição 2003. Como parte da premiação, dividiu o palco com Toquinho, em um show realizado no DirecTV Music Hall, na capital paulista.
Também em São Paulo fez apresentações no Teatro Crowne Plaza, Világio Café, Feira de Cultura da Pompéia e da Vila Mariana e em cidades do interior paulista como: Bauru (SESC), Sorocaba, Botucatu, Mogi das Cruzes, etc.
Vilane ainda traz no currÃculo apresentações com artÃtas renomados como Flavio Venturine, Milton Nascimento, Gabriel pensador... dentre outros.
Marco Vilane toca violão, possui uma voz privilegiada, faz arranjos atuais e criativos, se valendo de recursos eletrônicos (samplers, grooves), utilizados com critério e bom gosto. O resultado é uma sonoridade leve, agradável, obtida com o uso de poucos instrumentos e ritmos alinhados com a nova música que está sendo feita no Brasil(Nova MPB). Uma corrente que inova ao misturar ritmos, sem muitas regras, sempre acrescentando novos elementos, como vem fazendo Lenine, Zeca Balero, Chico César, Daúde, Rita Ribeiro, Moska e outros mais. Uma espécie de filhos do Tropicalismo, sem qualquer intenção de protestos do tipo panfletário. "avesso" revela Vilane como autor de melodias sutis, letras inspiradas, cheias de metáforas criativas e trocadilhos inteligentes. Vilane é bastante crÃtico e não tem medo de "dar a cara pra bater". "Acredito que há uma fatia minha no bolo chamado música brasileira", afirma ele com segurança. Agora Marco Vilane traz para o mercado o CD Coisa alguma.
Enfim, a arquitetura do paÃs perde um profissional promissor. Em compensação, a MPB ganha um compositor talentoso e uma grata revelação. E não há nada de mal nisso. Afinal, música e arquitetura têm tudo a ver: ambas são construções estéticas, no tempo e no espaço, onde os números se diluem em sentimentos. Ou como disse o filósofo alemão Arthur Schopenhauer: " a arquitetura é música congelada". A arte de Marco Vilane consegue provar que a recÃproca é verdadeira: "a música é uma arquitetura em ebulição..
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