Tributo ao Poeta:
Augusto dos Anjos, 1884 – No dia 20 de abril no Engenho Pau d. Arco, municÃpio de Cruz do EspÃrito Santo – PB, nasceu o poeta. Filho do Bacharel Alexandre Rodrigues dos Anjos e da dona de casa Córdula Carvalho Rodrigues dos Anjos, cognominada Sinhá Mocinha. O casal teve nove filhos: Otávio e Juliana, que morreram na infância, Francisca, Artur, Odilon, Augusto, Alfredo, AprÃgio e Alexandre.
VERSOS ÃNTIMOS
Augusto dos Anjos
Vês! Ninguém assistiu ao formidável Enterro de tua última quimera. Somente a Ingratidão - esta pantera - Foi tua companheira inseparável! Acostuma-te à lama que te espera! O Homem, que, nesta terra miserável, Mora, entre feras, sente inevitável Necessidade de também ser fera. Toma um fósforo. Acende teu cigarro! O beijo, amigo, é a véspera do escarro, A mão que afaga é a mesma que apedreja. Se a alguém causa inda pena a tua chaga, Apedreja essa mão vil que te afaga, Escarra nessa boca que te beija! iniciativa: Robson dos Santos, compositor de música clássica contemporânea brasileira.