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Black Bombaim

Ridin’ the 111

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Turn on, tune in, drop out... Bombaim na Índia , Black Bombaim no deserto. A garrafa de Jack Daniels, já vazia, no palco.É este o cenário. É esta a banda a que todos tentam arranjar um vocalista. «Todos»...são aqueles que não libertam as fronteiras da música e não assimilam o conceito de banda instrumental. É esta a banda que possui uma visão própria que ninguém pretende entender e com a sonoridade que actualmente, em Portugal, poucos serão os que a fazem e poucos foram os que a executaram desta forma. É nisto que são diferentes: do comum das bandas que vemos com frequência por aí. Mas passemos ao que realmente interessa...Ninguém sabe aonde isto vai parar e se haverá amanhã. Se a acidez estará mais presente ou se uma linha de baixo tomará as lides de um caminho descontraídamente embalado ao fundo do fundo. É isto que me agrada, a imprevisibilidade de bandas como esta.Onde o próximo passo pode ser um drone elíptico de Earthless; ou um rasgo de guitarra de uns Atomic Bitchwax; ou ainda uma guitarra atmosférica a divagar pelo espaço celeste de uns Comets On Fire; onde há caos e efeito de uma explosão que ainda não aconteceu. É isto que me agrada, procurar saber onde ficam os limites de uma sonoridade. É isto que uma data de bandas de San Francisco faz há anos, é nelas que esta - em parte - se inspira. Em toda uma cena de rock psicadélico que ganha as atenções do underground internacional a cada dia que passa. É este lado mais actual que se junta aqui com o passado presente do stoner-rock. É esta a primeira estrutura na dissecação sonora dos Black Bomb.. uma jam-session entre duas curtas histórias.Do peso de um buraco negro como “Big Black Supercharge” ao eclipse sonoro de “Fear&Loathing”, tudo vai relevante à consequência que cada nota será prolongada até o seu peso ecoar em nós. A guitarra, que anteriormente aclamávamos, de “Your Sister Morphine Won’t Get You Home” passa despercebida à grandiosidade do tema que é “Blow, Vanish 2”, em que se demonstra aos Karma To Burn de “28” a fórmula perfeita: os pormenores, por mais sujos e secundários que sejam ou simplesmente pareçam, nunca deixarão de ser a essência deste tipo de temas. “Complication (Amplify, Defy, Mistify, Deny)” não nasce de forma instantânea, embora a espontaneidade esteja sempre por lá. É um labirinto psicadélico que volta sempre ao mesmo ponto de partida. É a trip de ácidos desejada. Turn on, tune in, drop out...Ilídio Marques


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