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Aqui d'el-Rock

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1978 Video Clip
"Há Que Violentar o Sistema"

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"Eu Não Sei"
... "jc Serra - Eu acho pessoalmente que o grupo não vai durar muito tempo..." (in "Música & Som" nº 46 de Abril de 1979) Quando em 1977 os Aqui d'el-Rock nasceram, foram apelidados de oportunistas pelos que em Lisboa se auto-proclamavam de punks autênticos uns certos betinhos da Av. de Roma e seus acólitos. Dois dos elementos fundadores da banda, jc Serra e Fernando Gonçalves, já se tinham juntado em 1972 quando formaram a sua 1ª banda. Eram oriundos do mesmo bairro, o do Relógio, bairro que viria a tornar-se um dos mais marginais de Lisboa e que já nos anos 90 foi demolido, devido sobretudo à continuidade e à gravidade dessa marginalidade e aos enormes problemas sociais que originava. Integravam a banda na sua formação original, a que se apresentou no seu 1º concerto no C.A.C.O. (Clube Atlético de Campo de Ourique), os já referidos Serra (bateria) e Fernando (baixo), o Alfredo Pereira (guitarra), os três que já faziam parte de uma formação anterior (Osíris), e o Oscar Martins (voz e guitarra), colega do Alfredo na Faculdade de Economia de Lisboa (I.S.E.), que se juntou aos demais precisamente para completar e lançar o projecto Aqui d'el-Rock. A concepção da banda foi na verdade fruto de uma conjugação de circunstâncias, que levaram o seu colectivo a achar-se no direito de reclamar o espírito do movimento punk como sendo seu também, já que esse espírito representava na sua essência algo que tinha a ver com o sentir do grupo, ou seja, uma grande revolta quer em relação à cena rock nacional e internacional da época, quer em relação à organização da sociedade em geral, além de que poderia eventualmente ajudar a descobrir vias por onde pudessem fazer passar os seus ideais musicais. Três anos após a chamada Revolução dos Cravos (25 de Abril de 1974), viviam-se em Portugal grandes transformações, grandes expectativas, mas também imensas dificuldades a muitos níveis. Conscientemente o grupo assume essas vivências e sem concessões escolhe a sua própria filosofia; e é com grande naturalidade que os Ad'R acabam por liderar essa corrente apelidada de boom do rock português, onde as novas bandas procuram fazer coisas diferentes. Temas fortes com letras corrosivas, som agressivo e muito poderoso, alguma experiência de palco a par com a novidade, são os principais factores para que tal aconteça. Nessa época há muita vontade e dinamismo e o resultado desse empenhamento começa a dar frutos em meados de 1978, com a gravação de um 1º single que incluía o mítico Há que violentar o sistema e a apresentação oficial no já referido espectáculo no C.A.C.O., ambos citados na imprensa ligada ao meio. Os Aqui d'el-Rock acabaram por forçar a RTP a produzir o 1º video-clip português, imagens raramente exibidas. Devido à sua incómoda postura, a banda foi alvo de censura, a tal que deveria ter acabado com a ditadura fascista, numa perseguição que lhe foi movida e aplicada com as mais esfarrapadas justificações, que se estendeu à sua memória e que se manteve através dos tempos até à actualidade. Seguiu-se um período de grande actividade onde o grupo gravou o 2º single, participou em programas das principais rádios nacionais (Renascença e Comercial), e actuou em vários espectáculos de norte a sul do país. Entre gravações e espectáculos, e apesar de terem conseguido alcançar alguns feitos que outras bandas rock em Portugal nunca antes haviam alcançado em tão curto espaço de tempo, o grupo não foi capaz de assumir o profissionalismo que se impunha e traçar um rumo definido e definitivo, que o fizesse ultrapassar as dificuldades e o ajudasse a impor-se no meio musical português, já de si pequeno, confuso e numa fase de muita competição. Por essa ocasião ainda, acentuaram-se as já notórias diferenças de expectativa de vida no seio dos elementos do colectivo, que aprofundaram o crescente défice de articulação, de liderança e de ambição, causas principais para o inglório e gradual desmembramento e fim do projecto iniciado em 1977. Dos Aqui d'el-Rock fica no (a)final, algo mais para lá do grito: "Há que violentar o sistema!"


... "jc Serra - I think this band is not going to last long... " (in "Música & Som" nº46 of April of 1979) When Aqui d'el-Rock started in 1977, they were called opportunists by those who in Lisbon self- proclaimed themselves authentic punks - a rich guys from Av. Roma in Lisbon and their acolytes. Two of the founding elements of the band, jc Serra and Fernando Gonçalves, had already joined in 1972 when they formed their first band. They came from the same neighbourhood (Bairro do Relógio), neighbourhood which would become one of the most marginal of Lisbon and that already in the 90 was demolished, specially due to the continuous and severity of that marginality and the serious social problems that it originated. The band included in their original set up for the first appearance in C.A.C.O. (Clube Atlético de Campo de Ourique), the already referred Serra (drums) and Fernando (bass), Alfredo Pereira (guitar), the three that already were part of an earlier formation (Osiris), and Oscar Martins (voice and guitar), colleague of Alfredo in Lisbon Economy Scholl (I.S.E.), that joined to the previous precisely to complete and launch the project Aqui d'el-Rock. The conception of the band was in truth a coming together of circumstance, that lead to the collective finding itself in the right to reclaimed the spirit of the punk movement, as their own, being that that feeling was already in its essence something that had to do with the feeling of the group, or be it, a great rebellion be it in relation to the general national and international rock scene, be it to the organization of society in general, beyond what could eventually help find ways where they could pass their musical ideals. Three years after the so called Revolução dos Cravos (25th April of 1974), Portugal was living great transformations, great expectations, but also immense difficulties at many levels. Consciously the group takes those life experiences and without concessions chooses their own philosophy; and its with great naturally that Ad'R end up leading that chain called "boom" of portuguese rock, where new bands search to make different things. Strong themes with corrosive lyrics, aggressive and very powerful sounds, with some stage experience and novelty, are the key ingredients for such to happen. By that time there was great will and dynamics and the result of that commitment starts giving fruits in early 1978, with the recording of a first single that included the mythical "Há que violentar o sistema" and the official introduction of the group in the already referred show in C.A.C.O., both quoted in the press related to the entertainment industry. Aqui d'el-Rock ended up obliging the local television station RTP, to produce the first portuguese video clip, not often shown. Due to the uncomfortable posture, the band was target of censorship, the one that should have ended with the fascist dictatorship, in a persecution that was moved and applied with stupid justifications, dragged into the memory and up to nowadays. Then followed a period of great activity where the group recorded their second single, participated in programs of the prime national radios (Renascença and Comercial), and acted in various shows from north to south of the country. Between recordings and shows, and although they performed some deeds such as no other portuguese rock band had done in such a short period, the group was never able to assume the professionalism it proposed and trace a straight and definitive course, that made it go over the hardship and help itself stand in the portuguese entertainment industry, already small, confusing and in a phase of much competition. By that occasion also, accentuated the already notorious differences of expectations of life in the bosom of the elements of the collective, which deepened the growing deficit of articulation, of leadership and of ambition, primary causes to the inglorious and gradual dismemberment and termination of the project in 1977. From Aqui d'el-Rock we got much more than the scream: "Há que violentar o sistema!"


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Aqui d’el-Rock

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Aqui d'el-Rock by "Sardine & Tobleroni"

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