Lambda Lambda Lambda

Festival Hardcore de São Paulo - jan'06
We play Hatelist and Radio Radio(Elvis Costello)
Shot by Leopoldo
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Lambda Lambda Lambda started on setember/october 2002 but got a solid lineup on march 2003, the same as today.
Early 2004 we recorded a demo called In control of the human race, which can be downloaded entirely here .
Early january 2006 our debut record came out. 14 tracks, including a Replacements cover. New plans of recording early 2007.
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O Lambda Lambda Lambda começou em idos de setembro/outubro de 2002 mas só tomou rumo em março de 2003 quando se estabeleceu a formação atual.
Começo de 2004 gravamos uma demo, In Control of the Human Race, que pode ser baixada por inteiro na nossa página da TramaVirtual .
O nosso primeiro disco saiu em Janeiro de 2006. São 14 faixas, incluindo um cover de Replacements.
Algumas resenhas:
"Lembram de uma época que as bandas de punk rock e hardcore adoravam associar elementos extra-musicais ao seu conceito? Claro, isso continua ocorrendo. Mas vocês lembram de uma época que certas figurinhas carimbadas idolatravam xícaras de café preto gelado? É bem recente isso, tentem recordar.
Pois bem, caros leitores, no promo recebido da Caustic para divulgar o disco auto-intitulado do Lambda Lambda Lambda, que traz xícaras na capa (aqui, até uma garrafa térmica aparece), contracapa e na arte do cd, veio até uma xícara junto. Sim, creiam, os caras mandaram um cd e uma xícara pra PUNKnet!
Bem, nem precisava tentar chamar a atenção com isso, mas tá valendo. Os caras do Lambda Lambda Lambda chamam seu próprio som de “nerdcore”. E quem sou eu pra discordar? O álbum soa como uma espécie de elo perdido entre as bandas de indie rock paulistanas do final da década de 90 e uma hipotética cruza entre a fantástica e bastante desconhecida banda No Means No e o Descendents. Bem nerd, não?
Mas, invariavelmente, a vingança dos nerds tarda, mas não falha. O Lambda Lambda Lambda, que traz em sua formação Barata, o baterista-coringa do underground nacional, faz um tipo de som não muito recomendado para não-iniciados em experimentações musicais. Mas deixe o preconceito e a dúvida de lado e caia de cabeça em faixas como “Tem minutes a lifetime”, “Past midnight”, “Tunin’ up” e, claro, “Revenge of the nerds”.
Mais um excelente lançamento da Caustic, mais do que uma aposta, uma confirmação, pra quem já conhecia a banda do tempo da demo In Control Of The Human Race. " Alessandro Ferrony - PUNKnet
"A palavra Lambda significa tanta coisa, e nos remete a tanta (tanto da cultura nerd, quanto da pop) que é claro que a musicalidade desta banda não poderia (nem deveria) decepcionar. O que temos aqui é a fina bossa do punk rock em inglês, uma enxurrada de referências e influências bacanas. Sentimos sabores de ALL, Descendents, Hüsker Dü, Dag Nasty, Bad Brains (em "Tripping") e temos ainda no meio de tudo isso um cover de "Skyway", faixa do clássico "Pleased to Meet Me" do The Replacements. Poucas vezes no Brasil, ainda mais nos anos 00, uma banda nacional conseguiu demonstrar tanta inteligência musical. Não falo de afetações e punhetices musicais, mas sim uma bíblia musical de bom gosto. Discos como este, sem dúvida, dão orgulho de estar em nossa estante. Ouça um pouco do Tri-Lambda aqui, e não ligue pro tal 'nerdcore' escrito por lá." Wladimyr Cruz - Zona Punk
"Talvez você já tenha visto o nome deles escrito em algum cartaz de show, e pode ser de duas maneiras: Lambda Lambda Lambda ou apenas Tri-Lambda. O trio paulista assume a postura nerd e em seu primeiro CD apresenta influências fortes de Descendents e All. Fazendo punk rock californiano, com melodias fortes como em “Tunin’Up”, “Spin” e “Misguided”. Já “Tripping” é mais acelerada, com vocais mais berrados e algumas guitarras mais barulhentas. “Hate list” é uma balada de dedilhados e sem distorção. As músicas são pegajosas e o disco traz um clima animado, o que torna agradável de ouvir, mais interessante por se tratar de um tipo de som pouco tocado por aqui. Lembra o início do Againe com essas mesmas influências, em seu primeiro CD, há 10 anos. Os primeiros a comprar este tiveram a oportunidade de ganhar uma caneca com o nome da banda - eu garanti a minha, e você?" Allan Borges - Rock Press
E um pouco de comédia:
"Na sua trajetória como fã de rock, não devem ter sido poucas as vezes em que você se pegou pensando em como esta ou aquela banda são bacanas, boas mesmo, de qualidade inegável, mas nunca te atraíram. Simplesmente não rolou aquela "química", por mais que o paralelo com os relacionamentos humanos seja bizarro. Eu mesmo já passei por isso com relação ao Kamelot, ao Primal Fear e ao Hammerfall, conforme relatado por aqui em outras ocasiões. Assunto para outros textos. Enfim: mas você já imaginou o contrário acontecendo? Uma banda inegavelmente ruim, tosca até, mas com atitude, simpatia e carisma impressos de maneira tão nítida em seu trabalho que você até acaba relevando a qualidade terrível do trabalho e, diabos, consegue se divertir pelo menos um tantinho - talvez o suficiente para dizer até que eles são um grupo acima da média? Pois foi justamente o que me aconteceu na audição do debut dos paulistanos do Lambda Lambda Lambda. Eles me pegaram absolutamente desprevenido.
O próprio nome da banda já denuncia as referências: Lambda Lambda Lambda, ou simplesmente Tri Lambda, era a denominação da fraternidade do grupo de perdedores e rejeitados no campus da faculdade do clássico filme oitentista "A Vingança dos Nerds". Na película, os nerds usam as suas armas (leia-se "seus cérebros privilegiados") para, sozinhos, sobreviverem ao inferno que é a vida estudantil na terra do Tio Sam, entre líderes de torcidas e jogadores de futebol americano. O que dá a entender é que este trio de músicos herdou o nome da fraternidade justamente por se tratarem de três malucos como os do filme, que se valeram da facilidade que os computadores permitem nos dias de hoje e produziram seu próprio álbum, coisa caseira mesmo. Nenhum dos três era exatamente um prodígio no mundo da música, mas eles queriam se divertir. Um assumiu o baixo, outro a bateria e um terceiro ficou com a função dos vocais e da guitarra. Formaram uma banda e começaram a tocar um hardcore (ou “nerdcore”, como eles mesmos chamam) cantado em inglês, por vezes pesado e furioso, por vezes fofinho e gostosinho, talvez para impressionar as garotas (Dee Snider e Gene Simmons concordariam comigo quando digo que não há mal nenhum nisso, afinal de contas).
O resultado? Bom, o resultado é este "Lambda Lambda Lambda", cuja produção e sonoridade são sofríveis - talvez até propositalmente amadoras. Em algumas canções, dá até para perceber que o vocalista está fora do tempo em relação ao restante do grupo (e também em relação às suas próprias guitarras). Mas nada disso chega a atrapalhar tanto assim, por mais esquisito que eu possa parecer ao escrever algo do gênero. Apesar do bom humor, no entanto, não espere do Lambda Lambda Lambda uma postura de "banda-piada". Não se trata de uma sátira, do tipo MASSACRATION ou Spinal Tap. Acho que dá para descrever mais como um jeitão de "tô nem aí", do tipo "gravamos o CD para nós mesmos, mas vamos lançar aí só pra ver o que rola".
Caso resolvam insistir na carreira, até que os meninos do Lambda Lambda Lambda têm futuro, e dos mais promissores. A instrumental "I See Monstros", por exemplo, se liberta dos três acordes e tem lá no fundo um interessante quê de Queens of The Stone Age (acho até que nem eles vão acreditar quando lerem isso, mas é verdade). "Misguided" dá até para acompanhar com o pézinho e cantar junto. E "Skyway" é uma balada graciosa e com personalidade. Viram só? O que começou como uma curtição (e experimentação) de amigos pode até ganhar corpo, sem qualquer pretensão ou demais frescuras que se tornaram tão comuns no nosso mercado fonográfico. Será que dá pé? Prometo ficar de olho e conto pra vocês no futuro. " Thiago El Cid Cardim - Whiplash.net