About Me
O Raul não anda, ele caminha.Ele faz do seu cotidiano um eterno passeio e cada ida e vinda pela rua dos Trilhos no bairro da Mooca, possui ares de andar por um trajeto ainda não percorrido. Cresceu na cidade de Mauá onde conviveu de perto com formigas, tatuzinhos, grilos e besouros, - formigas eram as suas preferidas – tal convivência lhe rendeu um certo jeito de poeta, e uma identificação profunda com o poeta Manoel de Barros, com quem se correspondeu por cartas (se bem que Manoel de Barros ainda não respondeu nenhuma de suas cartas). Para alcançar a região central de São Paulo, utilizou-se excessivamente do trem como meio de transporte; a paisagem, os passageiros, a arte que enche de alegria os vagões tristes do trem impregnaram no seu modo de ser e definiram a sua personalidade. O trem, esse charmoso “encurtador de distânciasâ€, tornou um verdadeiro amigo e divã para o Raul que não deixou de incluÃ-lo em suas poesias:“Velho trem, companheiro quase humano ... “Formado como contador, finge ser um profissional durante o expediente. Sempre que pode escapa para ir à rua para observar os que passam, neste exercÃcio de observar surge o tema de seus escritos. Na música, tem o samba como raiz e com o seu cavaquinho é freqüentador de rodas de samba, ao lado de grandes amigos que ele sempre fez questão de exaltar; mas o samba, este sim foi e sempre será encarado por ele como uma religião:“... e o mesmo aperto no peito, o desejo de que nunca nos falte o samba
E não faltará
Ah o samba!
O palpitar dos nossos corações
O precursor das nossas emoções
Ah, um choro do São Pixinguinha ...â€