About Me
aos vinte e um de agosto de dois mil e seis.
infinitas conjecturas e sei-lá-eu que mais
não tarda vou pedir á fada-do-absinto que me dê com uma garrafa (a que eu própria esvaziei) na cabeça. sempre tive uma tendência natural para pôr os pés na poça. desta vez não fui de meias-medidas, peguei no mapa e fui pôr os pés na maior poça possivel. fui ver o mar. ele lá me chamou, mas como a água estava muito fria, armei-me em mariquinhas-pé-de-salsa e voltei para trás, falei com uma estrela-do-mar que me disse que eu era feia (acho que elas só dizem as verdades) e até admito que chorei um bocadinho. cheguei a casa, ainda era noite, e fui comer uma fatia de bolo que a minha mãe fez á tardinha. e com os pés frios, fui-me deitar, sem ninguém para mos aquecer. tapei-me com o lençol, já que ouvi a minha prima de cinco anos dizer que assim me posso esconder dos problemas do mundo, quem lho disse foi a fada-dos-dentes, e não é que confie muito nela porque a malvada diz tudo em troca daquelas coisinhas brancas -os dentes-, mas resolvi experimentar. não passou muito tempo, e ouvi aquele "chuac chuac" de beijo apaixonado, espreitei: era o joão-pestana e o papão. e disse-lhes: "ooooh, eu até acho muito bonito, mas eu estava a tentar adormecer." eles sorriram e pediram desculpa em unÃssono (que o amor tem destas coisas), deram as mãos e eu levei-os á porta. recebi quatro beijinhos e disse "boa noite, e tenham juizo!" em troca recebi dois sorrisos e dois "boa noite". eles são queridos. e passados dez minutos suspeito que lá fora, o calor já era outro. tinha de ser outro porque no meu quarto não há nem vestÃgios de calor, nem desse nem de nenhuma outra sub-espécie. estava um dinossauro á janela, e piscou-me o olho imediatamente antes de me voltar a esconder dos problemas do mundo. "o que penso eu do mundo?!? SEI Là O QUE PENSO EU DO MUNDO!" - fecho os olhos, encolho os ombros, coço a orelha e depois o nariz, penso em ti e adormeço com um sorriso.
oh, entrou uma andorinha pela janela. dás-me um beijo?
(a mediocridade é uma doença crónica, caso não saibas. só que esta não dá para pôr atestado. sei-o eu.)
mais de mim:
sitio onde gosto de pôr mais de mim. [boémio]
outro sitio onde (voluntariamente) ponho mais de mim.
sitio onde me obrigaram a pôr mais de mim. [académico]
*pum-bem-cheiroso*
Quem semeia ventos colhe tempestades. Hà quem lhe chame karma... Eu chamo-lhe "BEM FEITO!" - naquele tom provocante que as crianças usam quando querem ser mesmo mà s.
Agora se me dás licença, vou só ali num instante colher as minhas tempestades. Se demorar muito é porque lhes tou a dar nomes. Até já.