About Me
- O quarto filho de uma familia de quatro irmãos.
Dois meninos e duas meninas.
Era um dia 15 de novembro, do ano de 1988. Cidade de Barueri na Grande São Paulo, as horas eu não sei e nem a mãe que veio do Espirito Santo, consegue se lembrar.
O pai que nasceu no interior de São Paulo resolve o nome.
Num jogo do Palmeiras, o cara faz o gol: Cleisson.
Criado entre a terra do quintal e o asfalto das ruas.
Muitos tampões do dedão do pé se foram, muitas bermudas furadas pelo parafuso do carrinho de rolemã, e por uma vez a cabeça foi rachada na parede.
Entre os fios, os tijolos, as armas e as lutas, este aqui sou eu.
A gente pode falar das plantações de bananas no Equador e da República Dominicana, também podemos falar das bolhas
que o pogobol fazia no calcanhar, ou se preferir falaremos das prostitutas.
A gente pode aderir, construir e também destruir uma ideologia, uma religião, uma teoria.
Podemos salvar as baleias com o Greenpeace, os pandas da China, o lobo guará talvez.
A gente pode falar de Picasso, Monet, Brecheret, Niemeyer, Da Vinci, Fidel, Marx, Empire,
Mano Brown, Mano Chau, ChauÃ, BolÃvar, Almodóvar, LaBruce, Lapore, Ferez, Zumbi, Chopin, Cartola,
Guevarra, Parks, Dostoievski , Morais, Luther King, Dean e também de Jesus.
Se quiser comentamos a novela, ou como aquele menino do Bom Dia e Cia. é gay.
Podemos falar de tudo ou se preferir não falaremos nada.
Eu não sei andar direito com o chinelo, e ainda tento cortar a laranja sem quebrar a casca.
Não me sinto confortável perto de animais e insetos, mas tenho um cachorro. Vira-lata, mais é cachorro.
Todo mundo quer ir pra Londres, eu prefiro o Machu Picchu, no Peru.
Não gosto de moda, Paris Hilton, luxo e photoshop.
Ando preferindo os mudos, do que os berrantes.
O suado, do que o dado.
O chato e inteligente, do que só o legal e vazio.
O estilo musical da moda pouco me importa, eu gosto das que eu consigo sentir.
Mesmo que seja a mil léguas antes do Minimal ou a mil batidas à frente dele.
Meus tênis são todos velhos e sujos. São bem confortáveis.
Ando com moedas e poucos reais no bolso.
Não gosto muito de falar no telefone, porque me encomoda ficar parado ouvindo sem poder ver expressões.
Eu gosto de giló e essas coisas verdes estranhas, sabia?
Uma vez tive alergia de carne de porco.
E ainda tenho alergia de coisas de metal. (relógios, correntes...)
Tenho orgulho dos meus erros, porque me fizeram aprender coisas.
Me orgulho do meu sangue de negro, da minha cor de tijolo de favela, do meu espÃrito de favela,
da minha educação, da minha não-religião, da minha sexualidade, da minha esquerda, da minha liberdade de escolha.
E conseqüêntemente me orgulho por poder ter a culpa e segurar a bronca das minhas escolhas. Gomes, Cle
São Paulo
BRASIL
"Uélcomi Mótáfócá!"
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