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Quando era criança, menina nascida em Teófilo Otoni, nordeste de Minas Gerais, queria ser arqueóloga, bailarina, veterinária, médica, trapesista...
E brincava de bonecas, e criava chás das 5 para as meninas...
Até que um dia abriu os pulmões e com lábios que ainda falavam só um pouco de cada coisa, começou a cantar!
E cantava, e cantava, e a mãe sorria e a tia chorava, até que cantou de verdade, quando ainda era um grãozinho, uma miudeza de gente, com 5 aninhos de idade e histórinhas pra contar, e foi então que ela decidiu onde iria morar pelo resto da vida...no palco!
E de lá não saiu mais!
Estudou técnica vocal, aprendeu a cantar de todo jeito, até quase de cabeça para baixo, educou o corpo e a mente para ser feita de melodia.... Ouviu Puccini e amou Andrew Lloyd Webber, sonhou com Jobim e se emocionou com VinÃcius!
Passeou pelo lÃrico, óperas, boêmias, descobriu que era soprano, e em italiano, latim, português, inglês, espanhol, contou estórias de grandes amores e sonhos que ultrapassaram as barreiras do tempo e carregam consigo até hoje o nome de seus grandes compositores, imortais, incomparáveis!
Descobriu na Bossa Nova a brasilidade que complementaria os estilos que embalam sua caminhada, e com MPB, Samba, Pop, além de músicas internacionais fez de tudo um pouco e se sentiu completa!
Cantou em concertos, espetáculos e shows, até em casamentos ela marcou presença, seminários, formaturas, palestras! Debaixo de muitas janelas fez serenatas, e como seresteira cantou para namorados dançarem sob a luz da lua ao som de apaixonadas violas!
Nos palcos de teatros e nos bailes da vida, nos ares dos bares em troca de pão, pôs um pé na profissão e hoje, com 22 anos, vem deixando suas pegadas, contando estórias musicadas cheias de magia e interpretação...
Tem estrelas nos olhos, e canta...canta...vive para cantar!
Ela... é Clarissa!