Entre outras paisagens, suas melodias tomaram forma, complementadas por suas harmonias e abrindo espaço para letras recheadas de imagens. Assim, surgiram parcerias, principalmente com o escritor e ator Marcelo Coutelo, dizendo de imagens reais e irreais do mundo e do humano; falando de sensações, cores, gostos, gestos; unindo-se nesse desejo de expressão.
A musicalidade de Luz Marina vem desse desejo. Foge do novo padrão tem-que-ser-artista. Emerge, simplesmente, do impossÃvel-não-ser; de um precisar compartilhar ou, simplesmente, fazer-se ouvir. Por isso, sua música não se entrega à estrutura convencional. Não por rejeita-la e desejar mostrar-se experimental ou o que quer que seja. Sua música, muitas vezes também tem parte A, B e refrão. Mas, o que a motiva, menos do que usar ou não esse tipo de convenção, é estar atenta à musica que possui e à que a rodeia naquele momento.
Aberta tanto à s origens quanto à s sonoridades mais atuais, caminha para o que sua música lhe indica, compondo ritmos variados que sugerem uma nova musicalidade nos arranjos, permitindo instrumentos que resgatam as raÃzes brasileiras, mas de uma nova maneira, sendo fiel a palavra “originalâ€, tanto no âmbito das origens quanto do novo, do que surge.
Com violão e voz, está acompanhada dos músicos: João Taubkin no baixo acústico, Rodolfo Stocco com viola caipira e violão, MaurÃcio Oliveira no bandolim e Gustavo Cecci na bateria.
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