Africa la em Casa

África lá em Casa. O nome já atiça a curiosidade. Não, não tem a ver com o Afrika Bambaataa, papa do hip-hop nos saudosos anos 80. Aqui, o lance é outro, é ainda mais...africano. Tudo graças ao músico e produtor Guilherme Chiappetta. “África” porque se costuma dizer que a música africana parou de evoluir em sua própria terra e obteve sua continuidade aqui no Brasil. E todas as músicas têm uma levada tribal em seus ritmos e composições. “lá em Casa” porque foi criado e gravado na própria casa de Chiappetta, em seu estúdio particular. A intenção do projeto é mostrar músicas que as pessoas possam ouvir e sentir fora das amarras, dos (pré)conceitos que pipocam para todos os lados. Música livre de qualquer formato, e livre em sua expressão. Como se diz em inglês: think outside the box. O frescor de África lá em Casa é real: as músicas foram gravadas logo após sua composição, com todo o vigor que uma nova criação pode ter. Para montar esse quebra-cabeça, Chiappetta contou com uma trupe de fiéis e talentosos colaboradores. Cada convidado tem o seu próprio brilho, como o guitarrista Nuno Mindelis (em “Pega pa Capa” e “Casa”) e a doce cantora Patrícia Penna (em “Rosa” e “Contradição”). Cada música tem sua própria história e um significado pessoal para Chiappetta. “Fora do Meu Quintal” fala sobre a falta de respeito com o espaço alheio. Na já mencionada “Rosa” vale toda forma de amor, não importa se a rosa é rosa ou é nega... Toda criação tem sua história, mas o África lá em Casa permite qualquer interpretação, porque tudo que é novo ou fora das convenções oferece isso. Ou vai dizer que alguém conhecia Wilson, o camaleão daltônico? Não entendeu? Então pense fora da caixa. Rodrigo Arijon