Myself.
There’s no soulmate, this goes for incest! We can’t be born in this world designated to marry our imagination, otherwise we’d be single forever. What is important is meeting someone who can challenge us, who makes us questions about ourselves, who makes us think in different ways. To love is to go on vacation of ourselves, to know another tastes and habits. What isn’t too way planned can touch us deeper than what is too schemed; it’s so boring just confirming expectations. Every time getting compliments goes much more boring yet, it smells flattery. We shouldn’t go looking for the other just to hear amen all the time but to make us quit narcissism and fall down our gods. I’m favorable to improvisation and spontaneity. Having something to learn with someone we love is always a great reason to celebrate.
Lembro-me de quando perdi minhas convicções. Ah, eu me lembro! Havia algo de prazeroso naquela fase, toda e qualquer emoção fazia um eco enorme na cabeça. Havia tanto espaço. E quando você está no mundo e nem se importa? Sim, eu, inacessÃvel. Não por que eu não soubesse o que fazer, eu sabia até demais.
Pensar nisso me faz um louco?
Será?
Louco?
Provavelmente.
Desejo que você esteja na melhor fase da sua vida mesmo que jamais tenha lhe visto. Só lhe digo uma coisa: sempre pense duas vezes. Pode falar, quem você acha que é? Ah ah ah, tenha sempre fé, já que você acha que realmente controla sua vida.
Bem, eu acho que você é louco.
Sim.
Louco.
Igual a mim.
Meus heróis tiveram a coragem de arriscar suas vidas, subindo o mais alto nas árvores de suas convicções. Lembro-me de quando eu só pensava nisso. Ah, agora me lembro, queria ser como eles. Desde pequeno, desde quando eu nem sabia aonde iria chegar, era isso que me animava. E não será por coincidência que nisso irei me tornar. E só irei embora quando o que vim fazer aqui acabar.
Talvez eu seja louco.
Talvez você seja louco.
Talvez todos nós sejamos loucos.
Provavelmente.
Falar
Martha Medeiros
Já fui de esconder o que sentia, e sofri com isso. Hoje não escondo nada do que sinto e penso, e às vezes também sofro com isso, mas ao menos não compactuo mais com um tipo de silêncio nocivo: o silêncio que tortura o outro, que confunde, o silêncio a fim de manter o poder num relacionamento.
Assisti ao filme “Mentiras sinceras†com uma pontinha de decepção — os comentários haviam sido ótimos, porém a contenção inglesa do filme me irritou um pouco — mas, nos momentos finais, uma cena aparentemente simples redimiu minha frustração. Embaixo de um guarda-chuva, numa noite fria e molhada, um homem diz para uma mulher o que ela sempre precisou ouvir. E eu pensei: como é fácil libertar uma pessoa de seus fantasmas e, libertando-a, abrir uma possibilidade de tê-la de volta, mais inteira.
Falar o que se sente é considerado uma fraqueza. Ao sermos absolutamente sinceros, a vulnerabilidade se instala. Perde-se o mistério que nos veste tão bem, ficamos nus. E não é este tipo de nudez que nos atrai.
Se a verdade pode parecer perturbadora para quem fala, é extremamente libertadora para quem ouve. É como se uma mão gigantesca varresse num segundo todas as nossas dúvidas. Finalmente se sabe.
Mas sabe-se o quê? O que todos nós, no fundo, queremos saber: se somos amados.
Tão banal, não?
E, no entanto, esta banalidade é fomentadora das maiores carências, de traumas que nos aleijam, nos paralisam e nos afastam das pessoas que nos são mais caras. Por que a dificuldade de dizer para alguém o quanto ele é — ou foi — importante? Dizer não como recurso de sedução, mas como um ato de generosidade, dizer sem esperar nada em troca. Dizer, simplesmente.
A maioria das relações — entre amantes, entre pais e filhos, e mesmo entre amigos — ampara-se em mentiras parciais e verdades pela metade. Podem-se passar anos ao lado de alguém falando coisas inteligentÃssimas, citando poemas, esbanjando presença de espÃrito, sem alcançar a delicadeza de uma declaração genuÃna e libertadora: dar ao outro uma certeza e, com a certeza, a liberdade. Parece que só conseguiremos manter as pessoas ao nosso lado se elas não souberem tudo. Ou, ao menos, se não souberem o essencial. E assim, através da manipulação, a relação passa a ficar doentia, inquieta, frágil. Em vez de uma vida a dois, passa-se a ter uma sobrevida a dois.
Deixar o outro inseguro é uma maneira de prendê-lo a nós - e este “a nós†inspira um providencial duplo sentido. Mesmo que ele tente se libertar, estará amarrado aos pontos de interrogação que colecionou. Somos sádicos e avaros ao economizar nossos “eu te perdôoâ€, “eu te compreendoâ€, “eu te aceito como és†e o nosso mais profundo “eu te amo†- não o “eu te amo†dito à s pressas no final de uma ligação telefônica, por força do hábito, e sim o “eu te amo†que significa: “seja feliz da maneira que você escolher, meu sentimento permanecerá o mesmoâ€.
Libertar uma pessoa pode levar menos de um minuto. Oprimi-la é trabalho para uma vida. Mais que as mentiras, o silêncio é que é a verdadeira arma letal das relações humanas.
Vamos celebrar a estupidez humana
A estupidez de todas as nações
O meu paÃs e sua corja de assassinos
Covardes, estupradores e ladrões
Vamos celebrar a estupidez do povo
Nossa polÃcia e televisão
Vamos celebrar o nosso governo
E nosso estado que não é nação
Celebrar a juventude sem escolas
As crianças mortas
Celebrar nossa desunião
Vamos celebrar Eros e Thanatus
Perséphone e Hades
Vamos celebrar nossa tristeza
Vamos celebrar nossa vaidade
Vamos comemorar como idiotas
A cada fevereiro e feriado
Todos os mortos nas estradas
E os mortos por falta de hospitais
Vamos celebrar nossa justiça
A ganância e a difamação
Vamos celebrar os preconceitos
E o voto dos analfabetos
Comemorar a água podre
Todos os impostos, queimadas, mentiras e sequestros
Nosso castelo de cartas marcadas
O trabalho escravo e nosso pequeno universo
Toda a hipocrisia e toda a afetação
Todo o roubo e toda a indiferença
Vamos celebrar epidemias
É a festa da torcida campeã
Vamos celebrar a fome
Não ter a quem ouvir
Não se ter a quem amar
Vamos alimentar o que é maldade
Vamos machucar um coração
Vamos celebrar nossa bandeira
Nosso passado de absurdos gloriosos
Tudo o que é gratuito e feio
Tudo o que é normal
Vamos cantar juntos o hino nacional
(A lágrima é verdadeira)
Vamos celebrar nossa saudade
E comemorar a nossa solidão
Vamos festejar a inveja
A intolerância e a incompreensão
Vamos festejar a violência
E esquecer a nossa gente
Que trabalhou honestamente a vida inteira
E agora não tem mais direito a nada
Vamos celebrar a aberração
De toda nossa falta de bom senso
Nosso descaso por educação
Vamos celebrar o horror de tudo isso
Com festa, velório e caixão
Está tudo morto e enterrado agora
Já aqui também podemos celebrar
A estupidez de quem cantou essa canção
Venha, meu coração está com pressa
Quando a esperança está dispersa
Só a verdade me liberta
Chega de maldade e ilusão
Venha, o amor tem sempre a porta aberta
E vem chegando a primavera
Nosso futuro recomeça
Venha, que o que vem é perfeição
Paradiso.
Sucks.
All kinds. Is there any other sexier place than a library?
AN INCONVENIENT TRUTH
AMAZÔNIA PARA SEMPRE
TRANSPARÊNCIA BRASIL