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DEZPERADOS

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As máscaras caíram, mas a atitude mutante, no sentido X-Men da palavra, continua lá, exposta até ao mais sonoro kick do mais recente disco largado para fechar o set da festa de ontem à noite. Dezperados é fresh assim: é de agora, é urgente e sexy e perigoso e tudo ao mesmo tempo, numa viagem que confunde os sentidos, mas subjuga o corpo a uma ou talvez a mil batidas diferentes que nas suas mãos adquire o mesmo sentido que o barro ou a pedra ganham quando trabalhados por um escultor. O resultado pode ser abstracto, mas o processo é orgânico, intuitivo: Nuno Rosa e Tiago alimentam-se um do outro quando põem música – cada um sabe o que outro pensa antes de o pensar e age em concordância – efeitos, discos, cds, Mp3 e o que mais faça barulho a curvarem-se perante uma única ideia – levar o sistema de som até ao limite e provar a quem dança na pista que as viagens também podem ser inesperadas e agradáveis. Desde 2003 que é assim.
Tudo começou no Lux, espaço privilegiado para acolher novas intenções, capaz de sustentar o gosto pelo risco e o desejo de transgressão. O terreno do DJ tinha-se tornado num demasiadamente confortável conjunto de regras que se tinham sido erguidas também podiam ser desmanteladas. Passaram a fazer parte do espectáculo, quais rock stars envoltas em fumo, groupies, som e electricidade – misturavam o que não se podia misturar, partiam discos ao vivo como Pete Townshend tinha destruído guitarras, tocavam rock e techno e improvisavam as colagens que outros preferiam tocar certinhas. Os Dezperados abanaram a ideia do djing e no processo tornaram-se maiores do que provavelmente sonhavam. As máscaras protegiam a identidade, mas sobretudo pareciam dizer que o importante era a música, não as pessoas que a seleccionavam.
E, de repente, sem se saber bem como, a ideia saltou para fora do laboratório que era o Lux e chegou aos festivais: os Dezperados dividiiram espaço em cartazes com gente como os Chemical Brothers, Daft Punk, Moloko, LCD Soundsystem e muitos outros nomes grandes e pequenos, bons e maus… E em todo o lado a reacção era mesma: rendição incondicional perante uma dupla que nunca quis fazer prisioneiros. De Paredes de Coura ao Festival do Meco e daí até às festas com marca MTV ou Vodafone SoundClash, a entrega foi sempre a mesma – intensa, irredutível. Os Dezperados souberam não se prender a eles mesmos e não transformar a ausência de uma fórmula num outro tipo de fórmula. E por isso enfrentaram todos os desafios com o mesmo descomprometimento: A digressão com a MTV Europe – juntamente com Tiga, Tiefschwarz, Chicks on Speed, Princess Superstar, The Rapture, Black Strobe, Scissor Sisters, Spektrum e outros aterrou em Londres, Paris, Madrid, Milão, Berlin e Amesterdão e cada noite era noite de choque. Electrónico, obviamente.
E agora que as mascaras pegaram, os Dezperados mostram a cara, mantendo a ideia de que é na música, no pulsar constante debitado pelas colunas, que está o que realmente importa. E por isso mantêm-se permanentemente sintonizados com a música, até porque Tiago e Nuno são eles próprios agentes activos nessa área: Tiago acaba de lançar um maxi de edits na Mindless Boogie e Nuno é responsável, como Pink Boy, por uma das mais interessantes compilações de música electrónica nacional de que há memória. Saber o que se faz é importante quando chega a hora de fechar os olhos e usar o instinto. Logo à noite será, certamente, diferente do que estamos à espera. Mas será também exactamente aquilo que mais desejamos, mesmo não o sabendo ainda. - RMA

My Interests

Music:

Member Since: 8/3/2006
Band Website: dezperados.com/forum/
Influences:

Sounds Like: 02.2008
07.2006

Type of Label: None