About Me
FESTIM CIRCENSE:Definir o som que é feito pelo Festim Circense é um desafio. Convidamos os seus ouvintes fiéis a emitir as suas impressões. As palavras que encontramos são: mistura, clima, ritmo, surpresa. Os rótulos todos que conhecemos não lhes cabem. Samba, rock, maracatu, pop, jazz... Tudo isso está lá, e, ao mesmo tempo, pouco revela do que ouvimos. Talvez seja o “Groove Pé-vermelhoâ€.Baixo, violão, bateria, flauta transversa, tambores... Mas também baldes, tanques, e muitos outros instrumentos inusitados que Arnaldo encontra pelo mundo... A voz doce desse percursionista alucinado brinca com a voz rasgada e densa de Fernando numa interação mágica. A bateria de Maninho e o baixo de Alan dialogam como velhos amigos no bar, arrancando do público sorrisos de compreensão silenciosa desses papos sem palavras.Arranjos e ritmos: uma harmonia que nos eleva. “Lona florida erguida... embalando a nossa noiteâ€. Psicodelia, melodia e força. Uma força estranha, uma relação: dos músicos entre si, do público com os músicos, do público com o público, de cada um com o som que nos carrega. A gente dança e canta em transe de estranha alegria. Um rito. Um show. Uma festa. O som nos cobre como a lona cobre ao circo. As letras, como o som, não encontram caracterização fácil.DadaÃstas, repentistas, românticas, polÃticas. Não, não são isso. São “rede gargalhada deste barco que é o somâ€. Elas nos lembram coisas que não vivemos, e nos transportam pra um mundo onÃrico... Ouvir como se estivéssemos sonhando é uma regra. E elas logo entram em nossas mentes, e nos vemos repetindo o prazer do show no dia seguinte, cantando distraÃdos os versos que nos afetam...A composição feita pelo grupo nos move e sensibiliza. O prazer do show, da noite, persiste e nos acompanha durante o dia, durante os dias “pedra e prosaâ€, agora contaminados de poesia.A banda surgiu em 2002, no norte do Paraná, e tocou para o público universitário em todo canto: bares, repúblicas, boites e rua. A participação do Festim no FEMUCIC acabou levando a banda a irradiar a sua música para um público maior, e criou contato com outros músicos e profissionais, o que acabou levando ao lançamento do primeiro disco independente, que deixa clara as suas influências dÃspares: clássicos barrocos, música indÃgina, choros, bossas, sambas, rock n’roll. Está lá uma fagulha da energia de Bach, dos Ãndios Kaigang, de Anacleto Medeiros, de VinÃcius de Moraes, Cartola, Adoniram e também de Jethro Tull, Rush, Yes, O Rappa, Cordel do Fogo encantado, Chico Science, Mundo Livre..Nesse momento a banda procura difusão do seu trabalho para continuar essa história. Como em suas letras e melodias que se relacionam numa narrativa aberta, a história da banda segue em busca das trocas energia, de olhares e sentimentos, de sensações e de sorrisos, sob a proteção do som que te convidamos a ouvir.-Aurélia Hubner- Jornalista