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The Free K7's Experience

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Gravações caseiras toscas egolombráticas. Já tá rebobinada, é só dar o play.




Olinda, 1993 – enquanto pipocavam bandas vinculadas ao "mangue bit" - e o grunge era a bola da vez -, D Mingus ganha um violão, com o qual passa a compor suas primeiras células musicais (até então resumidas a pequenas manipulações sonoras feitas com k7s e vinis). É assim que, instintivamente, começa a desenvolver o processo lo-fi de gravação e composição que o acompanha até os dias de hoje: o ping-pong - ou monodeck (veja a “receita” no final do texto).
Corte para dez anos depois:
Recife, 2003 – D Mingus resolve levar em conta o conselho dado por um amigo cineasta após escutar uma das suas gravações feitas num microsystem de dois decks, e decide divulgar seus experimentos sem tirar nem pôr, usando a estética lo-fi ao seu favor. Assim, após digitalizar algumas de suas fitas k7s, resolve criar uma página no Tramavirtual, colocando pra download as músicas de seu primeiro EP (Fundamentações Ontológicas da Vida), que logo ganha o tal “selo de destaque” dado pelo site a artistas julgados relevantes. Nessa mesma época, D Mingus começa a fazer jams com amigos, onde são inseridos alguns desses temas compostos no aconchego de seu lar. Daí surge o Monodecks, banda na qual atua até hoje e que teve seu nome-homenagem a tal processo de gravação.
Apesar da utilização de gravações one-man-band para divulgar a Monodecks quando esta não possuía qualquer registro sonoro (como a utilizada no videoclipe abaixo), D Mingus resolve manter os dois projetos em separado, visto que seu espectro solo pode assumir qualquer forma – de canções pop assobiáveis a experimentos sonoros rudimentares.
Atualmente o D Mingus solo planeja incursões menos autistas, auxiliado por uma banda. Aguardem gravações e, de repente, até shows do projeto.
Clipe de divulgação da banda Monodecks, com o audio de "Reverbera na Caverna", faixa do 1º EP do D Mingus:
RECEITA PARA SE FAZER UM MONODECK
INGREDIENTES:
- Qualquer microsystem de dois decks com entrada pra microfone (de preferência com volume regulável)
- Duas fitas k7 (de preferência virgens, mas se você quiser gravar por cima daquela fita de Ray Coniff da sua mãe também tá valendo)
- Um microfone fuleiro (né charminho não. os que costumam melhor captar neste caso são os de karaokê mesmo)
- instrumentos sortidos (use a criatividade)
MODO DE PREPARO:
1. Insira uma das fitas no deck principal, dê o "play + rec" e comece gravando a base da música
[ ]
2. Volte a fita gravada e coloque-a no deck do play
3. Insira a outra fita no outro deck, aperte o play-rec ("virgem") e o play (gravada)
4. Toque com o instrumento que será captado pelo microfone (recomenda-se uma pré-regulagem do volume, usando a fita base como parâmetro de altura sonora)
[volta para o item 2 até aonde julgar-se necessário]
Boa sorte e bon appetit ;}
"Se houvesse uma árvore genealógica onde D Mingus pudesse ser encaixado, esta começaria por John Frusciante, não o guitarrista dos Chilli Peppers mundialmente conhecido, mas o obscuro folk singer do disco Niandra Lades. Aí volta o lance da afinidade: Niandra é dos meus discos preferidos. E torna-se novamente difícil falar do som do cara-yonk-mingus, que é fuderoso, é lo-fi, é criativo, é weirdo e blá-blá-blá. Com uma produção que fizesse a gente ouvir tudo direitinho seria um clássico indie (o que é uma blasfêmia que quase me faz vomitar, mas contra os fatos não há argumentos, além do que nem tudo que é indie merece o fogo do nono círculo do inferno)."
Escrito por Cell, o Ser Perfeito (hehehe)
http://ofoguetedorecife.blogspot.com/2004_12_01_archive.html
MP3GRAFIA:
Fundamentações Ontológicas da Vida (6 k7's mono recordings) - 2004
Este primeiro EP registra o impacto que uma pedaleira multi-efeitos - aliada a várias outras descobertas, sonoras ou não, da época - teve na minha forma de pensar música. A partir daí, uma sala de gravação nunca mais seria somente uma sala, mas poderia também ser várias, a reverberarem ambiências diferentes, comigo somando-as em camadas. Isto na forma que era-me acessível à época: o microsystem de dois decks da minha mãe (que depois foi-me confiscado). Inspirado na velha estética lo-fi de guerra, permiti-me o exercício estético de registrar aquelas novas colorações em formato deck-pra-deck, ping-pong (que rebatizei de "monodecks"). Nessas células sobrepostas - moluscas às vezes pelos desencontros dos meus tempos interiores (hoje em dia já me apresentaram ao metrônomo e adquiri certo gosto pelo garoto) - está sua particularidade, que certamente deve fugir dos padrões de bom gosto / costume musicais.
1. Reverbera na Caverna (p/ download na trama) 2. Loungitude (p/ download na trama) 3. Love is a Shelter 4. Pablus Cheirou Benzina (p/ download na trama) 5. O Topete de Mozz (p/ download na trama) 6. The Place Where I Am
Clube dos 50 (compacto) - 2005
Fase de transição do formato K7 (analógico - de captação) pro digital, marcando o início da experimentação com softwares sequenciadores e editores de áudio. Dois teminhas curtos explorando linhas percussivas e sintetizadores do FL Studio. O primeiro é uma homenagem ao legendário "Clube dos 50" de Pesqueira (PE), local de diversão de toda a jovem guarda da cidade. A linha melódica meio abolerada, quente (com um tom menor e o seguinte maior, voltando para o menor em seguida), resvala nas batidas eletrônicas - mais frias, embora tentando ser funky. Psycho-Estrobo já é algo explorando mais delay, tendo sido toda construída com samples pré-feitos, embora executados e filtrados em tempo real pelo teclado do computador e mouse.
LADO A Clube dos 50 (p/ download na trama)
LADO B Psycho-Estrobo (p/ download na trama)
Sala Antimatéria - 2005
Reunião de fragmentos esparsos - alguns, quase vinhetas -, com uma ênfase mais "concreta" na captação de ruídos ambientes como tosse, brinquedos e até células microscópicas de músicas do cancioneiro pop. No final, "To the Seed", a única tentativa de canção desse riachinho de "desmaterialização"...
1. A Garganta Corrói 2. Kling Klang 3. Catimbau 4. Cetro Mágico 5. Ativando Gravidade Zero (p/ download na trama) 6. To the Seed (p/ download na trama)
O Gênio da Lâmpada (compacto) - 2005
Primeira experiência de total imersão no digital-virtual, tendo, inclusive, as composições sido feitas através de softwares e não previamente em instrumentos de "carne e osso". Valem mais como tal e não pelas músicas em si - pelo menos para mim. De toda forma, "O Gênio da Lâmpada" não deixa de ter um frescor lounge minimalista, confirmado por "Coisa Muito Importante", que é algo mais próximo do... hum... dançante.
LADO A O Gênio da Lâmpada (p/ download na trama)
LADO B Coisa Muito Importante (p/ download na trama)
Canções do Quarto de Trás - 2006
Pretende ser uma série de registros, tendo como mote canções antigas - com algumas adaptações. Quando a brincadeira cansar, reunirei todos os singles em algum EP ou "disco cheio". Até agora foram registrados dois singles, cada um com duas músicas (coloquei-as no 4shared porque simplesmente às vezes fica impossível de uploadar via modem aqui no tramavirtual), em formatos mais ou menos tradicionais - não tivesse seu teor folk "desconstruído" por efeitos, ruídos e uma palheta de filtros. Foram compostas no violão ("Filmes e Quadrinhos" mais especificamente no tal "quarto de trás" da casa onde morei na Rua do Futuro - lugar inspirador do título da série) e tiveram recentemente suas bases gravadas com o microfone captando o corpo acústico da minha guitarra semiacústica - que também foi devidamente plugada, fazendo inclusive o "papel" de baixo. As letras (se você conseguir entender algo do que pronuncio) referem-se a experiências subjetivas, mas não quer dizer que, por exemplo, "Colméias" não se sustente pelo seu teor objetivo de haicai aparentemente de contemplação agro-pastoril, que tem esse conteúdo negado pela última frase - um questionamento sobre a liberdade humana. "Filmes e Quadrinhos" pretende ser algo mais naif, um breve esforço caleidoscópico, em ritmo vaudevillesco, de visão da infância (numa palavra: nostalgia). O segundo single traz a experiência mais "fria" (apesar da total organicidade de seus sons), sequencial de "Túnel, Domingo" juntamente com a quase-mística "Galáxia 2001 Futuro", que é uma espécie de antídoto para a claustrofóbica letra de Colméias. O vôo, afinal.
1º Single http://www.4shared.com/dir/1661222/8473872f/single_n_1.html
2º Single http://www.4shared.com/dir/1661275/6760e6c9/single_n_2.html
3º Single http://www.4shared.com/dir/5428355/659b822e/single_n_3.html

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