50278189

No Alto mudas em mim e eu flutuo dentro das cidades riscadas dos momentos em que eu era amado dentro do Amor sobranceiro sobre as árvores dos campos a perder de vista penetrados na memória antiga da criança que se baloiçava nos ramos centenários enquanto entoava uma melodia agora desconhecida ou esquecida e trepava para comer cerejas que também sabia usar como brincos pendurados e a criança aqui continua como uma pena sóbria mas dividida em duas realidades e a música existirá sempre no aqui do novamente da música pela música e não pelo nada a música pelo prazer que mingua no espaço e que consola o esquecimento que vive sempre aqui na memória do tempo que se revolve na memória transmutada em refúgio inacabado e ligeiramente disperso no Alto do mundo que julgava infinito quando o observava no topo das árvores da minha infância. Localcinzento.blogspot.com