Dizem que estou a um passo do alcoolismo e tenho demasiados vÃcios. Escrevo em demasia mas nunca o suficiente pois perco o meu tempo com futilidades como ouvir música (em excesso), ler (porque os outros parecem ter sempre melhores ideias que eu), ver televisão em silêncio (porque não quero perder tempo enquanto ouço música)... e a beber... Como não aprecio a maravilhosa degustação de cerveja e tenho uma incapacidade genética para manter as pálpebras abertas num jogo de futebol encontro-me frequentemente à parte nas conversas de bar onde inevitavelmente tento desviar o assunto para algo incrivelmente entediante como música, literatura ou o ciclo biológico diário de animais de que ninguém quer realmente saber (ou polÃtica o que na prática vai dar ao mesmo).
Sou um fervoroso amante do ócio, da sesta e de Martini, o que acredito que pode ser harmoniosamente conjugado em simultâneo. Sou um apaixonado pela normalidade e rotina e tento incessantemente encontra-los algures pois não faço a mais pequena ideia onde os deixei. E ao contrário do que tento fazer acreditar, o Amor não é uma mentira, simplesmente uma entidade maliciosa que se delicia constantemente em nos enganar e atraiçoar de cada vez que viramos as costas.