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Todas as canções de Diego Silva: by Diego Silva is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Vedada a Criação de Obras Derivadas 2.5 Brasil License ...
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Influences:
No inÃcio, quando comecei a conhecer o violão, a composição se apresentou como uma maneira natural de explorar o corpo do instrumento, suas sonoridades, acordes e principalmente de burlar a falta de conhecimento teórico e técnico, que me impedia de tocar a maior parte das canções que eu admirava, então passava os dias experimentando notas, montando acordes, criando temas instrumentais de acordo com a habilidade que eu dispunha...
A palavra surgiu ainda antes na minha vida, semprei gostei muito de ler e na infância lia tudo que me permitiam, e inspirado pela leitura, desde os 9 ou 10 anos já me aventurava em contos e poemas...
Unir as duas coisas demorou um pouco, inicialmente escrevi algumas letras de cunho polÃtico pra banda de um amigo, depois experimentei musicar alguns poemas que encontrava nos livros que lia, até que passei finalmente a unir os acordes que eu vinha descobrindo aos poemas que eu escrevia, mais como uma forma de expressar meus sentimentos adolescentes e minhas opiniões do que de buscar alguma qualidade artÃstica.
Aos 18 anos, o violão e a boemia me impulsionaram ao trabalho em bares e restaurantes, inicialmente acompanhando cantoras e cantores, e desta escola, interpretando os grandes compositores brasileiros, fui me apropriando de acordes, encadeamentos harmônicos, ritmos dos mais variados, e moldando assim a personalidade do compositor de hoje.
O fato de trabalhar interpretando canções de gêneros diversos dentro da tão variada música popular brasileira, acabou por originar composições também com linguagens distintas, de acordo com o assunto tratado na letra, a música ganha forma e densidade compatÃveis, ou a letra se molda ao espÃrito da música, revelando influências que vão do brejeiro sertanejo de Almir Sater ao Tango moderno de Piazzolla, passando pelo Reggae, Samba, Jazz, Blues e principalmente Bossa Nova.
Componho muitas vezes partindo de algum poema e outras a partir da melodia ou da harmonia, mas minha preocupação principal é o diálogo entre estes três aspectos da canção, de forma que um complemente o discurso do outro e que não se contradigam, a não ser que esta seja a intenção... Como se a letra explicasse a melodia e a harmonia a vestisse, ou ainda como se a harmonia emoldurasse a melodia que, por sua vez serve de trilha sonora, ambientando a narrativa, criando o cenário-clima onde a palavra se insere e ganha dramaticidade...
Sobre as canções disponÃveis no myspace:
As canções foram gravadas de modo precário, apenas para registro da composição, não estão arranjadas e a qualidade de gravação também não é das melhores, porém penso que cumpre o objetivo de mostrar aos amigos um pouco do meu lado compositor, agradeço desde já a compreensão...
A interminável lista de influências...
A música Popular Brasileira como um todo, o Samba, o Jazz e a Bossa Nova, o Tango pós Piazzola, a Milonga, a literatura de James Joyce, de Aroldo de Campos, de Ãlvaro de Campos, de VinÃcius de Moraes, as ciências ocultas, o Budhismo, o Espiritismo além de Kardec, a Umbanda, as conversas dos bêbados na madrugada, dos solitários, das mulheres fáceis e das difÃceis, dos amigos geniais, dos pirados e dos inspirados, o convÃvio em grupo, em famÃlia, entre estranhos, os conflitos, o constante olhar interior, o alternar entre o distanciamento crÃtico e cruel e a tolerância permissiva, o Chico Buarque de Budapeste, o de Holanda, o da Fazenda Modelo, o da Ópera do Malandro e todos os outros Chicos desde que Buarque, mesmo quando Estorvo, o São Jobim de todas as notas mas só as boas, a coragem da música da Elis, o mal necessário, o convÃvio inevitável com os desafetos e os comerciantes insensÃveis da noite sem romantismo, o esforço fÃsico de carregar o equipamento nas costas antes e depois de tocar, os chatos pedindo músicas, exigindo músicas, ameaçando músicas, os elogios sinceros e rasgados mas sem senso crÃtico, a crÃtica malvada mas verdadeira, o improviso constante, o diálogo necessário quando não se ensaia e a atenção ao outro pra fazer surgir música a partir de uma idéia , o entrosamento sem treino e o treino pra ter entrosamento, " a emoção da idéia quando ginga", o futebol, a polÃtica, a injustiça social e as outras injustiças, os amores fracassados, os amores bem sucedidos, o amor de amigo, o amor de amante, o Amor Universal, os caminhos e as encruzilhadas, a fome e a sensação de comer demais, a meditação e a impaciência, as dÃvidas, as que se paga e as que se nega, as que nos atormentam a consciência, os amigos espalhados pelo mundo, os amores perdidos no mundo, o tempo, a distância, Sócrates e Jesus, Bukowsky e Proust, o mundo existente abaixo e acima do nosso, com todas as metáforas possÃveis, espiritual, material, miséria e riqueza, a classe média, a irmandade humana e as guerras...Enfim, TUDO é influência, toda informação processada e empÃrica, todo conhecimento pesquisado e intrÃnseco, tudo isto faz com que sejamos o que somos, e estão materializados naquilo que fazemos, basta paciência, atenção e observação cuidadosa para que eles saltem das nossas obras reivindicando o crédito que lhes é devido...
Record Label: Independente
Type of Label: Major