Ainda ninguém conhece os Supa – mas já todos os conhecemos. Este power trio em mutação de hip hop chega sem aviso, apoiando-se apenas na sua sólida formação: Núcleo, Gab e DJ Ride.Os dois primeiros nomes são o sumo da força criativa do grupo Factos Reais – Núcleo como produtor e MC e Gab como MC. Carregam já no seu legado três edições e incontáveis actuações em palcos tão basilares e mediáticos como o do Festival do Sudoeste, Super Bock Super Rock, Queima das Fitas ou Festa do Avante, o que lhes valeu um buzz generalizado, consequência de uma contagiante performance ao vivo – como nunca antes havia sido visto por cá no circuito hip hop. Núcleo tem ainda vindo a cimentar uma carreira como DJ: lançou no ano passado a aclamada compilação “Arrastão verbal”, que contou com colaborações com algumas das figuras mais conhecidas do rap português, entre os quais Chullage, Valete, Regula e Xeg.DJ Ride é tão-somente o actual campeão nacional de scratch e também um arriscado e fértil produtor. O seu álbum de estreia, “Turntable food” inclui participações de gente como Margarida Pinto (Coldfinger) e Sam The Kid, e viu a luz do dia há menos de um ano, mas já teve tempo para receber alguns dos maiores elogios da crítica feitos a discos nacionais, reputação que lhe tem garantido live acts e DJ sets pelo país fora, tocando regularmente em cabines tão prestigiadas como a do Lux ou do Casino Lisboa.O título do disco de estreia dos Supa, “Shift” não podia assentar melhor na música que o acompanha – traz-nos até mudança em mais que uma frente: por um lado, deixa entrar a luz que tem faltado à atmosfera deste estilo em Portugal, por outro, devolve o bom gosto ao formato canção e ainda consegue surpreender em maturidade e excelência, produto de uma produção cuidada e de uma enorme noção de equilíbrio entre o eixo inovação/experimentação e o indispensável groove orgânico e catchy. A par disto, os MC’s entregam-se numa performance de alto nível, encontrando outra vez o equilíbrio entre técnica e flow, liricismo e musicalidade, colocando-os definitivamente no topo da pirâmide do rap luso.“Shift”, mais uma orgulhosa edição da Matarroa, foi gravado em Lisboa entre o último trimestre do ano que passou e o primeiro deste ano. Núcleo é o responsável pela produção de todas as faixas, com excepção da intro, cuja instrumentação ficou a cargo das máquinas de DJ Ride, que também se encarregou de todos os apontamentos de scratch ao longo do disco. A lista de artistas convidados dos Supa está longe de ser extensa, ao contrário do que tem acontecido com os lançamentos dos seus pares. A sensibilidade do trio levou-os então a recrutar apenas o essencial: a soul das vozes de Jair e Tamin, o rap fresco e desconcertante de Nerve e a supreendente novidade do duo feminino A.M.O.R..

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"Shift" já disponível para encomenda online em www.matarroa.com

Faz download de "Nem sempre dá" no site da Antena 3 aqui .