About Me
Projecto formado nos idos de 1981, enquanto se vivia ainda o grande "boom" do Rock português, é durante 1984 que encontra a sua formação mais estável, que contava com Carlos Vieira (na guitarra e voz), Pedro Gonçalves (na guitarra), Armando Coelho (no baixo) e Fernando Guedes (na bateria), aos quais se junta, no decorrer do ano seguinte, EspÃrito Santo (que assume as vocalizações principais).
É com essa formação que, ainda em Novembro desse ano, vencem o primeiro Festival Nacional de Nova Música Rock, que teve lugar no Pavilhão Infante de Sagres, no Porto. Seguem-se outros concertos, inclusive na Galiza.
Em 1987, dá-se a edição (pela mÃtica Dansa do Som) do tão aguardado primeiro trabalho, o EP de três temas "PrincÃpios" que, desde logo, os estabelece como banda de referência e no qual se encontrava o tema "Pescador", que conseguiu obter o estatuto de um mini-hit underground. A sua sonoridade, reminescente do Pós-Punk e tingida com tonalidades da melhor Cold Wave, é contagiante, vibrante e viciante, ao mesmo tempo que serve de veÃculo a uma poesia de tons sombrios feita de palavras cruas e directas. Aliás, e durante todo o seu percurso, a preocupação com as lÃricas vai ser uma constante no seu trabalho, quer pela criação própria de poemas, quer pelo recurso a outros poetas, mormente Mário de Sá Carneiro ("O Fim"), Sidónio Muralha ("Pescador"), José Gomes Ferreira ("Insónia"), Miguel Torga ("Espremo o Sol num Poema") ou Appio Cláudio ("Na Tua Memória").
Três anos teriam que decorrer antes que um novo trabalho visse a luz do dia. O novo EP, "Dança na Arena", em edição de autor, vê os Bramassaji associarem-se com a Liga Portuguesa dos Direitos do Animal, versando o seu tema principal, "Miura", sobre esse degradante espectáculo que são as Touradas, selvajaria disfarçada de acto cultural. Neste disco, Carlos Vieira assume as vocalizações, após a saÃda de EspÃrito Santo, ao mesmo tempo que Rui Aguedo (na guitarra) participa como músico convidado. A sua sonoridade, embora não muito distante da do primeiro trabalho, beneficia de uma melhor produção.
É ainda durante esse ano que procedem à gravação do primeiro e tão aguardado longa-duração. Este, "Um Outro Olhar", vê a luz do dia já em 1991, pelas mãos da MC/Mundo da Canção. Contendo nove temas (um dos quais instrumental, e que serviria de abertura nos concertos que se seguiram à sua edição), revela um excelente trabalho de arranjos, especialmente a nÃvel do baixo. Todo o potencial dos Bramassaji é exposto neste disco, quer a nÃvel sonoro, quer a nÃvel dos textos, embora a adição de teclados a tempo inteiro (tocados por Alberto Almeida), provoque uma alteração na dinâmica composicional.
Contudo, após o seu lançamento, dá-se um sério revés com as saidas de Alberto Almeida e, sobretudo, de Pedro Gonçalves. A saida deste último, vai influenciar o rumo que a banda irá tomar a seguir, facto mais que normal devido, também, à entrada de um novo guitarrista para o seu lugar, LuÃs Leite.
1992 vê, oficialmente, o encerrar do capÃtulo Bramassaji e o inÃcio dos Bramma. Aliás, toda uma série de mudanças vão ocurrer até que, da formação de longa data, apenas reste apenas Carlos Vieira.
Por 1994, a formação conta já com os músicos que gravariam o próximo álbum (editado em 1995 pela Numérica), compreendendo, além de Carlos Vieira, Jorge Lima e LuÃs Marques (guitarras), Mário Cunha (bateria) e VÃtor Lima (baixo).
O novo trabalho, "Mais Perto", revela uma nova faceta sonora, coadunante com o novo nome que se assumiria como bandeira. A sonoridade torna-se mais pop/rock, embora mantenha as suas caracterÃsticas cinzentas e as suas raÃzes oitentistas (como a provar essa diferenciação, atente-se à s duas reconstruções dos temas "Pescador" e "Espremo o Sol num Poema", bem como todas as canções antigas versionadas ao vivo). O disco, simples e despretencioso, peca apenas pela comparabilidade, inevitável, com os registos anteriores, mas constitui um valor por direito próprio, meritório das boas crÃticas de que foi alvo. Porém, nos finais de 1996, a banda dá por findas as suas actividades, precisamente quando estavam a atingir a tão arduamente merecida notoriedade.
Para trás fica uma obra imorredoura e uma sonoridade única e vincada no panorama musical português!...The project was formed in 1981, while Portugal was living its big boom of Portuguese Rock. However, it's only by 1984 that the band finds its most endurable line-up, consisting of Carlos Vieira (guitar and vocals), Pedro Gonçalves (guitar), Armando Coelho (bass) and Fernando Guedes (drums), joined, during the course of the following year, by EspÃrito Santo (leading vocals). 1985 sees them winning the first Festival Nacional de Nova Música Rock National Festival of New Rock Music which took place in Oporto's Infante de Sagres pavilion. Other concerts followed including dates in Galicia (Spain). In 1987, the long awaited debut record is released (through Dansa do Som), a three-track EP called "PrincÃpios", which, from the very start, establishes them as a reference band and includes the song "Pescador" (which achieves an underground mini-hit status). Its sonority, reminiscent of Post Punk and painted with tonalities of the best Cold Wave, is contagious, vibrating and addictive, at the same time that it serves as background a somber poetry made of crude and direct words. As a matter of fact, and throughout its entire lifespan, the concern with lyrics will be a constant in its work, not only by creating their own poems but also by using some by other authors like Mário de Sá Carneiro ("O Fim"), Sidónio Muralha ("Pescador"), José Gomes Ferreira ("Insónia"), Miguel Torga ("Espremo o Sol num Poema") or Appio Cláudio ("Na Tua Memória"). A new recording is released only after three years of waiting, the EP "Dança na Arena", a self-release that sees Bramassaji associating with the Liga Portuguesa dos Direitos do Animal (Portuguese League for Animal Rights), being its main song, "Miura", about the degradating show of the "touradas" (bullfights), a savagery act disguised as culture! In this record, the leading vocals are assumed by Carlos Vieira, after EspÃrito Santo's leaving, at the same time that Rui Aguedo (guitar) participates as invited musician. Its sonority, though not very far from its predecessor, benefits of a better production work. During this year of 1990, they also proceed to the recording of the first album, "Um Outro Olhar", which will be released in 1991 through Mundo da Canção. Containing 9 songs (one of them being an instrumental, used also to open their gigs after the record's release), it reveals an excellent arrangements work, especially regarding the bass lines. All of Bramassaji's potential is exposed on this record, though the fulltime inclusion of keyboards (played by Alberto Almeida) altered the compositional dynamics. However, shortly after its release, a major setback occurs with both Alberto Almeida and, most of all, Pedro Gonçalves leaving the band. A new guitar player enters in his turn, LuÃs Leite, but his departure will be decisive in the changings that the band will go through. 1992 sees Bramassaji's official ending and the beginning of the Bramma chapter, with the band undergoing a series of line-up changes until only its founding member, Carlos Vieira, remains. By 1994, the band already included all the musicians that would participate in the making of "Mais Perto", Bramma's sole effort (released in 1995 through Numérica): Carlos Vieira (vocals), Jorge Lima and LuÃs Marques (guitars), Mário Cunha (drums) e VÃtor Lima (bass). This new work reveals a new sound, which becomes more Pop/Rock oriented, though keeping its 80's and greyish nuances. As a proof of this sound change, we can hear the two remakes of old songs ("Pescador" and "Espremo o Sol num Poema") included in the album, as well as the remakes of other songs from the previous incarnation that were played live. The record, simple and unpretentious, lacks only in the inevitable comparison with all their previous work but it constitutes a value on its own, worthy of the good reviews it got. Nevertheless, 1996 sees the end of the band, precisely when it was getting the notoriety it deserved, leaving a legacy of an unique sonority and an undying work in the Portuguese musical scene!...