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CEJ - Companhia Estadual de Jazz

About Me

O disco é bom à beça e o Reinaldo segura a onda da turma com uma competência de Oscar Pettiford, Eddie Safranski ou Ray Brown, que foram os grandes fiéis das balanças. O repertório também, com surpresas como "São Salvador", velha favorita minha, e "De noite na cama", é do tipo que eu defendo sempre, sem os clichês do gênero. Parabéns.
Mensagem de Ruy Castro
Adorei o CD, está maravilhoso, perfeito, tudo em cima, repertório, arranjos e solistas - sem falar que vocês estão cada vez mais entrosados. Valeu.
Mensagem de Roberto Muggiati
(...) Pra aumentar minha alegria, está no CD minha única parceria com Moacir Santos, Jequié. Confiram. Os rapazes não estão brincando. É música pra valer, feito com esmero por gente competente e talentosa.
Aldir Blanc, no blog Palmeira do Mangue
(...)Excelente jazz, com alguns arranjos em particular muito atraentes, como o de Falsa Baiana, a faixa de que mais gostei. Parabéns a vocês.
Mensagem de Zuza Homem de Mello
(...) Segundo as tais notas do encarte, o crítico, um tal de Leonard Plume, topou escrever 200 palavras por apenas US$9,99 porque “eles disseram que não seria necessário ouvir a música”. E como Cláudio Roditi, lá em Nova Iorque, pagou o almoço de Plume, este aceitou a opinião do trompetista brasileiro de que a CEJ é OK ( o que, na língua nativa, significa OK ) . Agora, falando sério, a CEJ é realmente OK.
Luiz Orlando Carneiro, no JB, comentando o primeiro CD da CEJ, em 2000.
A CEJ - Companhia Estadual de Jazz é um quinteto formado por Sergio Fayne no piano, Guilherme Vianna no sax tenor e flauta, Fernando Clark na guitarra, Chico Pessanha na bateria e Reinaldo (aquele cara do Casseta & Planeta) no contrabaixo.
Em 2008 a Companhia Estadual de Jazz está completando 10 anos, tocando na noite do Rio de Janeiro. Nas suas animadas jam sessions já pintaram, para dar uma canja, figuras como Claudio Roditi, Paulinho Trompete, Jean-Pierre Zanella, Gabriel Grossi, Don Chacal, Dario Galante, Carlos Malta, Ed Motta e muitos outros amigos. O grupo também já participou de vários eventos especiais, como o Festival Internacional de Jazz de Montréal, no Canadá, a Bienal do Livro do Rio de Janeiro e o Festival Blues & Jazz, em Búzios.
Os músicos da CEJ não tocam exatamente jazz, tocam samba-jazz : um som instrumental improvisado e com muito balanço, baseado em standards e em temas brasileiros. É um jazz quente e tropical, espada e matador. Um som inspirado em Tom Jobim e Dizzy Gillespie, Horace Silver e João Donato, Miles Davis e Moacir Santos.
Para comemorar os 10 anos, a CEJ está lançando seu segundo CD : Via Bahia. E os shows de lançamento são feitos num formato novo, onde o contrabaixista Reinaldo, aquele cara do Casseta & Planeta, atua como mestre de cerimônias, apresentando o repertório, os músicos, os instrumentos e contando casos da bossa-nova e do jazz.
O novo CD da Companhia Estadual de Jazz contém jóias da música brasileira que têm alguma ligação com a Bahia. O contrabaixista Reinaldo tenta explicar o lance:
“O disco foi todo gravado em estúdio (no Estúdio do Horto) mas a gente queria que o som ficasse tipo ao vivo, como numa jam session , num bar qualquer. E não é que ficou ? E o melhor é que a tal jam session contou com participações muito especiais: 1) o saxofonista Jean-Pierre Zanella (um dos maiores músicos do Canadá, e provavelmente o que mais entende a música brasileira) . 2) o grande Paulinho Trompete que, por acaso, aqui aparece tocando flugelhorn e trombone de pisto, deixando um pouco de lado o seu sobrenome artístico . 3) o impressionante gaitista Gabriel Grossi que, inspirado por Maurício Einhorn, é uma garantia de que a gaita de boca vai continuar por muito tempo aí nas bocas. 4) o sensacional percussionista Don Chacal, que já tocou com todo mundo, de Elis Regina e Sergio Mendes a Azymuth e Paul Simon, e agora está aqui dando aquela força pra nós, simples mortais da Companhia Estadual de Jazz.
A idéia não era fazer um disco de música tipicamente baiana, mas sim um disco de músicas que, por algum motivo, tenham a ver com a Bahia. Depois de escolhido o material, foi tudo processado no nosso exclusivo Samba-Jazzificator System. E a coisa ficou assim....
DE NOITE NA CAMA - Uma do Caetano com uma seqüência harmônica que tem um jeitão meio jazzístico. Depois de ser cantada por Erasmo Carlos e Marisa Monte, está aí a nossa versão instrumental. É de noite, é na cama, mas não dá pra dormir com um barulho desses...
MESTRE BIMBA - Tema composto por Luiz Eça, Bebeto e Hélcio Milito (a turma do Tamba Trio), depois de uma viagem que fizeram à Bahia, onde puderam ver em ação o grande Bimba, lendário mestre de capoeira.
A LENDA DO ABAETÉ - Uma das canções praieiras do Dorival Caymmi. Aqui com a participação especialíssima de Jean-Pierre Zanella, num solo de sax soprano que leva o Caymmi pra perto do Coltrane de Impressions, e do Miles de So What.
CORAÇÃO VAGABUNDO - Outro clássico de Caetano Veloso. Esta versão foi baseada num arranjo do nosso amigo Dario Galante, o mais carioca dos pianistas italianos. E a participação especial de Gabriel Grossi na gaita é luxo só.
SÃO SALVADOR - O Paulinho Trompete, aqui mandando ver no flugelhorn, tocou esse tema de Durval Ferreira milhões de vezes em bailes, no conjunto do Ed Lincoln, nos anos 60. Ele diz que essa era a preferida da galera da pista de dança e, no palco, os solos rolavam sem parar. O detalhe curioso é que, por causa do arranjo do Ed Lincoln (que na introdução lembrava um toque de berimbau) todo mundo pensa que essa música é dedicada a São Salvador, na Bahia, mas na verdade a homenagem é à praça São Salvador, no Rio de Janeiro, onde morava o Durval Ferreira. Pronto, o equívoco está desfeito, mas a música continua no repertório assim mesmo, porque é boa demais.
JEQUIÉ- Uma composição de Moacir Santos dedicada a esta cidade baiana onde ele deu uma parada, numa viagem até a sua Pajeú, em Pernambuco. E olha só como o mundo é pequeno: o fotógrafo Paulo Santos, que fez as fotos do nosso encarte, além de ser Santos, como o Moacir, nasceu lá em Jequié
PRA TODOS OS SANTOS - Tema do guitarrista Fernando Clark composto especialmente para este CD. Uma homenagem à Baía de Todos os Santos e a outra baía que ele acha muito parecida: a Baía da Guanabara. Esta música é dedicada também a todos os santos mas, principalmente, a Moacir Santos e Vittor Santos.
FALSA BAIANA (SALSA BAIANA) - Um trocadilho em busca de um arranjo. Este samba do carioca (por engano nascido em Juiz de Fora) Geraldo Pereira foi muito cantado por um baiano de verdade, o João Gilberto. E já que nesse caso a baiana é falsa mesmo, a gente pode tocar até em salsa. O toque de classe é a participação de Don Chacal na percussão afro-cubana-baiana, e do Paulinho Trompete, aqui tocando trombone de pisto (aquele trombone que não tem vara, e parece um trompete gigante).
BERIMBAU - Um dos mais famosos afro-sambas de Baden e Vinícius. A nossa versão começa com o tema no “berimbaixo”, que é o contrabaixo tocado com a vareta do berimbau, pra entrar no clima de capoeira.
DE MANHÃ - Essa música, uma das primeiras do Caetano Veloso, sempre teve cara de samba-jazz, e já foi gravada por Leny Andrade e Wilson Simonal. Mas a nossa versão ficou mais pro afro-cubano, com uma levada meio cha-cha-cha.”
O CD Via Bahia é uma produção independente, e é distribuído pela ROB Digital. Gravado, mixado e masterizado no Estúdio do Horto, Rio de Janeiro, em 2007.
Gravação: Cristiano Moura e Igor Fabbri
Mixagem: Cristiano Moura
Masterização: Igor Fabbri
Fotos da Bahia: Paulo Santos
Projeto gráfico: Ludmila Rodrigues
Produzido por Reinaldo Figueiredo e Fernando Clark
QUEM É QUEM:
Sergio Fayne
Nos anos 60 e 70 era flautista. Fez parte do quarteto de flautas que acompanhava Tom Jobim. (Um dia estava ensaiando na casa do maestro e atendeu o telefone. Do outro lado alguém disse que o Frank Sinatra queria falar com o Tom, e o Sergio desligou achando que era trote. Levou o maior esporro.) Acompanhou também Nana Caymmi, Leny Andrade e Roberto Carlos. Fez jingles, publicidade, produção musical e, depois, não se sabe bem porque, nos anos 90,de repente, resolveu ser pianista. E não é que deu certo? Confiram seus solos no CD da Companhia Estadual de Jazz.
Guilherme Vianna
É o único saxofonista no mundo que tem o nome gravado na Calçada da Fama do Flamengo. É que ele foi várias vezes campeão de tênis nos anos 70. Mais tarde, trocou a raquete pelo sax , e já está subindo no ranking dos saxofonistas do Rio de Janeiro. Em palcos de saibro ou de grama ele agora faz aces e backhands com o sax tenor ou a flauta. Além de tocar na CEJ, Guilherme lidera seu próprio quarteto (com Dario Galante, Tony Botelho e Ronaldo Alvarenga), onde além de tocar, libera o seu lado Frank Sinistro e canta standards do jazz.
Chico Pessanha
Nos anos 60 era sócio de carteirinha do Clube de Jazz e Bossa, que funcionava nas tardes de domingo na boate Little Club. Lá via e ouvia de perto o seu ídolo, o lendário baterista Edison Machado, junto com Victor Assis Brasil , Meireles e outras feras. De lá pra cá Chico Pessanha vem castigando o couro da sua batera em várias situações , desde jam sessions com Márcio Montarroyos até apresentações com seus filhos (Chico e Leonardo) , relembrando Hendrix, Clapton e Santana.
Fernando Clark
Guitarrista e violonista, Fernando Clark vem acompanhando o maestro e trombonista Vittor Santos desde 1992. Com ele participou do Free Jazz Festival em 1999 e gravou os cds "Sem Compromisso" e "Trombone", lançados pela Leblon Records e “Renovando as considerações”, lançado pela Biscoito Fino no Brasil e pela Adventure Music nos EUA. É também integrante do grupo Conexão Rio. É coordenador e professor da escola de música In concert, em Ipanema, e presidente da ONG “ Se liga na música” na comunidade do Vidigal. E ainda tem tempo de dirigir o Estúdio do Horto, onde produziu e gravou os cds do Conexão Rio: "Coisa Feita" (com o saxofonista Raul Mascarenhas e músicas de João Bosco) e "Você só dança com Ele" (com Vittor Santos e músicas do Chico Buarque), lançados pela MP,B.
Reinaldo
Nos anos 60, depois de ver ao vivo a Leny Andrade com o Bossa Três, saiu comprando tudo que era disco de trio piano/baixo/bateria. Ouviu o Sambalanço Trio, o Milton Banana Trio, o Tamba, o Jongo, o Zimbo e até o Sunda Trio. Mestre do ilusionismo, nos anos 70 fazia as pessoas acreditarem que tocava baixo, guitarra e cavaquinho. Depois trabalhou em publicidade, compondo jingles. Mais tarde, enquanto era cartunista no Pasquim, também tocava pandeiro no obscuro conjunto de choro Época de Merda, que se apresentava em bares de Botafogo, atraindo o público e às vezes a polícia. Nos anos 80 e 90, participou como baixista de todos os shows musicais do grupo Casseta & Planeta. Atualmente, o trabalho de redator e transformista no programa de TV Casseta & Planeta Urgente lhe toma tanto tempo que o músico só pode se apresentar uma vez por semana. Reinaldo só usa cordas de contrabaixo da marca Tabajara .
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Member Since: 5/20/2008
Band Members: Sergio Fayne - piano / Fernando Clark - guitarra / Guilherme Vianna - sax tenor e flauta / Reinaldo - contrabaixo / Chico Pessanha - bateria / Participações especiais: Paulinho Trompete (São Salvador e Falsa Baiana), Gabriel Grossi - gaita (Coração Vagabundo), Jean-Pierre Zanella - sax soprano (A Lenda do Abaeté) e Don Chacal - percussão (Falsa Baiana).

Você pode encomendar o CD na Rob Digital
Influences: Tom Jobim, Durval Ferreira, Mauricio Einhorn, Edison Machado, Baden Powell, Claudio Roditi, João Donato, Moacir Santos, Horace Silver, Dizzy Gillespie...
Sounds Like:
Record Label: Rob Digital
Type of Label: Indie

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