Areias Movediças

Ideia/Sinopse:
Transportar o estado da Terra para uma moldura performática foi o item de partida para a elaboração deste projecto. Procuramos reflectir as relações, que nós, intérpretes, também portadores de um inconsciente colectivo, estabelecemos com este espaço físico que é a Terra. Estas reflexões conduziram-nos a delinear a obra em vários capítulos, onde cada um deles é dotado de uma atmosfera particular, onde o movimento nasce na forma de expressão reflexiva, articulado, combinado e/ou coexistindo com outros elementos cruciais para a criação do sentido deste evento (a música, as imagens e os diferentes materiais). Cores, materiais, luz, som e ambiente coordenados para que o resultado final seja eficaz e cumpra o grande objectivo a que esta obra se propõe: as sensações por nós experimentadas passarem para o espectador, como elemento deste inconsciente colectivo!
A música composta exclusivamente para esta obra, seguiu o mesmo processo de criação do movimento (reflexões de relação), tendo apenas como pontos de partida para os diferentes capítulos, pequenas frases que as intérpretes recolheram na sua pesquisa. O encontro entre música e movimento, deu-se nos estádios mais finais da realização do projecto – factor de enriquecimento para o movimento, que a partir dali se regenerou sob a influência da música. O seu estilo pode ser catalogado de etno-contemporâneo.
As luzes e as imagens, foram a última grande contribuição para a realização do trabalho! São elas que ajudam a dar corpo a cada segmento por onde o movimento passa, impulsionando-o ou mesmo sobrepondo-o! Se a música regenerou o processo de composição das coreografias, as imagens e as luzes reestruturaram.
O resultado final é-nos revitalizante!
Nas areias movediças…
O corpo aprisiona-se. A voz continua na cabeça… As palavras do pensamento. As suas imagens. As sensações evocadas. Os tempos movem-se deixando a história por eles contada em cada corpo. As frases afundadas nas areias do Tempo, correm por entre inconscientes colectivos, deixando o corpo adormecido na sua ligação com a Terra…
Acho Nada, sinto Só

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