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“Luta da vida”
Apresentação:
Olá, o meu nome é André! Decidi escrever este texto como forma de alerta para outras pessoas, e como uma sugestão minha, do que possa ser a vida.
Introdução:
A vida tem várias formas de ser vivida. Por tua opção, mesmo sem quereres, podes estar a agir de maneira mais, ou menos correcta. Em cada dia que passa, estamos em constante aprendizagem, e vamos moldando o nosso ser no meio social em que nos encontramos inseridos. Até porque somos um ser curioso, que vive sedento de conhecimento e de novas experiências. Devemos sempre lutar para alcançar os nossos objectivos, os nossos sonhos. Jamais devemos pensar em desistir e dizer “Não sou capaz!”, pois se o fizermos, paramos no tempo. Sempre ouvi dizer que “Parar é morrer!”. Acreditem que falo por experiência própria, pois a minha vida, como a de muita gente, não é nenhum inferno mas também não é um mar de rosas… e muito por culpa minha.
Capitulo I- Hoje Semeias, amanhã colhes!
Enquanto crianças, tendemos sempre a rejeitar o que os outros nos dizem, mesmo que sendo para o nosso bem. Digamos que eu sou um bom exemplo disso. Nunca liguei muito à escola faltando às aulas e sendo rude para com os meus próprios professores, que tudo fizeram para me ajudar. Nunca lhes soube dar o devido valor. Já para não falar da minha mãe, que atravessou mares e fronteiras e sempre esteve do meu lado. Sempre me apoiou de uma maneira única. Apesar de o seu casamento não ter dado certo, ela nunca desistiu de nós e sempre foi uma boa lutadora. O senhor, meu pai, não soube dar o devido valor à grande mulher que tinha em casa. Nunca nos tratou, a mim, a minha mãe ou ao meu irmão mais velho, da melhor maneira. Tenho 17 anos, e agora que já tenho mais consciência e sei responder por mim, o meu pai quer compensar todo o tempo que desperdiçou com dinheiro e falinhas mansas. É uma boa maneira de pedir perdão no ponto de vista dele. Eu sou humilde e sempre fui um tanto carente por não ter tido um pai tão presente como necessitava. Dar-lhe-ei esse perdão apesar de tudo o que nos fez passar… mas não por agora. Ele tem que aprender que esta não é a melhor maneira de nos conquistar. A minha mãe fez e continua a fazer tudo o que pode para nos ajudar. Fui sempre um rapaz muito alegre. Tinha alegria para dar e vender. Mas isso não eliminou o facto de não me meter em apuros. Como sempre ouvi dizer “Hoje semeias, amanhã colhes!”. Não tinha escolhido melhor trajecto para levar a minha vida a bom porto ao querer-me passear pelas ruas em vez de fazer as tarefas que me eram devidas. Mal eu sabia que preço disso viria a sair-me um quanto tanto caro. Nunca hei-de esquecer aquele dia… 24 de Setembro de 2006.
Capitulo II- Uma má decisão
O Sérgio, amigo meu de infância, apareceu na rua onde moro com uma moto que ele tinha roubado só por brincadeira. Só para dar umas voltinhas. Com o fértil pensamento de um adolesceste que sou, pensei, “Posso andar á vontade que não caio! E se for a cair deixo a mota e fico bem.”. Mas como já disse foi um fértil pensamento de um adolescente. Adolescente que mal sabia a responsabilidade que era necessária para conduzir uma moto. Feliz por o Sérgio me emprestar a moto, montei-a apressadamente. Quando olho para a porta do meu prédio e vejo a minha mãe preocupada a pedir-me para sair da moto, não liguei e decidi arrancar sem qualquer hesitação. Um outro amigo meu, Edy, fez-me sinal e pediu-me para o levar comigo. Parei e respondi prontamente que sim. Foi a primeira vez que conduzi uma moto com mais gente nela montada. Inconsciente do perigo arranquei. Fomos loucos de felicidade em direcção aos bombeiros. A avenida era a descer e quando chegamos ao fim havia uma curva apertada. A velocidade não estava controlada. Era em demasia para o local, e para mim que não conhecia bem a moto. Quando iniciei a curva, apercebi-me que não tinha virado o suficiente e decidi inclinar mais. A roda de trás deslizou e caímos. Fiquei deitado no meio da rua sem reacção. O Edy começou a chamar por mim assustado. Ouvia-o chamar por mim, mas não conseguia reagir. Quando finalmente abri os olhos não sentia dores, mas também ainda estava com o corpo quente para as sentir. O Edy ajudou-me a por em pé e montamos novamente a moto. Desta vez com ele ao volante. Fomos directos para aos bombeiros de Agualva-Cacém. Lá advertiram-me que devia ir a um hospital. Com medo das consequências devido a não ter carta, seguro, nem muito menos ser o proprietário da moto, respondi de uma forma agressiva que estava bem e que não precisava de hospital nenhum. Provavelmente, magoados com a minha reposta, deram-me uma declaração em como não se responsabilizavam pelos danos que eu pudesse vir a ter e que me queriam levar ao hospital mas eu havia recusado o “convite”. Assinei. Tinha partido um dente, queimei a mão e a perna esquerdas devido ao arrastar na estrada. Tinha também um enorme arranhão no nariz e mais uns arranhões pelo corpo a fora. Pensei que não tivesse ferido mais nada. Maldita hora em decidi fazer o meu próprio diagnóstico.
Capitulo III- Tentativas falhadas
Passado um mês do dito acidente, começo a ter umas dores, fracas mas irritantes, no pé esquerdo. Uma semana após, as dores continuavam e cada vez mais acentuadas. Decidi que tinha que contar a minha mãe. Ambos pensámos que fosse só uma dor passageira. Docemente a minha mãe friccionava todos os dias o meu pé com muita pomada. Os dias foram passando. As dores vinham do calcanhar e apanhava os dedos e continuavam a não passar. Preocupada, a minha mãe decide me levar ao médico do centro de saúde. Lá o doutor mandou-me fazer uma radiografia ao dito pé, mas esta não acusou nada de específico. Fiz por volta de mais umas cinco que nada acusavam. O médico decidiu então, que devia ser apenas um simples entorse. A verdade é que o simples entorse não passou, o que levou a minha mãe a se decidir por a uma clínica privada. Pelo que lhe haviam dito, lá os doutores são muito mais cuidadosos a analisar cada caso. Já na clínica, o doutor que me atendeu, mandou-me fazer uma Ecografia. Fi-la e apresentei-lha como me havia pedido. Atentamente viu e disse - Aparentemente, parece ser uma rotura ou uma tendinite no tendão de Aquiles - confiante no seu trabalho, mandou-me fazer umas sessões de fisioterapia. Como seria suposto, confiei no doutor e pus em prática a fisioterapia. Fiz cerca de nove sessões e, para minha grande desilusão, nada melhorou. Mais uma vez a minha pobre mãe, sentindo que era o seu dever, foi falar com o dito doutor para lhe contar que a fisioterapia não estava a ter qualquer efeito. O doutor examinou-me novamente o pé, sugerindo de seguida que eu fizesse mesoterapia. Pela boca dele era um tratamento muito eficaz. Assim foi, confiante, fiz a mesoterapia. O que é certo é que também não mudou nada e, ainda pelo contrário, piorou a minha situação. Entretanto, para aguentar as dores que cada vez eram mais, andei de canadianas durante um ano. Tem sido bastante duro para mim e até mesmo para os meus amigos porque lhes custa ver-me na situação em que me encontro.
Capitulo IV- Quando só se tem um martelo, tudo se assemelha a um prego!
Um dia, a minha tia apareceu com a morada de uma clínica situada em Carnaxide, de um doutor muito bom pelo que diziam. Fui lá acompanhado pela minha mãe e um senhor amigo da família, a quem desde já, quero agradecer por tudo aquilo que tem feito para nos ajudar. Mal entramos na dita clínica, fomos atendidos de imediato. Gostei muito do doutor, pois transparecia ser uma pessoa bastante compreensiva e humilde. Pediu-me para tirar o par de ténis que trazia e me deitar de barriga para baixo na maca. De seguida, com muito cuidado, analisou o meu pé. Fez as perguntas normais que um doutor deve colocar e de seguida mandou-me sentar para falar comigo e com a minha mãe. Após ter visto calmamente os exames, que já havia feito anteriormente, sugeriu que eu fizesse uma ressonância magnética. A minha mãe, um pouco atrapalhada, perguntou-lhe se poderia ser um TAC, pois uma ressonância magnética iria ficar muito cara. O doutor responde com um sim e quando já me estou a levantar para voltar para casa, ele olhou para mim com um olhar algo terno e perguntou - Rapaz, és feliz? - Eu, contente ao notar o interesse do doutor em me ajudar respondi com um sorriso - Sim Sr. Doutor, não tenho razões de queixa da minha mãe! - E saí. Cerca de uma semana depois, fui fazer o TAC. Apresentei-o ao doutor e ele, atentamente, olhou para o exame. Quando terminou disse que, sem dúvidas, o meu problema se tratava de uma tendinite e que já estava em fase terminal. Não tinha outra saída a não ser operar. Explicou-me também que a operação não corria mal, mas que podia, por outro lado, não melhorar muito mais as minhas dores. “Quando só se tem um martelo, tudo se assemelha a um prego!”. Decidi juntamente com a minha mãe seguir para a operação. Agora, estou a espera para fazer uma credencial, para de seguida dar entrada no hospital de Parede. *
NOTA
Isto que escrevi foi parte da minha infância, e é agora o decorrer da minha adolescência. Já se passaram um ano e oito meses desde que estas dores se instalaram na minha vida. Está-me a custar, mas sou forte e vou lutar para ultrapassar tudo isto. Muitos pensaram que era brincadeira ou mentira minha só para faltar a escola. Mas, para minha grande tristeza, é a pura realidade.
Devemos aprender a lutar como eu estou a aprender. Ninguém sabe ou escolhe o futuro. Mas pudemos lutar para que a vida nos sorria, cumprindo as leis nela leccionadas e agindo com a cabeça no lugar como a minha mãe sempre me ensinou! “A cama que fizeres, nela te deitarás!”
Por isso, pensa duas vezes antes de agir! Esta sim é a maior luta. A luta da vida!
Marco André Palhão de Oliveira

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