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A Grega que não era e Era de Atenas ///////A rapariga era alta. Grega. Chamava-se Alexa Katianou. Odiava o seu nome. Soava helénico. E Alexa tinha vergonha. Porque Alexa era racista. E Alexa tinha vergonha de o ser. Por isso escondia. E não dizia a ninguém. Decidiu mudar o seu nome. Comprou olhos novos; verdes. Pintou o cabelo: de amarelo. E daquele dia em diante Alexa Katianou seria Alexa Cathan. Soava francês…, ou inglês. E assim, Alexa esteve. Até que Katianou morreu, e Alexa voltou. Com vergonha voltou. Olhou em volta. Era Atenas, a sua casa. Não, casa era Londres. Não Alexa, Casa Era Atenas. Katianou? Não, mas Sim… Alexa olhou em volta. E viu a Vergonha. Estava vestida de preto. Numa mão tinha um colar de ouro, na outra mão tinha uma pedra. Tinha uma cara. E as rugas não eram de expressão; antes rasgavam a cara. E no topo da cabeça tinha um quarto do crânio ocupado por cabelos ostensivamente vermelhos, fartos. Mas só num quarto do crânio. O resto era coberto com pele queimada. E Alexa pediu-lhe a pedra. E a Vergonha deu.