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Isto de sermos nós próprios a descrevermo-nos é um bocado esquisito. Talvez devesse pedir a alguém que me conheça bem que o fizesse e depois passar o lápis azul [só um bocadinho] – não se pode deixar que se saiba tudo, tudo. Mas a idade, e sobretudo as experiências, também nos dá algumas ferramentas para percebemos como somos, como interagimos.A componente estética das coisas está presente na minha vida. Ando de nariz empinado mas não é “snobeira” – sou muito visual e é a melhor forma de absorver globalmente o que me rodeia.Gosto de pensar que sou organizado mas às vezes perco-me… Começo a ver as revistas de trás para a frente, e começo a contar a história pelo fim, ou pelo pormenor mais importante – e depois é aleatório, dou prioridade ao que me chamou mais a atenção.Tenho a sorte de ter pessoas próximas que, muitas vezes, já não são precisas palavras para comunicar – não as banalidades, mas o que é mais difícil de transmitir – sentimentos, susceptibilidades.Gosto de me divertir. Tento aproveitar ao máximo as oportunidades que surgem no dia-a-dia. Cada vez menos adio poder ser feliz – todos os dias se possível, nem que seja apenas por uma pequena fracção de tempo. Se fosse inglês ficaria bem dizer – a heartbeat.
Maria João & Mário Laginha - Beatriz
http://www.youtube.com/watch?v=KAggWL7WuGo