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A trajetória desse mestre da guitarra é tão única quanto seu estilo. Filho de um pianista russo com uma polonesa, Alexander Gordin nasceu em Xangai, na China, em 1951. Sua famÃlia chegou a morar alguns anos em Israel, até que decidiu se radicar no Brasil, em 1958. Autodidata, aos 16 anos Lanny já tocava guitarra e baixo na boate aberta por seu pai no centro de São Paulo, a lendária Stardust, onde circulavam músicos de alta qualidade, como Hermeto Pascoal e Heraldo do Monte.
Em 1968, depois de tocar com algumas bandas de pop e rock, ele finalmente foi descoberto. Apresentado aos lÃderes do recém-lançado movimento tropicalista, em pouco tempo Lanny já estava participando de gravações de Gilberto Gil, Caetano Veloso e Gal Costa (geralmente com arranjos do irreverente maestro Rogério Duprat), que agitaram o cenário musical da época. Ousados, os improvisos de Lanny também chamaram a atenção de artistas de outras correntes musicais, como Tim Maia, Elis Regina, Jair Rodrigues e Erasmo Carlos, com os quais também veio a tocar.
Com um retrospecto assim, é natural que o talento de Lanny seja apreciado por fãs e músicos de diversas gerações. A primeira faixa de “Lanny - Duos†traz uma saborosa versão de “Lá vem o homem que matou o homem, que matou o homem malâ€, de Jorge Benjor, recriada com suÃngue pela guitarra-base e os vocais de Max de Castro, além, é claro, dos improvisos de Lanny. A nova geração da MPB também está presente com Vanessa da Mata, que canta com delicadeza sua “Era Vocêâ€. E ainda Junio Barreto, que injeta energia na lÃrica “Onde Eu Nasci Passa Um Rioâ€, de Caetano Veloso, cuja releitura do clássico tropicalista “Enquanto Seu Lobo Não Vem†ganha uma original introdução jazzÃstica de Lanny.
Da geração tropicalista comparece também a musa maior: Gal Costa, que ressalta junto com Lanny as belezas melódicas da jobianiana “Dindiâ€. Gilberto Gil relembra em tons de blues sua canção “Abre o Olhoâ€. Com a irreverência de sempre, Jards Macalé (o qual, vale lembrar, nunca se considerou um tropicalista) revisita “Let's Play Thatâ€, sua parceria com o poeta Torquato Neto, membro do estado-maior da Tropicália. Péricles Cavalcanti, produtor musical do álbum, interpreta seu reggae “Farol da Jamaicaâ€, que ganhou um colorido “bluesy†graças à guitarra de Lanny.
Também não poderia faltar a turma do rock, que desempenhou um papel essencial na bagagem musical de Lanny. Rodrigo Amarante (da banda Los Hermanos) contribui com a suave “Evaporarâ€, de sua autoria. Fernanda Takai (vocalista da Pato Fu) surpreende com uma releitura da emotiva “Mucuripeâ€, parceria de Fagner e Belchior. Em contraste com as frases agudas de Lanny, Arnaldo Antunes interpreta com seu vozeirão soturno “Solâ€, parceria com o guitarrista Edgar Scandurra (da banda Ira!), que também divide com o homenageado os improvisos de “El Bluesâ€.
O elenco de convidados destaca ainda três figurões da MPB revelados nos anos 90. Zeca Baleiro empresta a “Dê um Role†(de Moraes Moreira e Galvão) uma interpretação mais cool do que energética versão de Gal, gravada nos anos 70. Adriana Calcanhotto e Lanny também evitam a dramaticidade da versão original de “Me Dê Motivo†(de Sullivan & Massadas), que Tim Maia transformou em sucesso. Chico César fecha a série de duos com “Lanny, Qual?â€, uma canção simpática que já nasceu como homenagem.
É o próprio Lanny que encerra o álbum, dedilhando sozinho, com humor, descontração e refinado senso harmônico, uma versão de “Corcovadoâ€, o clássico de Tom Jobim, que ninguém certamente ouviu igual antes. O que mais se poderia esperar de um gênio da guitarra?
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The story of this master of the guitar is as unique as his style. Son of a Russian pianist and a Polish woman, Alexandre Gordin was born in Shangai, China, in 1951. His family lived for some years in Israel before coming to Brazil in 1958. Self taught musician, at the age of 16 he already played the guitar and bass guitar in a night club owned by his father in the city centre of Sao Paulo, the legendary Stardust, a place often visited by top notch musicians such as Hermeto Paschoal and Heraldo do Monte.
In 1968, after having played in different rock and pop bands he had his big break. He was introduced to the members of the new tropicalist movement and was soon taking part in the records of Gilberto Gil, Caetano Veloso and Gal Costa ( usually with the arrangements of the irreverent conductor Rogerio Duprat) who were really shaking the musical scenario of the time. The audacious impromptus of Lanny also attracted the attention of artists of other musical groups like Tim Maia, Elis Regina, Jair Rodrigues and Erasmo Carlos. With a retrospective like that Lanny's talent crosses all age, groups, cultures and genres and is appreciated by fans of different generations. The first track of “Lanny - Duos†brings a tasty version of the song “ Lá vem o homem que matou o homem, que matou o homem mau†(Here comes the man, who killed the man who killed the bad man), composed by Jorge Benjor. It is a swingy recreation of Max de Castro's vocals and guitar helped by Lanny's improvisation. The new generation of Brazilian pop musicians is also present with Vanessa da Mata who sings sweetly “Era vocêâ€(It was you). There is also Junio Barreto, who injects some energy in the lyric â€Onde eu nasci passa um rioâ€( Where I was born a river flows), written by Caetano Veloso. Particularly special is the involvement of Caetano Veloso who donates his classic tropicalist “Enquanto seu lobo não vem†(While the wolf doesn't come) with an original jazzy introduction. The greatest muse of the tropicalist generation , Gal Costa, joins Lanny to emphasize the beautiful melodies of Tom Jobin's “Dindiâ€. Gilberto Gil comes up with a rendition of his old song:â€Abre o olhoâ€(Open your eyes), in a bluesy style. Jards Macalé appears with his usual irreverence revisiting “Let's Play Thatâ€, his partnership with poet Torquato Neto, another of the tropicalist leaders. The producer of the album, Pericles Cavalcanti plays his reggae “Farol da Jamaicaâ€(Jamaica's lighthouse), also in a bluesy style dueto Lanny's guitar.
Rock people couldn't be left out of this album since they had an enormous ignificance in Lannys musical career. Rodrigo Amarante from the band “Los Hermanos “ has contributed with his warm â€Evaporar†( Evaporate). Fernanda Takai, the vocalist of Pato Fu surprises with a moving interpretation of “Mucuripeâ€, by Fagner and Belchior. To contrast with Lanny's high pitched guitar phrases, Arnaldo Antunes comes in with his very low voice singing “Sol†(Sun), which he wrote together with guitarist Edgar Scandurra – from the Band Ira -who also shares the stage with Lanny in a sequence of tremendous impromptus and rich deep flowing rhythm in “El Bluesâ€. Among the guest artists on the CD it is important to distinguish three top Brazilian pop musicians that came to fame in the 90's: Zeca Baleiro singing “Dê um role†in a cooler version compared to the original one by Gal Costa recorded in the 70's. Adriana Calcanhoto and Lanny also avoid being over dramatic on the single “Me dê motivo†(Give me a reason), composed by Sullivan and Massadas , a big hit of Tim Maia's. Chico Cesar ends up the duet series with “Lanny, Qual?â€(Lanny, which one?) a nice song that was written as a tribute. And it is Lanny himself who finishes off the album with a soulful solo of Tom Jobin's “Corcovadoâ€, demonstrating all his refined harmonic sense with an interpretation never heard before. What else could one expect from a genious?