About Me
DA MARGEM MENOS ESPERADA ------------------------------------------------------------
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UMA TRILOGIA DO DIFERENTE---------------------------------------------------
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------------------------------------------------TSUNAMIZ, PRESS PLAY & VICODIN SISTER ------------------------------------------------------------
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"Let it come the fire" – podia ser o mote de uma guerrilha revolucionária caso não fosse um dos versos gritados na incrÃvel "Open fire" de Tsunamiz.
Órfão de um Deus comum, este trio liderado por BS tem bem presentes as lições do Rock, do Punk e do Grunge mais genuÃnos. Contudo, é a vertente electrónica, bem como as melodias inesgotavelmente frescas, que mais identidade conferem à banda.
Neles há sempre uma saÃda harmoniosa e triunfal para o mais ruidoso riff de guitarra, para o mais distorcido dos baixos; um tsunami em que o rasto de destruição é meramente acidental – conta, principalmente, o facto de ter banhado milhões.
Se estes denunciam uma certa epilepsia social, tal já não é o caso das Press Play, que usam dessa epilepsia, qual Ian Curtis, para dançarem melhor que a maioria. Não se trata de atavismo, porque há profundidade e consciência que cheguem nas músicas contagiantes desta dupla sulista. As apostas recaem nelas: "Serão as primeiras do movimento New Birth a conseguir trespassar a cerca que veda a margem sul do Tejo do resto do mundo" diz-se por cá...Quem não tem vontade de dançar perante o genial e electrizante baixo de uma Playhot ou da batida hipnótica da Playhero? Interessa pouco que as rotulem de Electro-Sexy (se bem que o são), ou de Electro minimalista (também aqui não há dúvidas); no entanto, é a bandeira New Birth que é içada nas melodias sujas e provocadoras destas meninas do Electro. Se em Tsunamiz há uma mescla de raiva e ironia capaz de romper o tÃmpano mais sensÃvel, aqui há mera provocação, que, de tão genuÃna, nem parece intencional. Antes das Press Play, Playgirl (major vocals) já era presença assÃdua no circuito New Birth – quer nos ensaios dos Tsunamiz, quer nas estreitas relações de cumplicidade (pessoal e artÃstica) que veio a desenvolver com todos os seus intervenientes. BS ensinou-lhe a domesticar a guitarra eléctrica; MD e AF trataram da parte rÃtmica propriamente dita – baixo e batidas, respectivamente; as mais que boas influencias e a integração de Lisa no seu projecto musical fizeram o resto.InÃcio de 2008, um ritmo avassalador proveniente da floresta invade o myspace. Por entre bombos cavernosos, riffs lacerantes e teclados sombrios, irrompe uma voz suave em pleno delÃrio poético: "You can whistle to the great tide/Sleep beyond the daylight, Forestiere". Afirmam ser os criadores do Electro-Voodoo e do Pop-Kafkiano e dizem que tiverem um fraquinho por toda a gente ("I had a crush on everyone") sob o estrondoso ritmo do Kuduro. A sua escola é o New Birth, é sabido. Bendzy, compositor e guitarrista desta dupla intitulada Vicodin Sister e ex-guitarrista de Tsunamiz, também se encontrava nas primeiras reuniões do movimento, e desde então que tinha vindo a aliciar Djay (voz dos Vicodin Sister) no sentido de desenvolverem um projecto paralelo, onde a inovação e o cheiro a fresco continuassem a ser os factores mais preponderantes.
Se ouvirmos atentamente a música Start the Voodoo não é difÃcil antever as suas intenções enquanto músicos ou artesões de melodias. Esta faixa é paradigmática de todo o espectro New Birth: o surrealismo provocatório, o misticismo que se vai escancarando até à hipnose, a descrença nesta civilização instigadora de morais descartáveis e argumentos carimbados pelo dogmatismo, e que, ainda por cima, ousa levar-se a sério. "We will be fooling around this time" riposta a irmã Vicodin.
Algo está para acontecer, diz-se por cá; contudo, é bem possÃvel que aconteça mais cedo que o esperado ou que tal acontecimento já esteja em curso.......................................................
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............................................."Perdido seja para nós aquele dia em que não se dançou nem uma vez! E falsa seja para nós toda a verdade que não tenha sido acompanhada por uma gargalhada!â€Nietzsche
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