Em seu currÃculo, a banda já acumula apresentações de peso: Abriram o Show de Manu Chao em São Paulo, participaram do Reggae Mix Festival (dividindo palco com bandas consagradas como Planta & Raiz, Ponto de EquilÃbrio e Chimarruts) e por oito vezes abriram o Show de Nando Reis.
Zafenate (cujo nome significa – preservador da vida e conhecedor das coisas ocultas) não é uma novidade apenas pela Sonoridade e pela Poesia. O Conjunto também é engajado em causas ambientais e pacifistas, por isso consegue, como poucos, aliar Música e Atitude.
"No mundo em que idéias novas ou releituras permanentes de velhos ideais estão ao alcance de dois cliques - pulverizando a criatividade - o conceito de engajamento tornou-se obsoleto, pelo menos a noção que a palavra conotou desde sempre, quando se atrelava a arte.
Estamos diante de uma realidade de prisma, coisa múltipla, multifacetada, e engajar-se significa, através da arte, passar várias mensagens num só verso, que digam respeito a urgência que as coisas e as pessoas tomaram na preservação de suas próprias vidas. Qualquer discurso não pode ter apenas dois lados. Zafenate faz isso com excelência: catalisa esse novo mundo, engaja-se em várias frentes, trata de várias coisas ao mesmo tempo, mas unidas pelo fio condutor de um caldeirão de influências sonoras e até improváveis de se unir.
Tudo agora ao mesmo tempo e já. Um elemento de carimbó aqui, uma pitada de guitarrada no timbre, a bateria reggaeira/dub, até roots, a levada que lembra Hip Hop algumas horas, surf music noutras, funk e soul, entremeadas por mensagens com uma mÃnima (mas não sectária) noção de espiritualidade. A banda faz, de certa forma, de suas letras um chamado para a reflexão, a percepção do que é tão óbvio que torna-se improvável de ser visto: o grande mistério que buscamos lá fora e está no meio de tudo, ao redor. E pergunta a queima roupa sobre “o que aplaudimos?†Zafenate percebe (e como isso é difÃcil ás vezes) que viver é abrir o coração, doar-se aos cuidados que esse novo e caótico mundo pede, e sem medo de sofrer, criticando as formas biônicas que o homem, fruto desse meio de asfalto e progresso, moldou em torno de si, virando uma engrenagem da grande máquina que no fim das contas, leva a um estado de letargia e falta de consciência do dever de todos com seus iguais e o mundo ao redor.
Isso quando se trata do objetivo, da consciência e da mensagem. Em se tratando de melodia e ritmo, Zafenate é puro swing, dessas coisas que a gente ouve e já vai quebrando os joelhos, soltando os braços, abrindo um sorriso na cara e se encostando em quem estiver por perto para dançar, pegar na mão, ensinar o amor, compactuar, compartilhar a sensação de liberdade que a música pode nos trazer, mas sem esquecer de vê-la como instrumento de mudança do mundo, ou manutenção de tudo que pode ser bom e nos fazer bem." Por Rodrigo Levino.
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