Paulinho Soledade

A música sempre correu nas veias do produtor Paulinho Soledade. Filho do compositor Paulo Soledade, morto em 1999, ele cresceu vendo e ouvindo grandes nomes da MPB. Das lembranças da infância, fazem parte Dorival Caymmi e Vinícius de Moraes, que, durante muitos anos, freqüentaram sua casa. “Minha casa era infestada de gente. Fui muito influenciado por esses músicos”, diz.Nascido em Curitiba, mas criado no Rio de Janeiro desde os 5 anos, Paulinho não teve dificuldades para descobrir sua vocação. Aos 12, começou a ter aulas de violão com Baden Powell e se entrou de vez para o meio artístico. “O Baden só me ensinava a tocar. Ele dizia que não iria me passar nada de teoria. Nossas aulas eram imensas, duravam nove, às vezes, 11 horas seguidas”, relembra.A curiosidade em torno dos instrumentos era tanta, que ele decidiu conhecer o máximo que podia de cada um, tornando-se multinstrumentista. Seu primeiro trabalho foi aos 16 anos para Erasmo Carlos. Daí para frente, não parou mais. Paulinho fez arranjos para muitos compositores e cantores da música brasileira como João Nogueira, João Donato, Gilberto Gil, Ivan Lins, Beto Guedes e Marina Lima, entre outros.Fez parte das bandas “Semente” e “Garagem” nos anos 70 e 80, respectivamente, e é um dos integrantes da “BR Plus”. Entre seus estilos musicais preferidos estão MPB, folk, rhythm’n’blues e country.