About Me
Violeiro, cantor e compositor, Pereira da Viola nasceu em São Julião, pequena comunidade rural do Vale do Mucuri, norte de Minas Gerais. Em seus 17 anos de carreira, Pereira tem cinco CD..s lançados: “Terra Boaâ€, “Tawanaráâ€, “Viola Cósmicaâ€, "Viola Éticaâ€e Akpalô. Desde o inÃcio da carreira artÃstica, passando pela descoberta da viola, Pereira mostra que é um artista que traz consigo o prazer e o compromisso de cantar as coisas de sua gente. Seu talento e estilo único fizeram com que fosse alçado a Ãcone da viola caipira, não apenas pela crÃtica e mÃdia, como também pelo público que se encanta pelo seu virtuosismo e carisma.Pereira da Viola cresceu em um ambiente humilde, mas de grande riqueza cultural, impregnado pela cultura afro-indÃgena e pelos sons das folias. Seu pai, João Preto, era sanfoneiro e sua mãe Augusta, lÃder e puxadora de cantos nas festas do reisado. Aos 11 anos, tornou-se autodidata em violão. Com 14 anos, começou a se apresentar em shows de calouros, sendo premiado em todos.Em 1982, influenciado pelas obras de artistas como Dércio Marques, Rubinho do Vale, Titane e Milton Nascimento, passou a compor músicas que retratavam sua história. Em 1986, foi apresentado à viola e se encantou pelo instrumento. Junto com sua primeira viola ganhou de um amigo o apelido, uma homenagem ao músico Paulinho da Viola. A brincadeira acabou lhe rendendo seu nome artÃstico.Foi com o folião Valdão que Pereira aprendeu a tocar a viola utilizando, simultaneamente, o tampo para percussão, o que deu origem a suas famosas batidas de contra-dança, batuques e voltados-inteiro. Este momento marca o encontro definitivo do trabalho do artista com suas origens. A busca pelas raÃzes do povo brasileiro e seu envolvimento com os povos indÃgenas o leva a se apresentar no Acre, Amazonas, Mato Grosso e São Paulo.É na capital paulista que Inezita Barroso conheceu o trabalho de Pereira e, imediatamente, o convidou a dar uma entrevista no programa “Mutirãoâ€, na Rádio USP-SP. Logo em seguida, os dois já dividiam um show no Teatro Popular do Sesi – SP.Em 1993, Pereira gravou de forma independente seu primeiro disco, "Terra Boa", considerado pela crÃtica como uma obra prima da música regional brasileira. Em 1996, em parceria com a Lapa Discos, gravou seu segundo CD, "Tawaraná" – nome de uma dança indÃgena do Xingu –, disco que lhe rendeu a indicação ao Prêmio Sharp da Música.Em 1998, participou do projeto Violeiros do Brasil, que reuniu 12 violeiros das várias regiões do paÃs, no Sesc Pompéia, em São Paulo. O encontro resultou num CD homônimo, gravado pelo selo “Núcleo Contemporâneo†e em um especial da TV Cultura.Ainda em 1998, gravou seu terceiro disco solo, "Viola Cósmica" (Lapa Discos). O disco contou com a participação de quatro grandes violeiros: Paulo Freire, Brás da Viola, Ivan Vilela e Roberto Corrêa; além do rabequeiro Fiaminghi e da cantora Titane. O CD tem também a participação especial de sua mãe, Mãe Augusta.Em 2001, Pereira da Viola lançou de forma independente o quarto disco de sua carreira, "Viola Ética". Produzido e dirigido pelo próprio artista, o CD contou com participação especial de Inezita Barroso, Paulo Freire e Brás da Viola.Em 2003, Pereira promoveu o Encontro Nacional de Violeiros, em Ribeirão Preto. O evento recebeu 10 mil pessoas e resultou na criação da Associação Nacional dos Violeiros, entidade que busca resgatar a cultura sertaneja e lutar por melhores condições de trabalho para a categoria. Pereira foi escolhido presidente da Associação, cargo que ocupará até 2007.Ainda em 2003, Pereira entrou para o escritório de projetos e produções culturais, Cria! Cultura. Em 2004, passou a fazer também parte do selo musical mineiro “+ Brasil Músicaâ€, relançando, nesse mesmo ano, os discos “Terra Boa†e “Viola Éticaâ€. Em 2005, Pereira partiu para um turnê pela Venezuela, onde representou o Brasil no Festival da Canção Necessária, onde foi agraciado pelo público e pela mÃdia venezuelana.