Grupo formado em meados dos anos 90 atuou no circuito alternativo de bandas ao lado de grandes nomes do circuito underground carioca.
O Tornado fez inúmeras apresentações em palcos e espaços culturais consagrados no eixo Rio-São Paulo e dividiu espetáculos com nomes como: “Planet Hemp†e “O Rappa†quando da divulgação da coletânea “Grooves from Rioâ€, produzida por Ronaldo Pereira - ex-integrante da banda “Finnis Africaeâ€- da qual participavam com a canção “Não fiz porque quis!â€
Dentre estes diversos espaços, destacam-se: “Fundição Progresso†e o antológico “Circo Voador†na cidade do Rio de Janeiro, o “Garageâ€, o “Mourisco Barâ€, “Hipódromo Upâ€; todos no Rio. “Estação Livre da Cantareira†em Niterói, além de entrevistas em canais locais de TV como: “TV comunitária†e “TV universitária†de Niterói, a UNITV no programa “Cultura da Ação†com apresentações ao vivo. Também estiveram num WEBTV, o Groove Total de produção independente e apresentado por Gabriel Grecco.
Em São Paulo, participaram do programa Ultra Som da MTV, abrindo-lhes a porta para aquela cidade.
A CRÃTICA[...]Músicos de primeira, groove e rap de qualidade. Dá pra tecer muitos elogios ao Tornado, que está na lista das bandas que ainda não tiveram seu reconhecimento.
PEDRO DE LUNA- SHAPE A –1997
[...]Apesar de se intitular uma banda de rap, o Tornado é muito mais que isso. Começa pela formação. Ao invés de rapeadores e máquinas, prefere ter um vocalista apenas e mais guitarra, baixo e bateria. Ouvindo o que eles têm a dizer e tocar, percebe-se que o Tornado, na verdade, é uma excelente banda de rock que se vale de nuances da forma de cantar dos rappers. Porque a guitarra de Gilber (também vocalista) é muito mais rock do que a maioria dos guitarreiros pretensos da atualidade. A levada das músicas também não impede que, de repente, estejamos em meio a um hardcore mortal, acompanhado por um solo à velocidade da luz. Como se não bastasse, eles têm o que dizer e sabem como fazer isso. Vide a letra Escute Meu Rap, um resumo do que é a violência policial.
REVISTA ROCK BRIGADE – 1997
[...]Mostra com clareza a proposta desta banda carioca que, sem dúvida, é uma das mais profissionais do momento. Filosofia rap com influências do funk, rock e hip hop dos anos 60 a 80 é a proposta, abusando de swing e grooves. O vocal é bom, o baixo e a bateria estão encaixados e as duas guitarras se entendem muito bem. Músicas como "Qual a Questão", "C.o.c.a.Ã.n.a.", "Escute Meu Rap" e "O Sonho do Homem" tem tudo para figurar nos set lists das rádios.
INTERNATIONAL MAGAZINE – 1997
[...]Esta é a nova demo do Tornado, que surgiu na década de 90 mesclando muito bem o rock e o rap. Agora em trio, passam o rodo com graves pesados e uma guitarra virtuosa na medida certa. Todas as seis músicas são boas, com solos e bases criativas. “Morfina†e “Futuro†são melhores que a média. Após uma fase turbulenta, onde chegaram a gravar oito músicas mas decidiram não lançar, o grupo vem dar a volta por cima. Um dos méritos de Gilber, o cabeça da banda, é o de criar efeitos e ambientações apenas com os instrumentos. Mesmo numa fase onde o mundo é repleto de botões.
JORNAL DO ROCK – 2003 - ANO I N.º 03
[...]O TORNADO é uma banda muito, mas muito boa. Pode levar fé. A dobradinha baixo e bateria, é extremamente segura. Por vezes o baixo parece que pulsa sozinho, com fraseados que remetem os funkões de décadas há trás. Guel, único que não é da formação original, sustenta a base na guitarra com tranqüilidade. E o Gilber, o que dizer do cara? Ele é um guitarrista virtuoso e, o que é inacreditável, sem ser chato. Normalmente, quem possui muita técnica no instrumento enche o saco querendo mostrar pra todo mundo que tem agilidade com solos intermináveis. Esqueça! Gilber usa a ciência a serviço do bem. Ele brinca com a guitarra com solos/bases criativas, na medida certa. E -- pasmem!! -- canta meio rappeado ao mesmo tempo sem que com isso pare um dedo sequer na guitarra. Destroyer total!!
O nome TORNADO surgiu em 1992 numa explÃcita homenagem a Toni Tornado, Ãdolo deles na infância. A banda já gravou duas fitas demo, Não Há e 13 Anos que arrancaram elogios por onde passaram. Além disso, participaram do CD Grooves From Rio, coletânea organizada e produzida por Ronaldo Pereira (ex-baterista do Finis Africae e produtor do Planet Hemp) com a faixa "Não fiz porque quis". Suas músicas já foram veiculadas na lendária Rádio Fluminense, Rádio Imprensa, Tribuna FM... fora as incansáveis rádios comunitárias. Se apresentaram no saudoso Circo Voador, Fundição Progresso, Duerê, Garage, Estação Cantareira etc. Participaram do programa Ultra-som na MTV entre outros eventos de representatividade nacional.
Eu tenho minha música preferida: "América". É de emocinar!! Às vezes eles fazem uma versão nos shows de "ABC" da ex-banda do ex-negão Michael Jackson, os Jacksons Five. Peça quando você estiver numa apresentação que eles tocam.
ANDRÉ MANSUR- 2003 - é jornalista, produtor de eventos, editor de som do SK8.com.br, colaborador ocasional de outra dúzia de sites e escreve para a revista Rock Press.