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O samba vem sendo reavaliado, revisto, ampliado, mixado, misturado, reinventado e, muitas vezes, maltratado pelas novas gerações. Assim como o jazz e o rock, que alguns artistas, a exemplo de vanguarda, transformam em discursos vazios e pretensiosos, o samba foi feito para dançar, cantar junto, decorar a letra e sair por aÃ, violão debaixo do braço, fazendo a trilha sonora do brasileiro que não é doente do pé ou ruim da cabeça.
O quinteto mineiro ZÉ DA GUIOMAR, que chega ao segundo disco, é um dos mais bem sucedidos na arte de dar continuidade à trajetória natural do samba, tratado por eles com intimidade e simplicidade, porém, sem a simplificação empobrecedora dos que não possuem conhecimento de causa.
Formado por Márcio Souza (vocal e violão), Valdênio (cavaquinho e voz), Renato Carvalho (sax e percussão), Totove (surdo e percussão) e Analu (pandeiro/percussão). O ZÉ DA GUIOMAR se transformou num dos campeões de público da noite de Belo Horizonte, por aliar um instrumental eficiente, arranjos inteligentes e funcionais, com repertório cuidadosamente escolhido entre temas próprios e clássicos de várias épocas e tendências.
O grupo, que iniciou sua trajetória em dezembro de 2000, tem como repertório o melhor do nosso samba e da bossa nova com interpretações arranjadas pelos próprios músicos, dando assim uma visão distinta e original das obras de grandes compositores como Cartola, Noel Rosa, Nelson Cavaquinho, Paulinho da Viola,Tom Jobim, Chico Buarque além de composições próprias. O grupo é um dos responsáveis pelo fortalecimento e renovação do samba na capital mineira.
Seja para ouvir com atenção à s entrelinhas e brilhos ocultos, seja para servir de peça de resistência sonora de encontros animados e regados a lÃquidos e papos animadores, o ZÉ DA GUIOMAR traz a simplicidade das idéias eficientes.