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Já estive ligado a alguns círculos do cenário underground da cidade de São Paulo, sobretudo ao meio gótico e deathrock, discotecando em algumas festas como guest ou num projeto próprio que acabou também se transformando em um fanzine. Entre 1993 e 1995 fiz parte de uma banda de garagem chamada Post Morten que tinha maior parte de o seu repertório formado por covers de The Cult, Sisters of Mercy e Stooges, porém alguns sons próprios surgiram em seus diversos ensaios como "Strange Angels" registrada num K7. Sua formação contava comigo nos vocais, Paulo Moura (guitarra - hoje membro da banda de dark metal Of The Archaengel), meu irmão André (bateria - Abadon, Real Madrid) e diversos baixistas. Ainda em 95, fiz algumas participações como baixista e backing vocal em alguns shows da banda gótica Abadon (que mais tarde adotaria o nome Imperial) em uns lugares mais podres da cidade (sim, o Jardim Elba já teve uma festa gótica sub a mira de pagodeiros e mal encarados!). Nesse mesmo período comecei a desenvolver a idéia de fazer um zine sobre Christian Death, mas o projeto foi engavetado até que em 1999, motivado pelo suicídio de Rozz Williams, eu consegui realiza-lo em formato de revista (em ofsete) graças à ajuda de Ozzie Fendler Gheirart (ex-Brazilian Cure, Quarto 101). Esse tributo, lançado em edição limitada, teve uma boa repercussão virando objeto de colecionador para muitos fãs de Rozz, mesmo fora do Brasil. Em 1996, o Post Morten fez sua única aparição ao vivo tocando (dois covers do Christian Death – “Deathwish” e “Spirital Cramp”) de surpresa em uma festa num clube em Guarulhos chamado Graphitte, dividindo o palco com o Brazilian Cure e o grupo performático Pesadelo Químico. Na ocasião contamos com o apoio do baixista Rogério, mentor do zine Ruídos Alternativos. Dois anos depois vai ao ar um protótipo do site Junkeria Nefasta, vinculado ao Sepia Zine, que teria uma estética punk-gótica – mesclando matérias musicais e meus desenhos. Depois de um hiato de alguns anos, fiquei entusiasmado pela crescente onda deathrock no começo dos anos 2000. Tive então intenção de montar o projeto Batzone, com Douglas Graves (ex-proprietário da notória loja Batcave) e Flávio Voodooslut, que tinha como objetivo criar um evento que ajudasse a resgatar a irreverência da cena "gótica” inicial e trazer a geração veterana de volta à berlinda. Após duas edições na antiga casa Deja Vu, os organizadores resolveram investir num zine não periódico, desta vez com um novo membro: Felipe Crisis (Crippled Ballerinas). Assim como o evento, o fanzine durou apenas duas disputadas edições impressas. Houve a confecção de uma terceira edição (com uma ótima diagramação, 20 páginas e com planos de ser lançada em formato revista), porém acabou sendo engavetada por causa de grana e brigas internas causadas por colabores radicais e imaturos. Logo depois disso o grupo se desfez e lancei meu último zine; “Virgin Prunes – A New Form of Zine” (2004). No URL http://paginas.terra.com.br/arte/junk há algumas das matérias que seriam lançadas na terceira edição. A versão on-line também conta com a colaboração de Alexandre Ratz (diva ueivi/neue deutsche wellee) e Grenouille (diva anarca). Meus interesses atuais ainda continuam sendo primórdios da cena alternativa post-punk, porém voltadas mais às bandas ligadas à ala cold wave e minimal synths; inspiração conceitual de algumas colagens e artística para um futuro projeto de discotecagem (Escola de Cretinos) ou musical que eu venha a desenvolver algum dia...