Maria Faceira

Há seis anos, a Orquestra Maria Faceira surgia nos palcos curitibanos. O guitarrista Luis Otávio Almeida e o flautista Gabriel Schwartz foram os precursores deste projeto, que a princípio buscavam formar um grupo para o qual pudessem escrever arranjos e executá-los. Em sua formação original contava com um naipe de sopros (trompete, sax e trombone), guitarra, violão 7 cordas, baixo, bateria e percussão. Com quase um ano de vida o trabalho foi tomando forma e estilo e o grupo passou a tocar, quase que exclusivamente, clássicos do samba e choro. Em 2003, já carregando o nome “Orquestra de Gafieira Maria Faceira”, o grupo ganhava a colaboração de uma cantora. De 2003 a 2006 a Maria Faceira manteve um baile mensal de gafieira em várias casas da cidade de Curitiba, entre elas Hermes Bar, Garage 570, Alice bar, Sociedade Treze de Maio, Calamengau. Apresentou-se em Camburiú, Chapecó, Antonina, Paranaguá e em Curitiba no Auditório Glauco Flores de Sá Brito - Guairinha, SESC da Esquina, Memorial da Cidade de Curitiba, Teatro da Caixa – Caixa Cultural Curitiba. Tanto para músicas consagradas ou temas autorais, o grande foco da orquestra sempre foi os arranjos, buscando através deles o balanço necessário para os bailarinos ganharem o salão. Entre os freqüentadores do samba de salão, como se chama também o samba de gafieira, não se distingue idade, credo ou nível social, este é o público da Orquestra Maria Faceira. Nos anos de 2003 e 2004, o grupo cumpriu sua função de Orquestra de Gafieira quando convocou os pés-de-valsa e as escolas de dança de salão da cidade de Curitiba para suas festas temáticas na casa noturna CINE música-bar. Não foram poucos e nem desconhecidos os “canjeiros” , como se diz dos músicos que sobem ao palco sem prévio ensaio para tocar, que prestigiaram o trabalho da Maria Faceira: Proveta, Robertinho Silva, Paulo Belinati, Paulo Moura, Arismar e Thiago do Espírito Santo, Cleber Almeida, o quarteto Quatro a Zero, Léa Freire, Wilson das Neves, Saul Trumpet, Cris Lemos, entre outros. Com um Cd e um DVD gravados a Orquestra Maria Faceira segue valorizando os arranjos, músicas autorais e pesquisa na área do samba e da improvisação, buscando nomes e composições ainda inéditos para seu repertório, sem perder o objetivo de fazer música para os ouvidos e pés. O grupo apresentará dias 4, 5 e 6 de julho, no Teatro Paiol de Curitiba, um concerto em homenagem a Walter Alfaiate.