ANA FRIDMAN
"Desde os tempos de Clara Schumann, o mundo tem visto, de forma progressiva, as mulheres se destacarem no universo da interpretação musical. Mais recentemente, são cada vez mais comuns os trabalhos de composição produzidos por aguçados dotes femininos. Ana Fridman representa um pouco da melhor música que o Brasil tem produzido nos últimos tempos." — Lino de Almeida, compositor.
"Since the ages of Clara Schumann, the world has progressively known the growth of women participation in the universe of music composition and performance. More recently we can often see works of composition produced by special female talents. Ana Fridman represents this idea as one of the best musicians Brazil has produced nowadays." — Lino de Almeida, composer.
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"o tempo, a distância e a contradança"
Primeiros solilóquios
O disco é sobre um viajante, assim, cheio de paisagens e janelas na cabeça. Fala do tempo correndo e da gente correndo atrás de entendê-lo. Fala da dança do tempo e da gente, quando o tempo corre e a gente não alcança, ou quando a gente corre tanto que tem que voltar no tempo prá entender o que passou. Canta o tempo que passa e forma paisagem, no caso aqui, paisagem sonora, que faz a gente parar e contemplar o que entendeu do tempo. Canta a parte que a gente não entende, aonde entra o lirismo da contradança, uma licença poética prá ficar otimista e dançar na paisagem do tempo que foi e ouvir um tempo novo com vontade de seguir em frente. O disco fala, canta e dança prá estarmos juntos, andando nessa paisagem. Cada qual com seu tempo, sua dança, sua imagem desse som.
First rehearsal
This album is about a traveller, full of memories and landscape in his/her head. Talks about time passing and people running to get it. Talks about the dance between people and time, when time runs and we can not catch it, or when we run so much to the point of having to come back to better understand time. Sings about time when it becomes a landscape to stop and contemplate what we can get from time passing. Sings the part we can not understand about time, which I call "Contradança", where I take a poetic license to see what I can not understand in an optimistic way. So we can dance in the sound landscape of the past and see a brighter future to look for. This album talks, sings and dances just as a reason for us to be together, walking in this landscape. Each of us with its own time, dance and image from this sound.
