"Don" é uma gÃria de origem mexicana popularizada nos EUA que significa o mesmo que "mano" ou "chapa". Usa-se mais ou menos assim: e aÃ, don, vai curtir um som hoje? Nos 60 e 70 a expressão rolava solta nos subúrbios cariocas e batizou bambas como Dom Um Romão e Dom Salvador. Nesta época, nomes como Jorge Ben, Wilson Simonal, Tim Maia, Banda Black Rio, entre outros, construÃam a ponte entre o balanço daqui e a rÃtmica sincopada de um movimento que lá surgia com muita força, era o Black Power e seus sons amparados pelas cores do soul-funk, que traziam consigo o apelo emblemático de figuras como James Brown, Stevie Wonder, Marvin Gaye, George Clinton e muitos outros.
Décadas depois, em 2002, dois caboclos ligados nessas referências, João Lima e Fernando TRZ, montaram a banda SeguraNêga e passaram a testar o repertório em festas universitárias. Mais tarde, juntaram-se à experiência do guitarrista Xande Bueno e à músicos da cidade ligados à comunidade do samba, Ed Flores e Cléber Nogueira, além do baixista Philipe Duque "Formiga", do baterista Paulo "Pirão" Lima e do trombonista "Lelinho". Com a nova formação o grupo passou a se chamar "Don Caboclo e SeguraNêga".
O público da cidade passou a curtir o som e durante vários meses lotou a casa noturna "Beco da Bossa", em noites que aparecia gente de todo tipo e se divertia. O equilÃbrio entre groove e feeling firmou o grupo no circuito de shows, com apresentações nas unidades do Sesc de Bauru, Campinas e Araraquara, na casa noturna paulistana Grazie a Dio (com o Clube do Balanço) e em cidades como: Jaboticabal, São Carlos, Ribeirão Preto e Mococa.
(texto: Fabiano Alcântara; ilustrações: Cadux)
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