Poemusibrincanção Volume 1 – Danilo Monteiro e O ContrabandoAli onde encontramos fronteiras, fizemos contrabando – canção e poesia sonora, Alto de Pinheiros e Artur Alvim, música acústica e eletrônica, música-ritual e música-fonográfica, música e brincadeira.Ali onde poesia e música se juntam para uma forma além ou aquém da canção – ali também reencontramos a canção.Ali onde procurávamos a palavra, encontramos a música.Ali onde nos despimos do processo industrial de gravação de um disco, ou seja, de um pretenso “profissionalismoâ€, do “fazer certo†– ali reencontramos a música enquanto brincadeira sagrada.Gravamos as bases (voz, violão, percussão, bateria e pick-ups) ao vivo e conjuntamente no estúdio, ou seja, fora do esquema habitual de tomar um instrumento por vez até que ele atinja a execução “perfeitaâ€. Nós tocamos de acordo com uma espécie de ritual: sem arranjos pré-determinados, num improviso conjunto que só admitia versões diferentes para uma mesma música ou para um mesmo poema. Não executar o som, mas ser, incorporar a música-momento. Todo som feito contra o silêncio já era o inÃcio de algo que ia se construindo. Uma palavra puxa um som, um som puxa outro, e a gente atrás, ouvindo o futuro chegar em nossos corpos. À espreita.Assim, nossa música ficou mais livre, atingindo formas que não nos eram possÃveis no método tradicional, levando a cabo a dica de uma música de MaurÃcio Pereira: “Mergulhar na Surpresaâ€.Ali onde tÃnhamos um ritual, reencontramos o processo industrial. Porque surgiu a vontade de trazer outros amigos músicos e compositores para esta brincadeira, e de acrescentar detalhes. E desta vez um por um – ainda que proibidos de estudar as suas faixas previamente, ou seja, convidados a embarcar para esta Outra Ilha – pudemos contar com as violas caipirárabes do Fernando ChuÃ, com os vocais teatrais d’Os Boca Aberta, com a vozes de sonho da Kika Carvalho e do Naiman, com os violões em agonia de Joana Flor.Ali onde procuramos a poemusibrincanção, encontramos o cinema. Porque o ritual tinha sentido apenas para nós que o fizemos naquele momento. Então tivemos que lançar mão da montagem “cinematográfica†não-linear – como naqueles filmes em que uma parte da cena final é lançada logo no inÃcio, ou se repete ao longo da trama, do mesmo modo algumas faixas foram divididas e espalhadas pelo álbum, levando a uma espiral de idéias que sempre voltam, mas sempre diferentes.Como disse a Joana Flor ao ouvir este trabalho “prontoâ€: é um filme sendo a própria trilha sonora.Ali onde viramos as costas para a música de mercado, fazendo um álbum conceitual no momento em que o mp3 fragmenta a escuta, ali onde o mercado voltou suas costas para nós – ali encoxamos a aventura. Ou fomos por ela...
Danilo MonteiroFICHA TÉCNICAPoemusibrincanção Volume 1 – Danilo Monteiro e O ContrabandoTodas as canções e poemas são de Danilo Monteiro, exceto “Chora Pedraâ€, parceria com Laura Wrona Rosenthal.Arranjos elaborados coletivamente.Danilo Monteiro e O Contrabando:
Voz, violão 12, violão nylon, contrabaixo: Danilo Monteiro
Bateria e percussão: Cacá Saraiva
Percussão: Juninho Batucada
Pick-ups: DJ MarcianoNo fundo falso, preciosa muamba:
Kika Carvalho – voz em “Paulistaâ€, vocalises em “De Noite Desconfiaâ€
Naiman - voz e vocalises em "Chora, Pedra"
Fernando Chuà – viola caipirárabe em “Nojo†e “A Bombaâ€, violão aço em “De Noite Desconfiaâ€
Os Boca Aberta (Tati Mattus, Tita Reis, Nandão Oliveira) – coral em “O Segundo Chacra de Estela†e “Samba da Bonecaâ€
Joana Flor – violões em “Esse Corpo O Que Ele Pode Explodirâ€, “Quando Meu Nome For Inútilâ€, “Somada A Outros Instrumentos de Torturaâ€
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