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O Mestre Galissá nasceu, cresceu e vive com um kora. "Djidiu" é o seu apelido de rua, Kora, seu instrumento de 22 cordas. Em Portugal Galissá defende a cultura musical Mandinga como Salif keita, Mory kante e muitos outros defendem mundialmente.O Mestre Galissa foi compositor do Ballet Nacional da Guiné-Bissau, responsável Instrumental do mini Ballet Nacional e professor de Kora na Escola Nacional de Música José Carlos Schwarz durante 11 anos. Já participou em actividades culturais em vários paÃses. Está em Portugal desde 1998, ano em que eclodiu a guerra civil, e neste momento permanece em Portugal a executar vários projectos culturais. Oriundo de uma famÃlia de "djidius" (músicos hereditários), o Mestre Galissá nasceu em 1964 em Gabú no Leste da Guiné-Bissau, capital do antigo império de Gabú (donde advém o próprio nome), sucessora do antigo império do Mali. Tem a música no sangue e sempre foi artista. Reside em Lisboa desde de 1998, cidade onde tem abraçado novas formas de música e conhecido músicos de outras culturas. É Filho de um músico de Kora nascido na Guiné-Bissau, no seio de uma famÃlia Mandinga, uma das etnias do paÃs. Galissa é o nome de uma famÃlia de "djidius" que tocam Kora. Além dos Galissa há os Diabaté, Kouyaté, os Sissokhos outros apelidos. A música para o Mestre Galissá começou na infância no seio da sua famÃlia. Muito antes dos seus tetra-avós que todos na famÃlia são "djidius". Começou a aprender o Kora com 5 anos de idade pela mão do seu pai na região natal (Gabú) e em meados de 1979 iniciou a sua carreira, primeiramente com os pioneiros "Abel Djassi". Com os pioneiros teve acesso à escola e com eles participou em acampamentos da juventude na Guiné e no estrangeiro. Nesses eventos realizavam-se intercâmbios culturais com jovens de Cabo-Verde, Senegal, Guiné-Conacri e até com jovens de Portugal e outros paÃses europeus. A partir dessa data foi mais difÃcil continuar em casa dos seus pais e por isso foi para Bissau onde começou a estudar música. O Kora envolve misticismo e simbologia. É o instrumento que o acompanha nos espectáculos e é o suporte principal do género musical que interpreta. Desde que começou a actuar em público houve um momento que o marcou, que foi quando com mais 11 crianças estava a representar a Guiné-Bissau num acampamento em Cabo-Verde em 1979. As pessoas gostaram porque o kora nunca tinha chegado ao arquipélago. As pessoas seguiam-no por todo o lado, faziam-no perguntas sobre o instrumento, queriam tocá-lo, queriam saber tudo. Nessa altura apercebeu-se do "peso" do Kora. A partir daquele momento em Cabo-verde decidiu que devia continuar nessa vida. Nos anos seguintes participou em vários eventos. Em 1988 esteve em Portugal onde participou no FITEI, e no ano seguinte na antiga FIL. Em 1997 participou no encontro “Cena Lusófona†em Évora onde encontrou artistas internacionais que se interessaram pelo instrumento que toca. Depois dessas experiências sentiu ter atingido um nÃvel de maturidade que o permite trabalhar com qualquer artista. A sua evolução fez com que começasse a dar aulas de multi-culturalidade na Escola Superior de Educação. Em Portugal tem feito concertos em todas as regiões. Tem sido convidado por várias Câmaras do interior do paÃs. Realizou vários cursos para alunos da Escola Superior de Educação de Lisboa e da Escola Superior de Teatro e Cinema de Lisboa sobre a música, literatura africana , cultura guineense e sessões musicais para crianças do 1º e 2º ciclo do ensino básico. Em 1999 trabalhou com o Teatro São João do Porto e no ano em que Coimbra foi a capital da cultura, foi contratado pela a companhia de teatro Tetrão Realizou concertos com o músico português Gil Nave, em Évora, Beja, Guarda, Covilhã, Famalicão, Proença a Nova, Caldas da RaÃnha e Alpedrinha e norte de Portugal. Participou em programas de rádio e televisão, nomeadamente na Antena 2, RTP Internacional, Rádio Renascença, RTA (Rádio Televisão de Angola, no programa Kandando) e RDP Ãfrica.Participou em concertos realizados por iniciativa da EXPO98, e Porto 2001, e em trabalhos discográficos de João Afonso, Amélia Muje, Herménio Meno, na colectânea "Mon na mon", Blasted Mechanism, Chac, Sara Tavares e outros artistas guineeenses… Actualmente faz parte do Colectivo nacional PROJECTO FUGA que se preparam para editar o primeiro trabalho de originais.Contactos / contacts:
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