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iberiaband

About Me

Tudo começou em setembro de 1977 quando juntamente com o Zé Pedro e mais uns quantos doidos "inventámos" os Xutos & Pontapés. (onde é que vocês estavam em 77?) Na realidade foi o Zé Pedro que inventou o grupo. Eu só inventei o nome. Fazíamos músicas em cervejarias e depois tentávamos tocá-las com umas guitarras acústicas. A intenção era fazer uma banda punk. O Zé Pedro tinha chegado a ferver do Inter-rail depois de ver o festival de Mont de Marsan, e nesse verão o punk – que já vinha de trás – chegou em força a Lisboa. Cortámos as madeixas freaks e munimo-nos de óculos escuros na feira-da-ladra (os meus custaram - preço actual - €0.10!). Com os Xutos apareceram também os Faíscas, os Aqui d’el Rock, os Minas e Armadilhas e uma série de outras bandas. Mas como os Xutos da altura não foram para a frente – por falta de instrumentos e excesso de condimentos – continuei a tocar com o meu amigo da escola Jorge Galvão, e em Julho de 1978 fomos convidados para o “Full Moon Concert” em Lagos, abrindo para Rui Siqueira e a Go Graal Blues Band de Paulo Gonzo (nosso colega, e melhor tocador de harmónica na Escola António Arroio). O nosso duo não tinha nome, mas foi apelidado “Country-Punk”, dado o carácter acústico-algo-punk das nossas músicas, cantadas em inglês e em português. Quinze dias mais tarde emigrei para os E.U.A., onde passei o ano seguinte, em Dallas, Texas, compondo novas músicas para o duo, que quando se juntou de novo, recebeu o bonito nome “Tiroliro &Vladimir”. Foi já com esse nome que voltámos a actuar em Lagos (verão de 79), coincidentemente, abrindo de novo para a Go Graal Blues Band, que na altura estava em grande! Abrimos também o concerto de passagem-de-ano no C.D.U.L. onde o Corpo Diplomático (ex-Faíscas, futuros Heróis do Mar) era cabeça de cartaz. Cumprido o serviço militar (onde só passei três semanas por ouvir pior que uma pedra...) emigrei de novo, desta vez para Maracaibo, na Venezuela, onde passei outro ano compondo sempre novas (e bonitas!) canções! Começam a chegar da metrópole notícias do movimento do “Rock Português” que me deixaram em pulgas. Durante a minha ausência apareceram imensos grupos novos: UHF, GNR, Heróis do Mar, Salada de Frutas, etc. Entretanto recebo a notícia que tinha sido lançado um single de Adelaide Ferreira com músicas NOSSAS, um plágio total! Fiz as malas e desmbarquei em Lisboa, pronto para a acção! Mas como somos um povo de brandos costumes, não aconteceu nada de especial, isto é: não houve sangue! Fui convidado para integrar a banda Vodka Laranja, e entretanto os Tiroliro & Vladimir começaram a tocar a sério nos bares da Graça e do Bairro Alto (que estava a germinar...). Era um tempo em que um grupo podia chegar a um bar e propôr a SUA música! Zero couves! Juntámos mais um elemento e o duo passou a trio (entrou o Nuno Faria), passando a chamar-se Tiroliro, Vladimir & Mohadir. Rola o ano de 1983. Os Vodka Laranja, que fizeram bastantes espectáculos com os 7ª Legião e os Croix Sainte, desfazem-se, transitando dois músicos para os Xutos-isto-anda-tudo-ligado& Pontapés: O João Cabeleira e o Gui. O nosso trio passou a quarteto, e como o nome já ia extenso, rebaptizámos o grupo com o explosivo nome “Tataaaaaan!” (ou Tantaaaaan!). Mas como a palavra – que na realidade era um som – era de grafia difícil (e havia uma banda africana chamada Tantan), depois de umas discussões em que surgiram nomes como “Os Satélites do Swing”, “Associação Feliz” ou “Varsóvia Trote”, passámos a chamar-nos oficialmente “Os Afonsinhos do Condado”. Por volta de 85/86 fomos contactados pela editora Polygram (actual Universal) para gravar um disco. Em 1987 estreámo-nos com um máxi-single (formato muito em voga nesse tempo...) com “O Navio” e “A Salsa das Amoreiras”. Foi um estoiro! “A Salsa das Amoreiras” (lado B) foi o a música mais tocada na rádio nesse ano, apesar de os Xutos – nossos colegas de editora – terem lançado o “Circo de Feras”. And the rest is history... De 1987 a 1990, os Afonsinhos correram o país, gravaram cinco discos e fizeram mais de sessenta programas de televisão – num só canal!. Três anos pareceram 10! Em 1991, cansado da estrada e daquela vida deixei o grupo - amigávelmente - e fiz umas férias. Fui convidado para fazer o “Pop Off” um programa de TV com video-clips, que se tornou uma referência. Depois de um ano e 52 programas, voltei para a música, integrando os Irmãos Catita. E começou uma vida louca! Tendo-se estreado no Teatro Cinearte no reveillon 1991/92, os Irmãos Catita fizeram os concertos mais loucos e mais longos da história da música portuguesa. Era normal tocar cinco e seis horas, todas as sextas e sábados! Uma doidice! Sexo, borgas e tintol! Ao fim de quatro anos, e como também passámos a trintões, passámos a tocar só uma noite por semana. Quando a cabeça não tem juizo, o corpo é que paga... Depois de muitos anos de “touradas” – durante os quais actuámos por todo o país, gravámos discos, etc... comecei a sofrer de “stress pós tauromáquico” e decidi deixar o grupo, mas não completamente. Além de amiúde substituir o meu substituto, viajo com a banda como operador de som... Pelo meio fui fazendo uma discreta carreira a solo. Gravei um disco e montei uma banda – o G.I.M.B.A. Grupo Independente de Malucos do Bairro Alto, e fiz aparições esporádicas, tocando tanto na TV como em sessões do “Homem Que Mordeu o Cão - ao vivo” de Nuno Markl. Com o tempo, tornei-me mais produtor que músico/artista. Fiz músicas para programas de TV, rádio, cinema e teatro. Fui "director musical" do "Cabaret da Coxa", um programa super-free da SIC Radical. No meio disto tudo, como todos os bons roqueiros da velha guarda, larguei as drogas, o álcool, o benzovac e a terebintina. Passei a ter correspondência regular com Ozzy Osbourne - um bacano! Nunca gostei muito dos holofotes da ribalta, pelo menos da nossa ribalta, e prefiro operar discretamente no que eu chamo «as traseiras da música portuguesa», como marginal assumido... Mas como tenho muitas saudades do palco e de «ver passar a estrada», estou de momento a re-agrupar o meu combo para voltar aos palcos em nome próprio, a pedido de várias famílias.

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Music:

Member Since: 05/04/2007
Band Website: gimba.com.pt
Band Members: Bué...
Influences: Bué...
Sounds Like: Bué...
Record Label: As editoras têm medo deste artista...
Type of Label: Unsigned

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