A cultura popular brasileira é o rico manancial que alimenta o trabalho do Mundaréu. O grupo escarafuncha essa fonte
nas suas diversas expressões. Na música, na dança, nas encenações e na poesia. Com bonecos, adereços e fantasias. Cores, ritmos e movimentos do povo brasileiro.
Seu trabalho de pesquisa e de criação artÃstica já se tornou referência no Brasil. O Mundaréu começou a se formar em 1997 e no ano seguinte estreou o show Cutuca Rapaziada. Na sequência montou o Guarnicê, uma singela opereta popular e gravou o primeiro CD. Este espetáculo percorre diferentes manifestações do bumba boi, de norte a sul do paÃs. Com apenas dois, encerrou o show de Hermeto Pascoal em Curitiba com o Cacuriá do Tatá, que tem como caracterÃstica principal as danças populares. Depois estreou a peça As aventuras de uma viúva alucinada, homenageando o mamulengo pernambucano com a livre adaptação de texto homônimo do Mestre Ginu.
O grupo realizou cursos e shows na Oficina de Música de Curitiba de 2001 a 2003. Também passou a ministrar as oficinas do Terreirão do Mundaréu junto ao Conservatório de Música Popular Brasileira.
Continuando seus experimentos, o grupo desenvolveu o projeto Bambaê com músicas de tradição oral recolhidas em suas viagens. Esse trabalho se desenvolveu e originou o espetáculo Embala Eu, gravado ao vivo, e o seu segundo CD. Também resultou no musical infantil Bambaê da bicharada.
No final de cada ano o Mundaréu leva seu Cortejo Natalino por casas, instituições e empresas partilhando canções entoadas nas festas do ciclo do Natal. Em 2003 apresentou em escolas públicas de Curitiba.
No pé do lajeiro é uma homenagem a João do Vale. O grupo canta e conta a vida e a obra desse maranhense, artista popular, retrato do povo humilde brasileiro, que faz do prazer de viver e de vivenciar a festa, um meio de resistir.