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Gaiteiros de Lisboa

Gaiteiros de Lisboa - Sátiro

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Gaiteiros de Lisboa O Grupo formou-se em 1991, sendo actualmente composto por Carlos Guerreiro, José Manuel David, Paulo Marinho, Pedro Casaes e Rui Vaz, músicos que têm feito o seu percurso em torno da música popular/tradicional. Em 2002, o Grupo foi nomeado para os World Music Awards da BBC Radio (Londres). A marca distintiva dos Gaiteiros é a constante busca de novas sonoridades, a inovação e a criatividade, aplicadas à construção de instrumentos concebidos pelo próprio Grupo (Tubarões, Tambor de Cordas, Túbaros de Orpheu, Orgaz, Cabeçadecompressorofone, Clarinete acabaçado e Serafina). O som dos Gaiteiros, para além de respeitar a tradição popular, tem uma atitude experimentalista permanente: «Tudo o que tenha um som invulgar nos interessa. Esse desafio acústico é o único purismo a que nos mantemos fiéis.» - Carlos Guerreiro in Focus, 2000. Depois dos primeiros discos dos Gaiteiros de Lisboa, “Invasões Bárbaras” e “Bocas do Inferno” (FAROL Música) se encontrarem reeditados (remasterizados e em formato digipack), e de algum tempo a apresentar “Macaréu”, os Gaiteiros de Lisboa editam “Sátiro”, o seu quarto álbum de originais e apresentam o disco num novo espectáculo onde não vão faltar os grandes sucessos anteriores.Sátiro Da pura tradição das danças mirandesas (Pracá-dos-Montes) ao som quase sinfónico de uma soberba harmonização de Fernando Lopes Graça, agora recriada em instrumentos de sopro (Ai de mim tanta laranja). De um poema quase infantil da sempre companheira Amélia Muge (Fim da Picada), à serena gravidade de um soneto de Florbela Espanca servindo de inspiração ao primeiro fado dos GaiteirosDe um Alentejo e sua bela tradição polifónica entrecruzada com o lamento das sanfonas (Se fores ao mar pescar), ao mesmo Alentejo servindo de contraste a fortes motivos percussivos de inspiração oriental (Haja Pão). Do arranjo delicado e encantatório do tema “Movimento Perpétuo” de Carlos Paredes (mais uma homenagem), à rudeza telúrica dos sopros, arfando em pano de fundo de uma complexa melodia (Capa chilrada). Do assumir de uma tendência já vinda de “Macaréu” para explorar o formato canção, servido desta vez por um potente arranjo quase barroco, a espreitar as múltiplas influências do grupo (Nem fraco nem forte), à fruição dos múltiplos harmónicos sugeridos por renovados instrumentos de palheta (“Descantiga de andor” e “Alma alba”). E finalmente, do humor de festa popular e de dança animada, onde os GL apresentam às cordas açorianas os seus celebrados sopros (“Chamarrita do Pico”), ao humor sarcástico e desafiador de uma teatral encenação de um tema eclesiástico - sempre tão caro aos GL (“As freiras de Sta. Clara”).“Sátiro” foi editado em Julho de 2006 pela Sony BMG e apresentado no Grande Auditório do C.C.B. Seguiram-se festivais como o Festival de Musicas do Mundo de Sines, Festival Sudoeste, Festa do Avante e salas de espectáculos como a Casa da Música no Porto, Teatro Municipal da Guarda, Teatro Municipal de Faro, entre tantas outras. Em Setembro de 2006 os Gaiteiros de Lisboa apresentaram “Sátiro” em Berlim, no concerto de abertura da 20a edição do Prix Europa, uma iniciativa da Fundação Cultural Europeia e do Conselho da Europa, em colaboração com a União Europeia de Radiodifusão. O concerto foi emitido em directo e em difeido para as principais rádios Europeias.Discografia Invasões Bárbaras, Farol Música, 1995« Tudo se desenrola sem uma nota de esforço «...» numa demonstração evidente de que a modernidade passa muitas vezes por estas surpresas de ida e volta na máquina do tempo». João Gobern, Visão, 26 Out. 1995 Bocas do Inferno, Farol Música, 1997."Bocas do Inferno (...) um dos albuns Portugueses do Ano. Para nós o melhor. E que tudo mais vá para o inferno " Fernando Magalhães, Público, 2 Jan. 1998 Novas Vos Trago, Comissão Nacional para os Descobrimentos Portugueses, 1998Participação no disco com dois temas originais "Floresvento" e "Falso Cego". Link para critica no At-tmbur.com Dançachamas, Farol Música, 2000Gravado ao Vivo no Pequeno Auditório do CCB, em Novembro de 2000, "Dança Chamas" eterniza, de certa forma, muito do ambiente de folia, que foi progressivamente conquistando cada vez mais público, ao ponto destes Gaiteiros arrastarem multidões inéditas em Portugal para os seus concertos.Macaréu, Aduf Edições, 2002"Até ao momento, os Gaiteiros de Lisboa revelam-se simplesmente incapazes de produzir outra coisa que não seja uma monumental obra-prima." in Blitz Junho 2002 crítica de Gonçalo Frota Sátiro, Sony BMG,2006Imprensa SátiroQUARTO MELHOR DISCO NACIONAL EM 2006 JORNAL "PÚBLICO"Quarto tomo da aventura dos Gaiteiros, encontra-os mais fragmentados que nunca - e quase pop, seguindo assim a veia de "Macaréu", o disco anterior. As permissas mantêm-se: continuam a reescrever temas populares descobertos em recolhas, continuam a criar instrumentos a partir de lixo, continuam a conjugar diferentes geografias (polifonias, tradições árabes, fado, lenga-lengas, canções de amolador) num só espaço, numa só aventura. Vale a pena ter orgulho:é uma das mais importantes bandas portuguesas da última década, e sem dúvida uma das maiores do Mundo.Público, 29 de Dezembro de 2006Já é um hábito, apesar dos longos intervalos a que os tempos criativos e as múltiplas entregas dos músicos dos Gaiteiros de Lisboa nos submetem: ‘Sátiro’, quarto álbum de uma discografia que bem podia fazer escola – e, em tempo de revoluções pedagógicas, ouvir-se nas escolas –, é cuidadoso, divertido, contagiante, rasgador de horizontes, múltiplo, sincero, profundo e magnífico.Quantos discos de produção nacional merecem este enxame de qualificativos, aqui pespegados com o alívio de um reencontro, mas também com a certeza de que muitos serão os que terão pouco tempo para ouvir música assim? Nem importa responder, que a música dos Gaiteiros, de leve e popular, se torna urgente e sábia.‘Sátiro’ está precisamente um passo adiante de ‘Macaréu’ (2002), que, por sua vez, mostrava um avanço seguro face a ‘Bocas do Inferno’ (1997), também ele a marcar evolução face a ‘Invasões Bárbaras’ (1995), o princípio desta aventura que, nos tempos que correm, não tem par no cenário da música popular portuguesa. Abre-se com ‘O Fim da Picada’, carregadinha de balanços tradicionais, arranjo a puxar pela cordialidade dos sopros, poema inspirado de Amélia Muge, uma das almas próximas dos caminhos dos Gaiteiros.Segue-se ‘Nem Fraco Nem Forte’ que, pelo arranjo saltitão, pela linha melódica, pelo poema, pelo canto, bem podia provir do cancioneiro de José Afonso. ‘Comprei Uma Capa Chilrada’ é marcada pelo violino de abertura, pelo coro grave e pela transformação a meio, em que emerge a voz de Carlos Guerreiro. ‘Movimento Perpétuo’ é sublime e uma das melhores releituras que se fez de Carlos Paredes, entre a Penguin Café Orchestra e Pascal Comelade.‘Chamarrita do Pico’ e ‘As Freiras de Santa Clara’ são dois momentos bem dispostos, aqueles que mais abertamente sugam a veia folclórica do grupo.‘Haja Pão’, que aproveita o velho sinal sonoro dos amoladores, é espantosa no seu crescendo, na envolvência, na simplicidade (aparente) de meios. ‘Descantiga d’Andor’ e ‘Alma Alba’ valem duas experiências muito positivas, a mostrar mais uma personalidade cheia entre os Gaiteiros, a de Paulo Marinho. Nova surpresa: ‘Os Versos Que Te Fiz’, poema de Florbela Espanca, voz – superior – de Mafalda Arnauth, um Fado sem guitarra e com sopros aplicados.O fecho, perfeito, fica a dever-se a um tradicional alentejano: ‘Se Fores Ao Mar Pescar’ é quase arrepiante na singeleza e na eficácia.Perante tal cometimento, não é descabida a questão: que espaço vamos guardar, num tempo de descaracterização e de consumo indiscriminado de ‘fast music’, para ‘Sátiro’? Poderemos ouvi-lo nas nossas rádios e televisões? A dúvida é tremenda, já que as iguarias que aqui se servem não cabem nos livros de receitas que agora parecem ser leis de exclusão para tudo o que não tenha o formato definido como padrão.Mau será – tal como em capítulos anteriores, os Gaiteiros de Lisboa estão entre os poucos que ainda fornecem bilhetes para conhecermos, explorarmos e aventurarmos a nossa própria identidade. Não há pior cego do que aquele que não que ouvir. Ou ouvi-a, neste caso.João Gobern Correio da Manhã, 14 Agosto 2006Vai uma "gaitada"?Hoje comemora-se o dia Mundial da Música. Decido celebrar a criatividade da música nacional, passando em revista o CD daquela que é, para mim, a banda mais portuguesa de Portugal: Gaiteiros de Lisboa.Gaiteiros de Lisboa "Sátiro" CD BMG 2006Têm já mais de uma década de trabalho e de desilusões, mas provam que estão para dar e durar porque gostam do que fazem e têm orelhas que apreciam o que "sopram". "Sátiro" foi gravado e, antes de ser editado, andou não sei quantos meses pelas colinas de Lisboa a errar. Ninguém queria lançar um bicho destes.Gaiteiros de Lisboa mostram-nos com a sua música, a alma de um passado rural e citadino de séculos anteriores, mas também um espírito juvenil e criativo. Letras são do mais português que pode haver: a ruralidade, o satirismo, as tradições, a inconstância dos sentimentos. A música reúne o ritmo português, tambores em percussões variadas, tendo na parte "cantante" as gaitas de foles, a voz, bem como outros instrumentos de sopro como são os casos de clarinetes, saxofones e flauta."Sátiro", albúm editado a meio de 2006, mostra uns Gaiteiros de Lisboa plenos de vitalidade. Reafirmando, o seu som tem as características de um Portugal passado a pensar o presente e a refundar o futuro. Em certas "gaitadas" parece estarmos a ouvir jazz de fusão ou música clássica, noutras cremos estar no campo entre sonoridades da ceifa. São vários os temas de raiz popular que os Gaiteiros de Lisboa foram buscar desta vez: "Ai de mim tanta laranja", "As freiras de Santa Clara" e "Se fores ao mar pescar".O urbano também marca com faixas como a de homenagem "Movimento Perpétuo" a Carlos Paredes ou com o "Os Versos Que te Fiz" cantado pela fadista Mafalda Arnauth.Uma vez mais digo, a música portuguesa não morre enquanto houver quem goste de fazer de a ouvir. E quem fala em Gaiteiros de Lisboa, fala em muitos mais... escrabinhado por Sérgio BastosCritica Público:http://www.gaiteirosdelisboa.com/images/satiro/crit ica%20publico.gif

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Music:

Member Since: 2/19/2007
Band Website: gaiteirosdelisboa.com
Band Members: Os Músicos Os Gaiteiros de Lisboa são actualmente compostos por: Carlos Guerreiro, José Manuel David, Paulo Marinho, Pedro Calado, Pedro Casaes e Rui Vaz.------------------------------xxxxxx-------------------- --------------Carlos GuerreiroCarlos Guerreiro frequentou o curso de Educação pela Arte, no Conservatório de Lisboa e adquiriu experiência em formação de professores no domínio das Expressões: dramatização e construção de instrumentos. É professor de Educação Musical no Centro de Paralisia Cerebral Calouste Gulbenkian e dedica-se à construção de vários instrumentos musicais tradicionais, seguindo os ensinamentos que recolheu junto de construtores populares e em museus. Para além destas actividades, Carlos Guerreiro, realiza trabalhos de recolha de música tradicional em diversos pontos do país, e concebe trabalhos musicais para peças de teatro, programas de televisão, cinema e publicidade. Desde 1975, Guerreiro tem participado em concertos, gravações, programas de rádio e televisão com José Afonso, José Mário Branco, Júlio Pereira, Pedro Caldeira Cabral, Fausto, Luís Cilia, Sérgio Godinho, "La Batalla", "Sétima Legião", Vitorino e Rui Veloso. Foi membro do "Grupo de Acção Cultural - Vozes na Luta"(GAC). ------------------------------xxxxxx------------------------ ----------José Manuel David José Manuel David entrou para os Gaiteiros de Lisboa em 1993, após a saída do galego Francisco Bouzós. É professor de educação musical no ensino oficial, tendo sido, em 1975, um dos elementos que integram o núcleo fundador do grupo Almanaque, formação esta que dirigiu, tendo participado nas gravação dos álbuns "Descantes e Cantaréus" e "Sementes". A sua integração em equipas de recolha de música tradicional portuguesa contribuiu, de forma decisiva para o seu conhecimento e enraizamento no legado tradicional,tendo realizado trabalho de direcção de ateliers em cursos organizados pelo Sindicato dos Músicos. José Manuel David efectuou vários trabalhos na área publicitária e da música destinados aos públicos infantis.------------------------------xxxxxx--------------- -------------------Paulo MarilnhoComeçou a estudar Gaita de Foles em 1982. O seu trabalho multidisciplinar no ambito da gaita de foles tem-se revelado através de uma actividade como instrumentista, professor, investigador, divulgador e construtor. Dedica-se ao estudo de diversas gaitas de foles: Gaita de foles Transmontana, Gaita de foles Galega, Swayne Bagpipe, Smallpipe, Uilleann Pipe, Biniou, Saackpipa. Foi um dos fundadores e dirigentes da APEDGF-Associação Portuguesa para o Estudo e Divulgação da Gaita de Foles". Participou em espectáculos e gravações de vários grupos e intérpretes: Amélia Muge, Rodrigo Leão , José Mario Branco, Né Ladeiras, Golpe de Estado, Francis, António Manuel Ribeiro, Almanaque, Bailia, Gaitafolia entre outros. É membro do grupo "Sétima Legião". É musico acompanhante da cantora "Claud" É ensaiador musical do grupo Anaquiños da Terra da Xuventude da Galiza, local onde ensina gaita de foles. É monitor em actividades musicais. Actualmente colabora com várias instituições: Xuventude da Galiza; Grupo de Acção Comunitária-IPSS ; Colégio Pina Manique-Casa Pia ; ETIC - Escola Técnica de Imagem e Comunicação. ; Casal Popular da Damaia-IPSS. ------------------------------xxxxxx------------------------ ----------Rui VazRui Vaz é fundador do grupo "Cramol", do qual foi director artístico, e esteve também na origem do projecto "Adufe" de José Salgueiro. Vaz colaborou com o Museu de Etnologia e no Livro de Instrumentos Populares Portugueses do Professor Ernesto Veiga de Oliveira, e participou em trabalhos de recolha de música tradicional, especialmente em Trás-os-Montes e Alentejo. Rui Vaz tocou em espectáculos e gravações de Zeca Afonso, Fausto, José Mário Branco, Janita Salomé, Júlio Pereira, "Ronda dos Quatro Caminhos", "Romanças" (músico convidado), Donal Katchamba (músico do Malawi), entre outros, tendo igualmente participado em espectáculos com repertório baseado em can do Alentejo para viola campaniça. Pertenceu aos grupos "Bago de Milho", "O Ó que som tem?" e ao "Grupo de Acção Cultural - Vozes na Luta" (GAC). Da sua actividade destacam-se ainda a realização de oficinas de música tradicional na Biblioteca Operária Oeirense, a participação em coros amadores e algumas experiências no campo do Jazz e dos Blues. Iniciou a sua formação na Juventude Musical Portuguesa e frequentou um curso de percussão dirigido pelo professor austríaco R. Schingerling. Desde 1976 desenvolve o estudo e a prática do Canto Alentejano e da Gaita de Foles, como autodidacta. ------------------------------xxxxxx------------------------ ----------Pedro CasaesPedro Casaes estudou contrabaixo na Academia dos Amadores de Música. Mais tarde, integrou a Orquestra Sinfónica Juvenil. Foi membro do Coro da Juventude Musical Portuguesa, entre 1968 e 1973, e do GAC ("Grupo de Acção Cultural " Vozes na Luta"), entre 1976 e 1978. Casaes participou em bandas sonoras de cinema e em músicas para teatro, e tocou em espectáculos e gravações de discos de Zeca Afonso, Fausto, Luís Cília, "Maio Moço" e "Rosa dos Ventos".------------------------------xxxxxx---------------- ------------------Pedro Calado Inscreveu-se no Projecto Tocá Rufar em 1996 como aluno com a intenção de formar o que mais tarde ficou conhecido como Tocá Rufar Orquestra de Percussão, recebendo desde essa altura formação em variadas disciplinas. Começou a sua carreira em 1998 no palco do Casino do Estoril, pela mão da dita orquestra, no espectáculo "Variações" de Júlio César. Seguiram-se centenas de actuações e espectáculos sempre debaixo da referida "batuta". Músico fundador da companhia de música Tocá Rufar colaborou entre outros com José Mário Branco, Amélia Muge, Gaiteiros de Lisboa ou o Ó que som tem. Percussionista, foi passando pelo sapateado e etnomusicologia, canto coral e construção de instrumentos tornando-o um potencial "Gaiteiro de Lisboa", profecia que viria a realizar-se em Janeiro de 2004. Trabalha actualmente em parceria com a Associação Menuhin de Portugal e, como sempre, com o Tocá Rufar agora já na formação de pequenos músicos.
Record Label: Sony/BMG
Type of Label: Major