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Seis músicos tão talentosos quanto experientes e um repertório de clássicos apresentados com nova roupagem é a receita que vem fazendo o sucesso do “Papo de Anjoâ€, um dos grupos mais importantes do paÃs quando o assunto é choro. O gênero, redescoberto pelas novas gerações de músicos e admiradores da boa música, é a base do trabalho do sexteto formado em 1998 em São Paulo, com nÃtida influência de grupos veteranos como o Época de Ouro, formação instrumental clássica – com violão de 7 e 6 cordas, cavaquinho, pandeiro, flauta e clarinete – e uma linguagem própria, atual, que reinterpreta as criações do passado sem jamais descaracterizá-las.
Os integrantes são velhos conhecidos de quem acompanha o cenário instrumental brasileiro: além de trabalhos solo de qualidade, todos têm sólida carreira ao lado de grandes nomes da nossa música. Edmilson Capelupi é o talento por trás do violão sete cordas, além de criar os arranjos. Lula Gama é responsável pelo violão de seis cordas; Haroldo Capelupi, pelo cavaquinho; Betinho Sodré, pela percussão. Os sopros se dividem entre Daniel Alain, na flauta e no sax tenor, e Zezinho Pitoco, que toca clarinete, sax alto e tenor e também assina parte dos arranjos.
O grupo presta uma homenagem a um dos maiores nomes do choro – o maestro, compositor, arranjador e pianista Radamés Gnattali, que em 2006 completaria cem anos de idade. É ele o autor de Papo de Anjo, a música que dá nome ao grupo e que faz parte de uma série de composições batizadas com nomes de doces brasileiros, como Bolacha Queimada, Pé-de-moleque e Puxa-Puxa. Do maestro, o grupo apresenta o choro Remexendo e o segundo movimento da suÃte Retratos.
O primeiro CD do sexteto, Papo de Anjo – Choro, lançado em 2003 pela Paulinas-COMEP reúne choros, polcas, valsas e maxixes de compositores clássicos, além de criações dos próprios integrantes. Entre os destaques, Nostalgia e Bola Preta, de Jacob do Bandolim, Queira-me Bem, de Waldir Azevedo, Tenebroso, de Ernesto Nazareth e Dominante, do mestre Pixinguinha, o artista que deu forma, estrutura e vida ao gênero.
A proposta do grupo é a mais simples possÃvel: divulgar um dos gêneros mais ricos da música brasileira e tocar o coração de cada vez mais “chorões†e fãs da boa música. Uma tarefa que não exige grandes estruturas ou investimentos – mas que é da maior importância para a cultura brasileira como um todo. Além de ser um grande prazer.