Depois de uma tentativa com a 27h (pouco menos de um ano de ensaios medianos), continuei com uma certa esperança de conseguir reunir pessoas que se inspirassem com minhas idéias. Pela sintonia, interesses e intenções musicais minhas e do Lucidio, foi que senti o quanto conhecer ele foi importante. E mesmo a 27h não vingando, continuamos trocando idéias, eu mostrando o que vinha fazendo... Assim como com outras pessoas, até que conseguimos nos reunir para uma “tentativa†no final de Outubro de 2005.
Eu tinha umas três ou quatro músicas, idéias semi-prontas ou semi-feitas. Muitas coisas instrumentais (eu ainda não sabia ou não queria acreditar que assumiria os vocais). Era um domingo chuvoso e pairava no ar uma sensação de indiada. Parecia que o estúdio estava aberto somente para nós três. E eu estava bastante ansioso para mostrar as coisas pros dois corajosos. Thiago e Lucidio. Baixo e Bateria.
Acho que naquela tarde tocamos Máquinas, e algumas instrumentais. O resultado foi bem bom, mas eu percebi que do jeito que estava pensando as músicas (sem pensar na voz), a coisa não ia rolar. Música instrumental é legal, mas não pra nós três juntos. Acaba que hoje nosso instrumental se apresenta interessante, sem muita virtuose e com bastante feeling.
Deu certo, o ensaio foi bem legal e continuamos a nos encontrar uma vez por semana pra ver o que acontecia. A minha esperança se transformou em confiança. Hoje eu já sei o quanto a nossa comunicação funciona, e nossos ensaios são muito produtivos (não gosto muito dessa palavra). Mas são principalmente um descarrego, um alÃvio da mente. Essas coisas são verdadeiras mesmo, acreditem. O Thiago e o Lucidio se tornaram pessoas muito importantes pra mim. Venha o que vier, até aqui está sendo ótimo.