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PiRataria | Release por Zélia DuncanTalvez, numa leitura mais precipitada, pareça mais fácil regravar Rita Lee, nossa mais importante compositora pop, do que lidar com um repertório todo inédito. Mas justamente por isso, acaba sendo também um desafio muito interessante, no qual a cantora e compositora Crikka Amorim mergulhou com bastante coragem neste álbum intitulado Pirataria.Bem Me Quer abre os trabalhos com levada blues, apostando na sensualidade da letra. Crikka se dá bem nessa praia, deita e rola no delicioso paradoxo sugerido na canção.As épocas se misturam, vamos de Mamãe Natureza, grito de independência de uma Rita recém saÃda dos Mutantes, O Futuro Me Absolve (Babilônia), uma daquelas que nos dão vontade de ouvir em qualquer tempo de nossa vida e ainda Esse Tal de Roque Enrow, do clássico álbum Tutti Frutti, com direito a solo inspirado de Walter Villaça, bem como o acordeon de Marcelo Caldi em Menino Bonito, fundamental no interessante clima de realejo abolerado proposto no arranjo.Aliás, Crikka Amorim, intérprete experiente, sabe muito bem que é sempre bom andar nas companias certas e convocou músicos com caracterÃsticas fortes como Élcio Cáfaro (Bateria), Marcelo Mariano (baixo), Jadna Zimmerman (percussão) e Cléo Boechat (teclado).André Agra faz as guitarras e assina a produção musical, uma produção que oferece a delicadeza e a força necessárias para receber um repertório que já anda tanto na nossa memória emotiva.
Antes de mais nada, Crikka Amorim faz uma homenagem caprichadÃssima ..a rainha pop brasileira, a pimentinha Rita Lee. Ela merece e nós também!Zélia DuncanPiRataria | Apresentação por Beto FeitosaCrikka Amorim tem peito. E não é de silicone. Para encarar de frente (sem medo da colisão) o repertório de Rita Lee precisa de coragem. E o sexo frágil não foge da luta... morde a nuca para com um beijo aliviar a dor.Tudo o que você vê sair da boca de uma grande mulher. Rita Lee fala sem papas na lÃngua e sem culpa nenhuma. Mas a personalidade é forte, depois dela fica difÃcil mexer em repertório santo. Crikka driblou isso fazendo parcerias informais com Rita. Prova intimidade suficiente com um repertório que conhece há 3001 anos, tem audácia suficiente para colocar seu próprio molho. Comer o fruto proibido é irresistÃvel. E olha que se deu bem... nas mãos de Crikka, Rita é reinventada bem de perto.Lança menina, lança todo esse perfume. Outros aromas para os mesmos velhos clássicos, novas idéias para o que já está aà escrito na história do pop rock brasileiro. Ôrra meu! Ser diferente é normal... ainda mais com o espÃrito livre de Rita e de Crikka. O resto põe na sopa pra temperar.Chega mais, e chega sem cerimônia. No fim, fica uma certeza: Toda mulher é meio Rita Lee.Beto FeitosaA cantora Crikka Amorim presta sua homenagem a Rita Lee. Crikka sempre foi fã da roqueira paulista. Na década de 80 ouviu sua primeira demo ser apresentada por Rita no programa Rádio Amador, que comandava na Rádio Cidade carioca. Dado esse impulso, várias músicas de Rita sempre fizeram parte dos shows de Crikka.No CD Pirataria - Rita Lee por Crikka Amorim, ela junta esse repertório a músicas conhecidas e apresenta alguns diamantes que só os fãs mais dedicados vão reconhecer.Com uma obra de mais de 400 músicas, o grande desafio foi chegar a um repertório enxuto e amplo. Plural como as mil faces de Rita Lee, Crikka leva rocks festivos como Chega mais e Papai me empresta o carro. Também vai de pauleiras como Pirataria, Esse tal de Roque Enrow, Mamãe Natureza e O futuro me absolve até baladas como Desculpe o auê, Modinha, Menino Bonito, De pés no chão e Bem-me-quer.O CD foi concebido a partir de pesquisa e papos musicais com o jornalista Beto Feitosa e, com a produção do guitarrista André Agra, será lançado pelo selo Saladesom Records, em Dezembro de 2007.